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Zé Carioca completa 75 anos

Por redação

O Sambista repórter em suas andanças pelos sebos cariocas encontra algumas edições da revista do Zé Carioca. E assim traz a memória deste personagem jovial, mesmo com seus 75 anos.

Sr. José Carioca. Brasileiro, papagaio, vacinado. Escapou do quartel e tem aversão ao trabalho. Mora num casebre modesto na ainda mais modesta Vila Xurupita, um dos tantos morros do Rio de Janeiro. Morre de amores pela filha de um magnata e busca seu coração mesmo que seu pai a queira bem longe dele. É boleiro no fim de semana, não sendo exatamente o craque do time. Junto de Nestor e Pedrão – e mais alguns bons adoráveis desocupados da vila – se mete em encrencas das maiores, escapando principalmente dos calejados funcionários públicos da ANACOZECA (Associação Nacional dos Cobradores do Zé Carioca).

Se você já o conhecia, talvez era um mais do mesmo ou uma doce recordação da infância regada a gibis da Editora Abril. Mas se você não sabia da existência deste bom sujeito, saiba que a história dele é tão importante quanto se qualquer outro personagem de Walt Disney mais cotado ou qualquer outra identificação brasileira no exterior. Ele nasceu das mãos do próprio Walt, e de um elemento apenas na política de relações entre Brasil e EUA nos tempos de guerra nasceu uma espécie de ícone da brasilidade de outros tempos, sempre jovem mesmo chegando aos impressionantes 75 anos da sua primeira aparição.

O nº1… ou melhor, nº479. Zé estreou nos quadrinhos brasileiros pela mão de Luis Destruet nas páginas d’O Pato Donald. Jorge Kato seria o primeiro brasileiro a desenhar e criar histórias com o papagaio. Detalhe: Zé Carioca nunca teve uma revista nº1, sendo esta considerada a primeira edição .

 

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