Por Redação
Pioneiro no Brasil, o projeto introduz expressões náuticas na linguagem de libras. Desenvolvido pela velejadora Luisa Gandolpho, atleta da Nova Geração do Time Brasil, que tem foco na preparação para as Olimpíadas em Tóquio 2020, o projeto Velejando Por Um Mundo Melhor promove uma metodologia inovadora de inclusão de Vela para deficientes auditivos.
Luisa aplica aulas para crianças, utilizando movimentos com bandeiras e criando novas simbologias em libras para facilitar a comunicação à distância nas aulas práticas. A primeira ação do Projeto é uma pesquisa de desenvolvimento humano, já aprovada pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), que visa a inclusão de crianças com deficiência auditiva na prática da Vela. Junto a isso, foi iniciado um Projeto Piloto com aulas quinzenais, divididas em dois semestres, apoiado pelo INES e pela PUC-Rio, onde a atleta cursa administração.
Luisa atua como instrutora de oito crianças, com idade entre 10 e 13 anos, ensinando e construindo juntos novas formas de se aprender a velejar. O propósito é desenvolver uma nova metodologia de representação de sinais náuticos, que possam ser utilizados em todo o Brasil, possibilitando o ensino e, posteriormente, a inclusão de deficientes auditivos na prática da vela em regatas e competições. No primeiro semestre foram introduzidas aulas teóricas, com palestras, trabalhos de respiração, filmes e atividades para que as crianças pudessem sentir o vento.
Já no segundo semestre, ainda em vigor, são aplicadas aulas práticas, com o apoio de um clube náutico, onde as crianças têm acesso às embarcações. As ações realizadas no Projeto Piloto resultarão em materiais pedagógicos e vídeos em línguas de sinais, que irão compor um Guia de Ensino Oficial, específica para o ensino da Vela para deficientes auditivos. Ele será encaminhado para a Confederação Brasileira de Vela e distribuído em clubes náuticos no Brasil. Além de deficientes auditivos, Luisa deseja trabalhar com a inclusão e a reabilitação de jovens e crianças amputadas através do esporte. Para auxiliar no desenvolvimento do projeto Velejando Por um Mundo Melhor e em projetos futuros, ela entrou no Instituto Gênesis da PUC-Rio, que promoveu um encontro com Danielle Furtado, coordenadora da área de Ciência e Tecnologia do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), para iniciar uma nova parceria.
O Departamento de Tecnologia da PUC Rio também se engajou na causa, ajudando no desenvolvimento de próteses e órteses, assim como desenvolvimentos de sensores e cadeiras que ajudem a reabilitação e a inclusão das pessoas através da Inovação. Sobre o início do projeto Velejando Por Um Mundo Melhor Luisa iniciou o projeto em 2015, a partir da experiência de três anos como instrutora da escola de vela para jovens e crianças do Clube Naval Piraquê, na Lagoa, Rio de Janeiro. Dentre seus alunos, com idades entre 8 e 15 anos, havia um menino deficiente auditivo com 10 anos de idade, que buscou o esporte como uma forma de inclusão e lazer. Para Luisa, foi um desafio ensinar ao garoto, já que não havia nenhuma metodologia desenvolvida para a inclusão e aprendizagem de deficientes auditivos.
Então, a atleta criou métodos com sinalização, possibilitando a comunicação à distância, para que o aluno pudesse realizar as aulas práticas, dentro da água, com os outros amigos. Sobre Luisa Gandolpho Apontada como uma das promessas da nova geração da Vela brasileira, Luisa Gandolpho, 20, começou a velejar aos 8 anos no Clube Naval Piraquê, no Rio de Janeiro. Cresceu na classe Optimist, passou pela 420, categoria em que foi Campeã na Semana de Vela de Itaparica, em 2013, vice-campeã no Sul-Americano de 2014 e vencedora estadual da Semana de Vela de Búzios. Em 2016, Luisa migrou para a classe 470, categoria em que pretende fazer sua campanha olímpica para Tóquio 2020. Estudante de administração da PUC Rio, ela também é instrutora de crianças e jovens no Clube Naval Piraquê.
Contato para Imprensa iackregina@gmail.com / (21) 98457- 4868 www.facebook.com/velejandoporummundomelhor