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ZECA PAGODINHO, por Marcelo Faria – Copyright 2015 – Portal Sambrasil / Agência Sambrasil

ZECA PAGODINHO, por Marcelo Faria – Copyright 2015 – Portal Sambrasil / Agência Sambrasil
Imagem produzida durante o show de lançamento do CD Ser Humano, no Citybank Hall / RJ

Por Marcelo Faria

Imagem produzida durante o show de lançamento do CD Ser Humano, no Citybank Hall / RJ

Jessé Gomes da Silva Filho, (Rio de Janeiro, 4 de fevereiro de 1959) é um cantor e compositor brasileiro.

Nasceu em Irajá, subúrbio do Rio de Janeiro, sendo criado em Del Castilho. Fez aulas de capoeira com Mestre João Professor. Adolescente, começou a participar das rodas de samba e partido-alto do subúrbio, sendo integrante do bloco carnavalesco Bohemio de Irajá. Nessas andanças, frequentava também a região de Oswaldo Cruz, Bento Ribeiro e Madureira, bebendo na fonte dos grandes sambistas da região entre eles, Monarco, Casquinha, Argemiro, Candeia e Beto Sem Braço.

Beth Carvalho, que conheceu Zeca no Cacique de Ramos em 1981, convidou-o para participar de seu disco “Suor no rosto”, de 1983, no qual cantaram em dueto “Camarão que dorme a onda leva”, de Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Beto Sem Braço. No ano seguinte, o grupo Fundo de Quintal incluiu de sua autoria “Castelo de cera”, em parceria com Arlindo Cruz no CD “Seja sambista também”, pela gravadora RGE. Em 1985, a RGE o convidou a gravar a coletânea “Raça brasileira”, juntamente com Jovelina Pérola Negra, Mauro Diniz, Pedrinho da Flor e Elaine Machado. O disco foi um sucesso de vendas e execução nas rádios.

O primeiro disco solo, “Zeca Pagodinho”, de 1986, pela gravadora RGE, vendeu 800 mil cópias, emplacando vários sucessos, como “SPC” (c/ Arlindo Cruz), “Brincadeira tem hora” (c/ Beto Sem Braço) e “Judia de mim”, em parceria com Wilson Moreira. O LP é considerado uma obra-prima do partido-alto.

Daí em diante, foi uma sucessão de álbuns de sucessos; Em 1996, lançou pela PolyGram o disco “Deixa clarear”, cujo repertório incluiu “Verdade” (Nélson Rufino e Carlinhos Santana), “Deixa clarear” (Arlindo Cruz, Sombrinha e Marquinhos PQD), “Nega do patrão” (Octacílio da Mangueira e Ari do Cavaco), “Vivo isolado do mundo” (Alcides Dias Lopes), “Velho ditado” (Dudu Nobre e Luizinho SP), “Conflito” (Barberinho do Jacarezinho e Marcos Diniz) e “Não sou mais disso”, de sua autoria em parceria com Jorge Aragão, todas, grandes sucessos em várias emissoras de todo o país, que marcariam definitivamente a sua carreira.

No ano de 2006 gravou o CD e DVD “Acústico MTV Zeca Pagodinho II – Gafieira”, no qual recriar o clima dos bailes de gafieira das noites carioca dos anos 40 e 50. Acompanhado de uma orquestra com 39 músicos, aliada à banda do cantor, sob as batutas dos maestros Rildo Hora, Leonardo Bruno, Jota Moraes, Lincoln Olivetti, Vitor Santos, Cristóvão Bastos, Julinho Teixeira e Paulão 7 Cordas.

No ano de 2007, junto a Rildo Hora e Max Pierre, fundou o selo “Zecapagodiscos”, selo de samba ligado à gravadora Universal, gravando neste mesmo ano um DVD com 22 faixas nas quais contou com 44 artista em duplas inusitadas interpretando clássicos e sucessos nacionais.

Em 2010 finalizou, com produção de Rildo Hora, o disco “Vida da minha vida”, no qual contou com a participação especial de Nélson Sargento.

Em 2012 fez o show da reinauguração no “Terreirão do Samba” ao lado do Sambódromo Darcy Ribeiro, no Rio de Janeiro, alguns dias antes do carnaval.

Em 2014 foi lançado o “Sambabook Zeca Pagodinho”, em formato CD duplo, DVD e blu-ray pelo selo Zeca PagoDiscos/ Universal Music, em comemoração aos seus 30 anos de carreira. Nesse mesmo ano lançou, pela Sonora Editora, a discobiografia “Zeca – Deixa o samba me levar”, livro escrito pelos jornalistas Leonardo Bruno e Jane Barboza. Conquistou o prêmio de “Melhor Cantor” na categoria “Samba” da 25ª edição do “Prêmio da Música Brasileira”, com o álbum “30 Anos – Vida que segue” (2013). Apresentou-se, ao lado de Almir Guineto e Arlindo Cruz, na cerimônia da 25ª edição do “Prêmio da Música Brasileira”, homenageando o gênero Samba, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 2015, lançou pelo selo Universal Music, o CD “Ser humano”, com produção de Rildo Hora.

Em 2016 participou da Cerimônia de Abertura das Olimpíadas 2016, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, interpretando “Deixa a vida me levar” (Serginho Meriti e Eri do Cais), que teve intervenções de rap feitas por Marcelo D2, cujo refrão foi cantado em coro por um público que lotou o estádio. Nesse mesmo ano lançou, pelo selo Universal Music, o CD e DVD “Quintal do Pagodinho 3”, gravado em Xerém, na Baixada Fluminense, em que recebeu compositores de alguns dos sucessos que lançou e intérpretes da MPB como Roberta Sá, Maria Rita, Zélia Duncan e Maria Bethânia, que abriu o DVD declamando o poema “Mora comigo”. Em 2017 foi contemplado pelo “28º Prêmio da Música Brasileira” com o prêmio de “Melhor Cantor de Samba” pelo projeto “O quintal do Pagodinho: ao vivo – Vol. 3”.

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