Por Redação e Marcelo Faria
Equipe Sambrasil: Julia Fernandes, Roberta Campos, David Junior, Sirlene Oliveira, Gilvan Lopes, Rafael Rios, Ricardo Netto, Mariana Barcellos, Jorge Bezerra, Viviane Pinheiro, Gil Bezerra, Marcelo Faria e Jack Costa
A LigaRJ que comanda o carnaval da Série Ouro na Sapucaí, organizará os ensaios técnicos neste sábado (09/04), a partir das 19h.
Como acontece tradicionalmente, antes do teste de som e da nova iluminação cênica da Avenida, que será feito durante o ensaio da Viradouro, haverá a cerimônia de lavagem do Sambódromo para que os desfiles de abril transcorram na mais absoluta paz. Diversos grupos carnavalescos e religiosos estarão se apresentando, guiados por integrantes das Velhas Guardas, Alas de Baianas e crianças de todas as Agremiações dos Grupos Especial e Série Ouro. A cerimônia terá início às 20h30, com todos os participantes vestidos de branco.
Para o público que pretende assistir aos ensaios técnicos, será necessário comprovar a vacinação contra Covid-19, de acordo com o calendário da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. A comprovação poderá ser feita através do certificado de vacinação digital – disponível no aplicativo ConecteSUS –, caderneta de vacinação ou comprovante de vacinação.
Para que o público possa deixar o Sambódromo com tranquilidade, em direção às suas casas, trens do Metrô Rio circularão até meia-noite. Neste mesmo horário partirão composições especiais da Supervia, da Central do Brasil com destino aos ramais de Japeri, Santa Cruz e Gramacho.
Prossegue a venda de ingressos na Central LIESA e na internet
Para quem deseja assistir aos desfiles nos dias 20, 21, 22 e 23 de abril ainda dá tempo de garantir seus ingressos de arquibancadas e as últimas unidades de frisa disponíveis para a compra pelo telefone da Central (3190-2115). Já a compra de ingressos de arquibancadas especiais e cadeiras individuais pode ser feita com o PIX ou com cartões de crédito no site https://carnavaldorio.totalacesso.com/
Confira a seguir a programação
LIGA RJ
09/abril Sábado Unidos de Bangu (C) 19h Porto da Pedra (B) 20h Unidos de Padre Miguel (C) 21h
LIESA
10/abril Domingo Lavagem da pista (20:30h) – Teste de Luz e Som – Viradouro
Acompanhe tudo no Portal Sambrasil e Sambrasil Turismo e Cultura pelas redes sociais: @portalsambrasil @sambrasilturismoecultura
Seguem as informações sobre as agremiações que farão seus ensaios técnicos neste final de semana.
@LIGARJ
06 A – GRES Unidos de Bangu

SINOPSE DO ENREDO: Deu Castor na Cabeça
A Unidos de Bangu, da Série Ouro do carnaval carioca, vai levar para a Sapucaí um enredo que mistura a história do bairro da Zona Oeste, do clube de futebol e de Castor de Andrade.
Fundada por operários da antiga fábrica de tecidos, a Unidos de Bangu, tinha como cores originais de seu pavilhão o azul e o branco. Mas em 1966, o Bangu Atlético Clube ganhou o Campeonato Carioca de Futebol e escola de samba mais antiga da Zona Oeste adotou, então, definitivamente as cores do time: vermelho e branco.
Família investiu no desenvolvimento do bairro
No enredo “Deu Castor na cabeça”, o carnavalesco Marcus Paulo vai começar contando a história do bairro, desde a época que ele ainda tinha aspectos rurais. Foi a partir dos investimentos feitos pela família de Castor de Andrade, que o bairro foi crescendo e se desenvolvendo.
“Castor de Andrade, que é o grande homenageado do enredo, já nasceu como herdeiro do jogo do bicho. A família de Castor investia no crescimento e desenvolvimento do bairro. O bairro de Bangu perde os aspectos rurais e cresce junto com essa família. A gente sabe que tem o Castor, contraventor, que comandava com mão de ferro seus negócios ilícitos, como o jogo do bicho. Mas o Castor que a gente vai levar para a avenida é o mecenas, que fez com que a comunidade estampasse os jornais não pelos crimes, mas pela escola de samba, sempre bem vestida, desfilando bem”, disse o carnavalesco.
A escola vai destacar a profunda ligação de Castor com as escolas de samba e com o clube de futebol de Bangu. E lembrar o quando o contraventor durão nos negócios se rendia à magia do carnaval.
“Quando Castor entrava na avenida ele virava um súdito do Rei Momo. Ele se ajoelhava na avenida como se fosse um templo, com todo o respeito. No meio do desfile, quando a porta-bandeira estava fora da área do julgamento, ele dançava com ela. Ele brincava, ele se divertia muito”, disse Marcus Paulo.
A escola tem um setor inteiro e uma alegoria que fazem essa grande homenagem à Mocidade Independente de Padre Miguel, a escola de Castor. Outros personagens que fazem parte da história do bairro também estarão na Sapucaí.
‘Mandava em tudo em Moça Bonita.
São ex-jogadores do time do Bangu, banguenses e moradores, como o ex-jogador Ado, que relembram passagens de Castor pelo clube. Castor de Andrade foi presidente de honra do Bangu Atlético Clube, nos anos 1980 e esteve sempre muito presente no Estádio Moça Bonita.
FICHA TÉCNICA
Presidente:
Leandro Augusto
Carnavalescos:
Marcus Paulo e Clécio Régis
Diretor de Carnaval:
Direção Geral de Harmonia:
Alexandre Carlos e Vitor Oliveira
Intérprete:
Thiago Brito
Comissão de Frente:
Vinícius Rodrigues
Mestre de Bateria:
Leo Capoeira
Rainha de Bateria:
Wenny Isa
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
Anderson Abreu e Eliza Xavier
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
Diego Moreira e Layane
SAMBA ENREDO: Deu Castor na Cabeça
Compositores: Dudu Senna, Richard Valença, Renan Diniz, Deodonio Neto, JotaPê, Marquinho BF, Denis Lanza, Kaoma Monteiro, Lepiane, Luizinho das Camisas e Carlitos Bahia
Voltei… Botando banca na avenida
Matando a saudade
Jamais pensei
Que essa utopia poderia ser realidade
De terno no jogo da sorte
Nos trilhos da história, a voz sem pudor
O homem sempre lembrado
Por ser benfeitor
Doutor na escola da vida, aluno exemplar
Lutei pro nosso bairro prosperar
E conquistar o que merece
Nesse sonho apostei
Em minha gente eu acredito
Fui aclamado rei, comigo vale o que está escrito
Rolou a bola em Moça Bonita, é show
A galera se agita, é gol! É gol de placa!
Sou banguense, pra sempre um caso de amor
Mascote no peito, vencedor
No velho palco da ilusão
Fui mais um súdito na corte da folia
Deixei meus passos nesse chão
Fiz brilhar mais forte a estrela-guia
E cá estou sem nunca esquecer a identidade
Vira virou, revivendo a minha Mocidade
O samba me liga ao passado
Legado de força imortal
Voltei! Eternizado no altar do carnaval
O meu palpite é forte
O mundo já sabe, respeite meu nome: Castor de Andrade!
Minha palavra é lei, nunca se esqueça
Vai dar Bangu na cabeça
Mini desfile @portalsambrasil @ligarj https://youtu.be/WuOvIx2iopA
04 A_ GRES Unidos do Porto da Pedra

SINOPSE DO ENREDO: O Caçador Que Traz Alegrias
“assim aconteceu o encantamento”
Em frente àquela casa, relembrando um passado não distante, vi uma menina arredia e reservada. Era noite de Natal, luzes acesas, a mesa arrumada com frutas da época colhidas no quintal. Duas mulheres conversavam sobre aquela menina de cabeça baixa. Ganhou da matriarca uma fruta, não conseguia enxergá-la, a distância não permitia, mas o perfume agradável bailou pelo ar. Era uma maçã tirada do “pé do santo”. Isso tudo aconteceu nos arredores de São Gonçalo do Retiro. A imagem ficava cada vez mais nítida em meus olhos, percebi fitas vermelhas e brancas que encantavam não só meu olhar, mas da menina, que olhava em silêncio, sem perceber que ali, num futuro presente, seria sua futura morada. Ainda com a fruta na mão, a menina levantou seu pequeno rosto, revelando um olhar atento, cruzando com os olhares carinhosos da matriarca. Uma questão de destino traçado no céu, no infinito, preciso como a minha flecha de caçador.
“o caçador que chegou com a alegria”
Seu destino já havia sido traçado. Xangô escolheu, oxalá abençoou, Oxum cuidou da menina no dia do seu renascimento, e Oxóssi, certeiro, lhe transformou em rainha. Criança, Iaô 1, adulta, Iá 2, a partir de seu renascimento, vida e sagrado tornaram-se uma única pessoa. O caçador trouxe alegria para os moradores da roça de São Gonçalo, Iá proporcionou felicidade e prosperidade. Iá tornou-se uma mulher detentora da magia encantadora, tão poderosa quantos os mistérios da vida. Destemida, atravessou o tempo como a flecha de Odé 3, criou um laço tão intenso de fraternidade, com seu olhar carinhoso aos seus semelhantes. Aprendeu com Odé uma nova forma de viver, seu arco e sua flecha significavam o ato criador em busca da perfeição. Assim como seu ele dá 4, o dono de sua vida, tornou-se uma grande líder.
“meu tempo é agora”
O Tigre de São Gonçalo olha para aquela roça, as fitas de papel vermelhas e brancas, ainda balançam no ar, os “pés de santo”, continuam a dar seus frutos, alimentando todo o grupo. Passado e presente se encontraram. Tentar decifrar os mistérios do tempo é mergulhar no que se viveu, o tempo é sagrado, tempo é Orixá, o tempo é como uma flecha que percorre os mundos e retorna ao presente. Hoje, vejo aquela pequena menina, em seus olhos marejados de saudade. Vejo agora aquela mulher, cuidando da saúde, da alimentação de crianças; muitas vezes, ela foi mãe sem saber. Mãe, protetora e zeladora. Odé mostrou-lhe o caminho, ensinou-lhe a lutar com as contradições. Hoje, esta mulher transformou-se em símbolo de luta pela tradição da fé. Sinônimo de resistência contra a discriminação de negros, pobres, mulheres e, principalmente, pela valorização do ser humano. Para isto, precisou voar tão alto quanto a flecha do seu Orixá, conheceu outros mundos. No retorno, trouxe a prosperidade, fazendo pelo seu povo aquilo que fez pelos Orixás.
“o que não se escreve o tempo apaga”
Mulher negra, mãe, zeladora, Iá. Defensora da cultura negra e de nossas tradições, recebeu prêmios, homenagens, títulos de doutora, sentou-se em trono de reis e de academias, criou biblioteca e escola, viajou o mundo. Escreveu. Em seus livros, ensinamentos passados pelas histórias contadas pelas tias, dos dias e noites sentados aos pés dos mais velhos, escutando os mais novos, os mais sábios, das viagens que fez, das pessoas que conheceu. Odé sabe o que faz. Odé, com sua flecha, é a segurança de sua trajetória. Odé, o caçador de alegrias. Odé Kayodê traz a alegria, Odé Kayodê é Mãe Stella de Oxóssi.
Annik Salmon – carnavalesca
Carlos Carvalho – pesquisador
FICHA TÉCNICA
Presidente:
Fábio Montibelo
Carnavalesca:
Annik Salmon
Diretor de Carnaval:
Aluizio Mendonça
Direção Geral de Harmonia:
Luiz Borges, Miguel Júniore Ivan Brasil
Intérprete:
Pitty de Menezes
Comissão de Frente:
Paulo Pinna
Mestre de Bateria:
Pablo
Rainha de Bateria:
Kamila Reis
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
Rodrigo França e Cintya Santos
2º Casal de Mestre-Sala e Porta
Jhony Matos e Pietra Brum
SAMBA ENREDO: O Caçador Que Traz Alegrias
Compositores: OBÁ ADRIANO OBIODUN, GUGA MARTINS, PASSOS JÚNIOR, ABÍLIO JR, NANDO TAVARES, WAGNER RODRIGUES, CLAIRTON FONSECA, LEANDRO GAÚCHO E AILSON PICANÇO
Hoje vai ter festa no orum
Mata virgem deixa serenar
Brilha uma estrela
Assenta o orixá
É o caçador seu eledá
Okê arô! Okê okê arô!
Menina vagueia ao som do tambor!
Okê arô! Okê okê arô!
Pisa na areia e bate o tambor!
Chefe da casa escolheu yaô (ê kaô)
Quem veste branca abençoa iyá (epa babá)
Protege a senhora do ouro
A lei é o grande tesouro
Seis pra defender
Seis para julgar
O santo dança céu relampejou!
Não tem demanda! Não tem cativeiro
Meu filho, antes de nós derem cor
Já escutava a voz dos terreiros
Tem fita vermelha e branca
Alma na ponta da lança
Ensina nossas crianças: Destino é lutar
Memórias o vento não pode levar
Escritas à luz do luar
Roda yabá é ginga!
Canta pra firmar curimba!
No toque do aguerê chamei o povo
Agogô mi ro lese, mãe stella motumbá!
Flecha certeira de odé eu quero ver segurar
Cabeça feita quando o tigre passa.
Mini desfile @portalsambrasil @ligarj https://youtu.be/xswOR0t0lbs
05 B _ GRES Unidos de Padre Miguel

SINOPSE DO ENREDO: Iroko – É Tempo de Xirê
Iroko Kisselé! Eró Iroko Issó, Eró!
No princípio, havia eternidade.
E, na eternidade, tempo ainda era silêncio.
Dança antiga da criação, o Aiyê fez-se nos mistérios do Axé.
O tempo começava a falar.
Plantou-se a primeira árvore, Iroko, Iggi Olórum, e ele passou a escutar a voz do tempo.
Genitor do sagrado, raízes para o alto e para baixo, Aiyê e Orun ligados.
Orixá da Árvore, Árvore Orixá – e os outros Orixás por ele descendo ao Aiyê!
Árvore-Orixá dos mistérios, raízes ancestrais no fundo da terra e também bailando ao vento pelos céus.
Orixá-Árvore do infinito, do início e do fim, mestre de todas as Árvores, e todos os Osa Iggi curvam-se à sua existência.
Árvore da vida do que é, do que foi, do que virá a ser, e a vida seguindo sendo vida. Irmão de Ajé, a feiticeira mãe de um passarinho, e de Ogboí, a mulher com dez filhos, é a Árvore das mulheres-pássaros iamis, semeadoras rígidas das respostas aos pedidos.
Germinou como lar e guardião da ancestralidade, enquanto ele reside mesmo é no tempo, sem amarras, nem clausuras. Quando os oluôs pediram para Iroko fazer parte do Axé, não quis ele casa alguma: viveria livre junto ao Povo de Santo, junto a todas as Nações.
No balanço do tempo, Iroko acolhe os temores e consola as aflições. Justiceiro, Iroko dá, Iroko tira. Engole os devedores. Corrige as desfeitas. É clemente com os arrependimentos. Conforta suas iaôs…
…E guarda a natureza!
Foram os Orixás ao encontro de Iroko e então Iroko-Árvore, Morada dos Orixás. Grande e belo, Iroko protege da tempestade e conversa com o vento, através dele suspirando seus chamados e espalhando sua dádiva.
Iroko, Orixá do Morim, cabendo aos homens abraçá-lo com o ojá. Na Dança da Avania, andando Iroko pelo Aiyê, conta o que viu e o que ouviu, quando amou e quando guerreou, ao fim fincando-se no chão, a Grande Árvore Sagrada.
Iroko dos ciclos, da terra, do ar, do fogo; do sol que brilha quente e forte queimando o mundo, às folhas mortas que caem sob o desígnio do tempo rotundo; do frio gelado que castiga com dores na alma, às flores do recomeço da cicatrização da ferida; da vida sem vida dos minerais, à magia da água como fonte mãe alimento do Axé da vida da natureza.
Irôko Issó! Eró! Irôko Kissilé!
Iroko dos caminhos. Caminhos que vem e vão, e o mundo rodando à sua vontade. Na floresta, ao lado de Ossain, declama com seus galhos e folhas os retorcidos mistérios do verde universo. Orixá se transmuta em árvore, árvore se torna Orixá e o povo virando no Santo! O Grande Guardião e a vida em louvação.
Orixá Árvore das trilhas em cruzamento e Iroko Senhorio do Otim. Árvore também vivenda dos mortos, com Icú revelando-se indomável aos seus pés durante a noite. Árvore-Cemitério, dos ajejês, dos abicus, lança sua sombra cobrindo os términos dos ciclos, em junção com os segredos de Nanã e Obaluayê.
Generoso, grande amor de Yewá, Iroko também brilha e vibra possibilidades de renovação. Senhor do que recomeça, do que o vento leva e traz no toque do atabaque da transformação, pois ele ouve o tempo e o tempo segue, ciclo eterno de mudança.
O branco, a sua cor, união de todas as cores do arco-íris da sua ligação com Oxumarê, o mesmo branco do sangue dos ibis. Ele, a brasileira Gameleira, em comunhão com Obatalá.
Assim, a Árvore-Orixá da fartura e da fertilidade, feliz, dá frutos: Árvore Maior, Iroko é e será para todo o sempre a abundância na plenitude dos dois mundos. De sua copa frondosa, resplandece o equilíbrio sobre tudo, Iroko regenerando a vida infinitamente, fazendo triunfar a união na paz de Oxalufã, cujo opaxorô é feito de um de seus galhos.
Enfim, rigoroso, caem as folhas como lágrimas de desespero, implacável contra aqueles que cultivam o erro. O Orixá que brada a guerra quando não é tempo de perdoar. Todavia, Iroko também sabe curar, sempre disposto a ouvir.
E como gosta de ouvir! Lamentos, pedidos, choros, rezas, agruras, dores, tristezas. Paciente, escuta-os. Reto, cobra as alegrias e as farturas atendidas. Mulheres e homens, nas raízes e tronco sob as folhas, batem cabeça pelas bênçãos do seu Axé, por perdão pelos erros cometidos.
Os antigos ainda contam, por fim, que Iroko soprou através do vento um chamado a uma jovem que dançou e rodopiou, indo girando ao seu encontro para tornar-se Filha…
… E hoje, em sua homenagem, ela, a Unidos de Padre Miguel, pede licença!
Com o Estandarte resplandecendo o vermelho do nosso sangue fervendo Carnaval e o mesmo branco do ojá de Iroko, pedimos licença para celebrar a felicidade da devoção e oferecemos o banquete da alegria de viver sob a sombra da Árvore Sagrada.
A Unidos de Padre Miguel, emocionada e aguerrida na gira da Vila Vintém a passar pela Sapucaí, canta os mitos e estórias sagrados, festejando as raízes, o tronco, os galhos, as folhas e o Axé da Grande Árvore, ajoelhando-se respeitosa aos pés de Iroko pelas graças abençoadas do Orixá!
Aqui e agora, tributo ao Senhor da Árvore, é Tempo de Xirê!
“No tronco da Gameleira,
Meu Iroko eu vou louvar!”.
GLOSSÁRIO
“Iroko Kisselé! Eró Iroko Issó, Eró!” & “Irôko Issó! Eró! Irôko Kissilé!” Saudações a Iroko: “Salve Grande Iroko! O Senhor de todas as Árvores!”
Eró calma!
Iggi Olórum árvore do Senhor dos Céus
Osa Iggi Orixá(s) da Árvore
Oluôs advinhos
Otim cachaça
Iamis (ou Yamis) mulheres-pássaros e feiticeiras
Abicus espíritos de crianças marcadas por reiteradas mortes
Icú morte
Dança do Avania viagem de Iroko pelo Aiyê, na qual são narradas todas as suas aventuras. Representação ritualística da viagem.
Ajejê (ou axexê) ritual fúnebre
Ojá tira de pano branco que é amarrada ao redor do tronco do pé-de-Iroko, em ritual ao Orixá.
Morim pano branco de algodão
Aiyê terra
Orun céu
Opaxorô “cajado” de Oxalá
Ibis tipo de caracol, animal de Oxalá.
“No tronco da gameleira, Meu Iroko eu vou louvar” trecho do Ponto “Iroko”, na voz e ritmo de Juliana D Passos e a Macumbaria (letras.mus.br/juliana-dpassos-e-a-macu
Carnavalesco: Edson Pereira
Enredo: Edson Pereira e Comissão Artística
Sinopse e pesquisa: Edson Pereira, Victor Marques e Clark Mangabeira
FICHA TÉCNICA
Presidente:
Renato Maroto
Carnavalesco:
Edson Pereira
Direção de Carnaval:
Cícero Costa e Nana Costa
Direção Geral de Harmonia:
Alessandro Cobra e Carlos KZ
Intérprete:
Diego Nicolau
Comissão de Frente:
David Lima
Mestre de Bateria:
Dinho
Rainha de Bateria:
Karina Costa
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
Vinícius Antunes e Jéssica Ferreira
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
Emerson Faustino e Joana Falcão
SAMBA ENREDO: Iroko – É Tempo de Xirê
Compositores: Chacal do Sax, Sidney Myngal, Jota Ilha Beta, Felipe Mussili, Alexandre Rivero, Júnior Diniz e Gabriel Simões
Tempo, misterioso Tempo
Vazio, silêncio, na escuridão
Tempo, voz, ensinamento
Iggi Olorum, raiz da criação
Tronco que preserva a vida inteira
Ninho para Oxorongá
Guardião do axé, a gameleira
Iroko é quem tira, Iroko é quem dá
Ae, ae, orixá, ero
Da vamunha senhor, orixá, ero
O vento sopra, a folha vira
O ramo sagrado, a seiva da vida
Poderoso dono dos caminhos
Galho protetor do sassayin
Feito palha cobre o mal com sua rama
De saluba se faz sombra
E aos seus pés o axexê decreta o fim
Brilha o arco-íris que lhe abraçou
Floresce então ao pôr do Sol o verdadeiro amor
Ó, Tempo, ouça meu clamor
Conceda aos seus filhos o perdão
E ao reluzir o opaxorô
Seu povo pede salvação!
Bato cabeça, sou filho de fé
Iroko axé! Iroko kisselé!
No ilê Padre Miguel, aprendi fazer o bem
É tempo de xirê no terreiro da Vintém
Mini desfile @portalsambrasil @ligarj https://youtu.be/-8vbp-ILjpE
@LIESA_RJ
05 A_ GRES UNIDOS DO VIRADOURO

SINOPSE DO ENREDO: Não Há Tristeza Que Possa Suportar Tanta Alegria
Depois da energia elétrica,
da energia atômica,
só uma terceira energia chamada alegria
poderia realizar grandes eventos.”
(A genialidade profética de João Jorge Trinta).
Corações à espera:
– Que será do carnaval?
Questionam os sambistas na Festa da Penha, no oito de dezembro de 1918, séc. XX.
David Butter, jornalista e pesquisador do carnaval, descreve:
“À época, a Festa da Penha era um terreno de teste para canções, onde se esbarravam figuras das Sociedades, dos Ranchos, dos Blocos e da incipiente Música Popular Brasileira. Para lá, mudava-se por alguns dias, a Pequena África, com as tias baianas e suas barracas.”
O matinal O Paiz, em 03 de março de 1919, descreve:
“O Carnaval não morreu. Vingou-se gloriosamente das restrições que o passado lhe impôs na guerra e prestou um ótimo serviço de fazer escurecer a visita macabra da ‘espanhola’.”
Extinta a dor da Primeira Guerra Mundial. Asfixiada a Gripe Espanhola.
Findo o ano de 1918.
SINOPSE
“E o Mundo não se acabou.”
(O carnaval de 1919 foi uma das inspirações para o compositor Assis Valente – música eternizada na voz inesquecível de Carmem Miranda).
Os cronistas dos principais jornais da cidade assinam como PIERROT as notícias matinais que prenunciam a Chegada do Carnaval. No jornal O Malho, a charge do cartunista Hélios Seelinger revela em nanquim traços de saudosos foliões esquecidos do imaginário popular. Momo deixa de ser tratado como Rei, é elevado aos céus para ser glorificado como Deus, no dia 1º de março de 1919.
Confino a tristeza, me despeço das trevas. Rompo o isolamento de uma infinda solidão. Calçadas testemunham passos contidos, janelas se entreabrem. Inebrio-me com os ares do Marca-meu-Coração. A Casa das Fazendas Pretas retira os fardos de um luto elegante, que vestiu a dor dos últimos tempos – em seu lugar o lume dos brocados, das rendas e cetins. Entrelaço o olhar nas fitas métricas da Boutique Le France, recebendo os primeiros foliões. Céu desenhado por varais de ventarolas da Casa Buis, na Rua do Ouvidor. A nova dama do cabaré se faz presente nas esquinas da Avenida Mem de Sá, seguindo o legado da cafetina Alice Cavalo de Pau, dizimada pela gripe. Sou um PIERROT em recesso das redações de jornais. Faço parte da nata da sociedade que se prepara para o último baile pré-carnavalesco do Clube dos Democráticos. Evoco a vingança da vida!
“…Assim é que é, viva a folia!
Viva Momo, viva a troça!
Não há tristeza que possa
suportar tanta alegria.”
(Canção de baile do pré-carnaval dos Democráticos, Autor Desconhecido, 1919).
O carioca instaura a desforra da peste na primeira manhã de um carnaval. Ensaio um canto a contemplar a concentração dos préstitos das Grandes Sociedades: a Barca da Vitória, do Clube dos Democráticos; a Hespanhola, do Tenentes do Diabo e o icônico Chá da Meia-Noite, dos Fenianos. Parto no Bonde da Vingança para a Praça da República, conduzido pelo popular Jamanta – desvairado folião a retomar a nossa delirante fantasia de viver, levada por espíritos revoltosos. Esbarro nas Cocotas Emplumadas e me embriago num ardente xarope de Calibrina. Desfaço a melancolia de uma face mal-ajambrada, que revela o sorriso envolto à alegria do bloco Carões mascarados.
Nas ondas da Avenida Beira-Mar, dou cor à angústia em folhas de papel crepom. Contemplo corsos engarrafados de flertes e melindrosas. Autos que figuram deusas ávidas, despertando o olhar sensual do jovem Nelson Rodrigues. Bandas marciais fanfarram por coretos e boulevards ao denotarem o traço Art Decò de J.Carlos. Numa das esquinas da Rio Branco, de um bar, exclama um folião: – Chegou o Caveirinha! Mestre que driblou a morte a desfraldar seu pavilhão, no primeiro desfile do Cordão da Bola Preta. Peço exílio a milhares de corações aglomerados no Bloco do Eu Sozinho – cortejo que rendeu ao folião Júlio Silva, 53 memoráveis carnavais. Nas matinês, o moleque mestiço com chapéu de jornal Tico-Tico, em que retrato o Rio em palavras e desenhos. O beijo na serpentina declara um amor que se desdobra nas batalhas de flores da Avenida Central.
Reside em mim a eterna fantasia de um palco reanimado. Pernaltas vibram cornetas, que prenunciam os bilhetes dos grandes bailes de clubes e theatros. Escadarias conferem um refinado bailado, sacadas preenchem vivências que revelam a fúria de uma metrópole em festa. Orquestras animam valsas, dando um baile em qualquer tristeza. Bombons adoçam sentimentos. Na luz da ribalta, o equilíbrio dos artistas do Circo American-France. Figuras macabras de um salão (diabinhos, morcegos, bruxas) curvam-se à sombra de aplausos aos heróis da Cruz Vermelha. Descortino lembranças heroicas de vestes bordadas por sagradas mãos do caldeirão da Praça Onze.
O carnaval é do corpo e o samba é de alma preta. Na Pequena África, reverencio as tias curandeiras que extirparam o mal da gripe de centenas de baianos e mestiços. Borboletas Negras clamam a transformação para uma sociedade igualitária. Guerreiros Paladinos empunham lanças tribais pela legitimidade do samba – que se faz o principal gênero musical do carnaval. O folclórico Grupo Caxangá, de João Pernambuco, germina a criação dos Oito Batutas. Entraram Donga, China e Pixinguinha – a primeira linhagem de sambistas. O lenço negro caído dos sobrados dá lugar ao colorido de estandartes dos ranchos. Evoco o Senhor da Cura! Cubra-nos com suas palhas! Que teu xaxará afaste de vez todas as mazelas que vierem tocar os sambistas.
O único contágio possível? A alegria.
“A alegria estava entre nós,
era dentro de nós que estava a alegria.
A profunda e silenciosa alegria.”
(“Sonhos de uma terça-feira gorda”, de Manuel Bandeira).
Ar libertário na manhã de um último dia de carnaval. Um Rio em transe, de almas cantantes, em uma catarse de alegria. “Desmascaro” um Rio que o próprio Rio não conhecia – esperança para os dias atuais. Volto aos dias calorosos, dos abraços afetuosos como todo carioca preza. Corpos que se transpassam, mãos que se unem nos reencontros familiares– Folião-Original a exorcizar toda saudade. Figuram tribos ébrias, corações perambulantes em estado de graça. Euforia que não derrubou a sabedoria dos foliões mais antigos a procurar, na Quarta de Cinzas, os seus. Pulsa no epicentro da capital, o Destemidos do Conselheiro, que clama revanche a se ouvir do outro lado da Baía de Guanabara.
Aportam na enseada os revanchistas da Cidade Sorriso, lançados dos corredores da Barca XIX, Nictheroy-Rio. Alguns ensaiam um funambulesco banho de mar. Outros desembarcam sonhos de uma apoteótica travessia de balão. Sob um sol estridente, esvaíam-se cantoria adentro, embalados pelas composições do poeta barretense Zé de Matos. O Rio de Janeiro, memorável, desperta com a emoção que formaria, mais tarde, o chão da Unidos do Viradouro.
Adormeço em meio aos últimos foliões resignados: eram trapeiros que carregavam palmos de confetes e serpentinas de uma troça sem fim. Quarenta toneladas de uma folia que teve papel histórico. Retomar a vida pela alegria no maior carnaval de todos os séculos.
“Na Quarta-feira de Cinzas,
o Rio despertou convicto
de que vivera
o maior Carnaval de sua história.”
(“Metrópole à Beira-mar, o Rio moderno dos anos 20”, de Ruy Castro).
Estou me guardando para quando o carnaval chegar.
(Autoria Enredo, Texto) Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon – Carnavalescos
*Tributo à Marie Louise Nery (Nossa eterna Eneida). História do Carnaval Carioca:
Barca da Vitória – Alegoria ao fim da 1ª Guerra Mundial; Borboletas Negras – Bloco feminino que desfilou na Praça Onze em 19; Calibrina – Famosa cachaça; Carões – Foliões humildes, mascarados improvisados; Casa Buis – Armazém de artigos carnavalescos; Casa das Fazendas Pretas – Loja de tecidos; Caveirinha (Álvaro Gomes de Oliveira) – Fundador do Cordão da Bola Preta; Caxangá – Grupo carnavalesco de inspiração afro-nordestina, de João Pernambuco; Chá da Meia-Noite – Alegoria da lenda urbana de um chá mortal oferecido na Santa Casa de Misericórdia; Cocotas Emplumadas – Bloco de homens travestidos de Galinhas (revanchistas à dita curativa canja de galinha); Destemidos dos Conselheiro – Grupo de Zé-Pereira da Saúde/Gamboa; Folião-Original – O folião eleito o mais animado; Funambulesco – adj. excêntrico, brincalhão; Guerreiros Paladinos – Bloco de homens pretos da Cidade Nova; Espanhola – Carro alegórico de leque espanhol; Jamanta (Zé Cordeiro) – Condutor ferroviário do antecessor Bonde da Morte; Marca-meu-coração – Famoso lança-perfume; Préstitos – Apresentação, desfile; Trapeiros – Catadores de papel; Xaxará – Cajado de Omulu (orixá da cura); Zé de Matos – Compositor de Carnaval do Largo do Barreto.
(Pesquisa) Marcus Ferreira, Tarcísio Zanon e Igor Ricardo
(Revisão textual) Henrique Pessoa
(Agradecimentos especiais)
Aos nossos atuais PIERROTS.
David Butter, Ruy Castro.
FICHA TÉCNICA:
Fundação 24/06/1946
Cores Vermelha e Branca
Presidente de Honra José Carlos Monassa (in memoriam) e Marcelo Calil Petrus
Presidente Marcelo Calil Petrus Filho
Quadra Av. do Contorno, 16, Barreto, Niteroi CEP: 24110-205
Telefone Quadra (21) 2628-5744
Barracão Cidade do Samba (Barracão nº 01) – Rua Rivadávia Correa, nº 60 – Gamboa CEP: 20.220-290
Telefone Barracão
Site www.unidosdoviradouro.com.br
E-mail presidencia@unidosdoviradouro.com.br
Imprensa Simone Fernandes
Tel: (21) 98601-2922
Enredo 2022 “Não há tristeza que possa suportar tanta Alegria”
Carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon
Diretor de Carnaval Alex Fab e Dudu Falcão
Intérprete Zé Paulo Sierra
Mestre de Bateria Ciça
Rainha de Bateria Erika Januza
Mestre-Sala e Porta-Bandeira Julinho e Rute
Comissão de Frente Alex Neoral e Márcio Jahú
SAMBA ENREDO: “Não há tristeza que possa suportar tanta alegria!”
Autores: Felipe Filósofo, Fabio Borges, Ademir Ribeiro, Devid Gonçalves, Lucas Marques e Porkinho
Intérprete: Zé Paulo Sierra
Amor, escrevi esta carta sincera
Virei noites à sua espera
Por te querer quase enlouqueci
Pintei o rosto de saudade e andei por aí
Segui seu olhar numa luz tão linda
Conduziu meu corpo, ainda
O coração é passageiro do talvez
Alegoria ironizando a lucidez
Senti lirismo, estado de graça
Eu fico assim quando você passa
A Avenida ganha cor, perfuma o desejo
Sozinho te ouço se ao longe te vejo
Te procurei nos compassos e pude
Aos pés da cruz agradecer à saúde
Choram cordas da nostalgia
Pra eternidade, uma samba nascia
Não perdi a fé, preciso te rever
Fui ao terreiro, clamei: Obaluaê!
Se afastou o mal que nos separou
Já posso sonhar nas bênçãos do tambor
Amanheceu! Num instante já
Os raios de sol foram testemunhar
O desembarque do afeto vindouro
Acordes virão da Viradouro
Tirei a máscara no clima envolvente
Encostei os lábios suavemente
E te beijei na alegria sem fim
Carnaval, te amo, na vida és tudo pra mim
Assinado: um Pierrot Apaixonado
Que além do infinito o amor se renove
Rio de janeiro, 5 de março de 1919
Making Of Oficial @portalsambrasil @liesa_rj @riocarnaval https://youtu.be/C7DZFv8aqbQ
Agradecemos pela sua visita, por ler essa matéria e principalmente pelo prestígio da vossa audiência!
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Torcemos para que tudo esteja bem com você e com toda a sua família. Cuide-se!
PARA EVITAR O CONTÁGIO PELO CORONAVÍRUS E DE SUAS VARIANTES, INCLUSIVE JÁ EXISTE A MAIS NOVA, CHAMADA DE ÔMICRON, BASTANTE CONTAGIOSA. AS TRÊS REGRAS BÁSICAS QUE SALVAM E PRESERVAM VIDAS DEVEM SER SEGUIDAS E ADOTADAS: USO DE MÁSCARA, HIGIENIZAÇÃO E A NÃO AGLOMERAÇÃO / DISTANCIAMENTO SOCIAL.
AH! VACINE-SE! A VACINAÇÃO LHE AJUDARÁ MINIMIZANDO OS CASOS GRAVES.
A PANDEMIA AINDA NÃO ACABOU!
E SE NÃO HOUVER UMA COINCIENTIZAÇÃO RADICAL DA POPULAÇÃO PARA RETOMADA E ATENÇÃO PRIORITÁRIA PARA OS CUIDADOS COM A PRESERVAÇÃO DA VIDA, AÍ MESMO, É QUE REALMENTE NÃO TEREMOS, COM NÚMEROS VERDADEIROS, INFORMADOS PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES E A GRANDE MÍDIA, UMA REDUÇÃO DRÁSTICA DE CONTAMINAÇÃO E MORTES POR COVID E SUAS VARIANTES.