Por Marcelo Faria
“O museu registra, preserva e expõe a história da ferrovia,
demonstrando a relação com a memória de Juiz de Fora e região”
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Após passar por manutenção, o acervo do Museu Ferroviário de Juiz de Fora foi reaberto para visitação em outubro de 2018.
O diretor do Museu Ferroviário, Luiz Fernando Priamo, informou que as intervenções vão tornar as visitas mais atraentes para o público. A estratégia da coordenação é se aproximar do público, incentivando a ocupação saudável e democrática, fortalecendo o vínculo afetivo com a cidade.
De acordo com Priamo, a meta é continuar aumentando o número de visitantes. Em 2017, o local recebeu 10 mil pessoas, cinco vezes mais que em 2016.
O Museu Ferroviário registra, preserva e expõe a história da ferrovia, demonstrando a relação com a memória de Juiz de Fora e região. Além das salas expositivas, possui anfiteatro, salas multimeios e plataforma, espaços que atuam como núcleo de formação e agregam ações culturais promovidas pelo próprio museu e por artistas e grupos culturais. No dia 21 de agosto o Museu Ferroviário completou 16 anos.
Com entrada é gratuita e o funcionamento de segunda a sexta-feira é das 9h às 17h, na Avenida Brasil, 2.001, Centro. Aos finais de semana, o funcionamento varia conforme a programação.
Sobre o Museu Ferroviário de Juiz de Fora
A expansão ferroviária brasileira, ocorrida no final do século XIX, foi um sopro de progresso para o país e Juiz de Fora não poderia ter ficado fora dessa história. Quando o crescimento do setor cafeeiro se deu em Minas Gerais, foi necessário o aumento no número das estradas de ferro cujos trilhos, até então, eram apenas da Estrada de Ferro Pedro II, na cidade.
Nesse momento que criaram a Estrada de Ferro Leopoldina, com o objetivo de escoamento de cargas e pessoas, auxiliando e melhorando o transporte por trilhos na época. Em JF a primeira estação da Leopoldina a ser implantada ficava no Centro da cidade, ao lado da estação da Pedro II. O prédio, todo de madeira, foi construído provisoriamente e com simplicidade, sem ambição de ser monumento arquitetônico. Tanto que, em 1929, já com a força da Estrada de Ferro da Leopoldina estabelecida e sua importância reconhecida, foi substituído por uma construção realizada com técnica de alvenaria.
O funcionamento como estação ocorreu até o ano de 1972, sendo o prédio modificado após cinco anos de encerramento das funções dos trens, ganhando dois corpos laterais no pavimento superior, onde localizavam-se os terraços da casa do Chefe. Na mesma reforma, a maioria das portas de acesso externas foi transformada em janelas, a escada para o pavimento superior foi eliminada, uma nova escada foi construída no hall principal e as divisões internas foram totalmente reformuladas.
Essa adaptação não foi gratuita, já que, em 1985, uma nova adaptação ao prédio foi implementada, quando o prédio passou a abrigar o Núcleo Histórico Ferroviário, criado a partir da iniciativa da Rede Ferroviária Federal com o projeto PRESERVE, a fim de preservar a memória da ferrovia em no Brasil. Em Juiz de Fora, na época sediando a Superintendência Regional 3, foi aproveitado o prédio da antiga Estação da Leopoldina da seguinte forma: No térreo, foram ambientadas as salas de exposição do acervo ferroviário, enquanto no pavimento superior foram instalados o Centro de Documentação, a Sala de Exposição Temporária, a Galeria de Arte e a Administração do Núcleo. Tal movimento teve força e função no período de vigência da Rede Ferroviária, cuja privatização se deu no ano de 1996, encerrando assim, o funcionamento do Núcleo Histórico e abandono de suas respectivas peças.
Em 1999, por meio de um convênio celebrado entre a Rede Ferroviária Federal S.A. e a Prefeitura de Juiz de Fora, a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage – Funalfa assumiu a administração do espaço, que passou elaborar o projeto do que viria a se chamar Museu Ferroviário de Juiz de Fora. As diretrizes implantadas visaram a dinamização das ações de natureza turístico-cultural e educacional, particularmente aquelas relacionadas com a preservação, valorização e difusão do patrimônio, da memória e das tradições ferroviárias.
O prédio passou por novas intervenções, como a troca do piso, pintura, conservação e restauração de peças, reforma do anfiteatro, além de ganhar telas de proteção e jardins. O acervo foi reorganizado e disposto de forma didática. Em agosto de 2003, depois do processo de revitalização e modernização, o Museu Ferroviário de Juiz de Fora foi aberto ao público.
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