Unidos de Lucas abre os desfiles na Intendente Magalhães pela Série B
Por Marcelo Faria
SINOPSE DO ENREDO
Do Galo de Barcelos ao Galo de Ouro, Lucas Conta uma História de Fé e Justiça
Unidos de Lucas – Logo do Enredo – Carnaval 2019
”E o Galo cantou…”
“É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem.” suplica um antigo galego em momento crucial de sua história, que aqui, vamos narrar.
O nosso conto se inicia com a tão Portuguesa lenda que transforma um galo assado em uma idolatria nacional. Em plena Idade Média, na cidade de Barcelos, um desconhecido galego que se dirigia a Compostela a pagar uma promessa feita a Santigo, foi acusado de um crime que o mesmo jurava que não cometera. Como mera coincidência aos dias atuais, o jovem não teve chance e foi condenado direto a forca fria e silenciosa pelo maior juiz local. Suplicando como seu último pedido, o galego pediu que o enviasse a uma conversa frente a frente com o juiz que o condenara. Chegando ao local, acontecia um banquete, revestidos de importantes convidados da localidade e de muitas guloseimas. Avistando a mesa, via um enorme galo assado pronto para ser degustado. Então o ancião declama: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem.” Aos risos, o juiz ordenou que o enforcassem naquele momento, sem direito de resposta.
Ao chegar no seu martírio, o robusto galo se levanta e começa a cantar para espanto de todos. Aliviado e muito assustado, o injusto juiz corre até a forca e percebe que os nós que seus capatazes fizeram ficou um tanto frouxo, não deixando que o injustiçado fosse morto naquele local. Feliz com o fato, o juiz salva o peregrino de seu calvário injusto, e o mesmo parte feliz ao seu destino, na Espanha.
”Galo Milagreiro…”
Milagre, fé, justiça?
O que sabemos é que a lenda virou um dos maiores símbolos das Terras Lusitanas, construindo assim, o Galo de Barcelos. Essa história ganhou os quatro cantos de Portugual transformando o Galo morto em símbolo de justiça, fé e adoração. Não precisamos andar muito por terras portuguesas e percebemos a venda diversos objetos, pinturas e outras lembranças do galo em qualquer parte em que olhamos.
“Como vai Brasil?…”
Conhecendo de onde tudo se iniciou, nos julga necessário transformar essa lenda em um novo capítulo de nosso país.
Muito se fez com o Galo de Barcelos durante anos e anos, até para o espaço ele foi enviado em um balão. Atingindo a atmosfera, o balão tendeu a romper-se, deixando o Galo a deriva no espaço caindo novamente em nosso planeta.
Nós, temos a capacidade de adivinhar onde ele caiu? Segundo as nossas fantasias, ele caiu foi no Brasil!
O Galo de Barcelos, em nosso enredo, aportou em terras Tupiniquins para tentar de alguma forma construir uma sociedade mais justa perante os fatos que assolam os noticiários de nossos dias. Será que conseguiremos mudar nossos destinos? Ele irá tentar, por nós!
“Pela justiça em todos os cantos…”
A liberdade sexual hoje em dia é menos velada, onde homens viram mulheres e mulheres se sentem homens, qual o problema?
Os cafetões de outrora tem agora uma concorrente a altura?
A lavação das cédulas e a faxina bem no estilo Lava Jato, ratos, queremos o nosso dinheiro!
As justiças raciais hoje funcionam, com vezes sem cotas igualitárias e a certeza de que somos todos iguais. Até o “negrão” casa com a loirinha? Que notícia ótima!
A justiça do capital, nosso super corrupto com dinheiro até nas cuecas?
No trânsito, multas para homens de bem, que indústria maléfica!
De todos os lados nosso Galo de Ouro, ou de Barcelos, combate em prol a uma sociedade mais justa e igualitária. A fé irá nos mover!
Que o exemplo de justiça transformou-se esse galo assado. Um galo que canta por uma sociedade mais amorosa e mais humana, por dias melhores.
Cocoricó Lucas!
FICHA TÉCNICA
Presidente: Welles Silveira da Silva (Elinho)
Carnavalescos: Ney Junior, Walter Guilherme e Cristiano Plácido Chaves
Direção de Carnaval: Maurício Dias e Alexandre Ribeiro
Direção Geral de Harmonia: Comissão de Harmonia (Vitor Andrade, Uiliam Esteves e Luiz Coelho)
Intérprete: Francisco Ribeiro (Chicão)
Comissão de Frente: Renata Monnier
Mestre de Bateria: Celso Filipe Frazão (Celsinho)
Rainha de Bateria: Débora Souza Reboredo
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Léo Chocolate e Layne Ribeiro
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Hugo César e Bia Oliveira