Por Redação
A data se refere à cessão das terras da Ilha, ao Governador Correa de Sá em 1567. Considerado o primeiro bairro constituído no Rio de Janeiro, a Ilha do Governador, geograficamente é um acidente demográfico, situado na categoria acidentes naturais: Acidentes naturais ou artificiais: “ilha” – porção de terra cercada de água pelos lados, podendo ser, ligadas ao continente (Ex. Ilha do Governador); “arquipélago” – conjunto de ilhas; “baía” reentrância pela qual o mar adentra um pedaço do continente formando uma abertura estreita (Ex.: Baía da Guanabara).
Mas na realidade, tirando as informações técnicas, a Ilha do Governador é um recanto maravilhoso e um deleite para seus moradores e visitantes, com população atual, com mais de 210 mil habitantes, é formada por um conjunto de 14 bairros do município do Rio de Janeiro. Devido ao seu relevo pouco proeminente e à sua localização dentro da Baía de Guanabara, a Ilha do Governador conta com farta ventilação oceânica, propiciando um clima mais ameno nos dias de verão.

Para o jornalista Marcelo Faria a Ilha do Governador é mais que o lugar que reside; “- A Ilha tem seus encantos próprios, mesmo com os problemas que existem em qualquer lugar populoso, principalmente dentro de uma metrópole como o Rio de Janeiro, a Ilha ainda é um recanto extremamente aprazível de se viver. Tenho 49 anos, sou Insulano, um admirador apaixonado e incondicional da Ilha do Governador.”.

O jornalista Marcelo Faria fincou raiz na Ilha do Governador desde criança, aos 8 anos, quando a família mudou-se para o bairro em 1977, oriundos do município de Nilópolis, onde o jornalista nasceu. Toda a sua formação escolar/acadêmica e religiosa aconteceu na Ilha, estudou nos colégios Padre José de Anchieta, Eduardo Gomes e Mendes de Moraes, fez catecismo e recebeu o Sacramento da Comunhão na Igreja São Sebastião, o sacramento do Crisma na Igreja São José Operário e já fora da Ilha, na sua formação religiosa, formou-se em Mater Eclesie, na Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro.
O profissional apaixonado por samba e pelo jornalismo juntou suas paixões e criou o Portal de Notícias Sambrasil – www.sambrasil.net – Maior Portal de Notícias, Pesquisas e Referências sobre o Mundo do Samba, estabelecendo a redação do portal, no bairro Pitangueiras, onde foi criado e reside até hoje. Recentemente criou mais um veículo de comunicação, desta vez voltado para o turismo e a cultura, o Portal Sambrasil Turismo e Cultura – www.sambrasil.net/turismoecultura .
Também apaixonado pelo futebol, atuou no esporte bretão, desde garoto, pelos campos e quadras de peladas, foi atleta na ACM-Ilha e peladeiro nato, bom de bola, formou vários grupos de pelada com seus amigos de infância, foi fundador e presidente, do mais relevante de todos e que se reúne até hoje no Clube do Cocotá – Ilha do Governador – RJ, o Levanta Copo Futebol Clube.
Curiosidades sobre a Ilha do Governador:
– Presente a Salvador de Sá
A Ilha do Governador já foi chamada de Ilha de Paranapuã, Ilha do Mar, Ilha dos Maracajás, Ilha do Gato, Belle Isle e Ilha dos Sete Engenhos. Só ganhou o nome atual em 5 de setembro de 1567, quando teve mais da metade do território doado ao então governador do Rio de Janeiro, Salvador de Sá.
– Brasão
Escudo heráldico português (arredondado na base e formando ângulos retos na parte superior), encimado pela coroa mural de cinco torres, de ouro, símbolo da Cidade-Capital. Aos lados dois golfinhos, símbolo de povoação marítima, tendo ao lado direito a data de 1568, data da sesmaria de mais de motado da ilha, concedida por Mem de Sá, Governador Geral do Brasil, a Salvador de Sá, o Velho, 2º Governador da Capitania do Rio de Janeiro. Do lado esquerdo, a data de 1961, data da criação do Brasão de Armas da Ilha do Governador, ambos os números em vermelho. Em baixo, ainda em vermelho, a legenda “Governador”, referente ao nome da ilha e ao cargo de Salvador Correia de Sá. Divisão quartelada, sendo o 1º quartel (à direita), sobre fundo branco (prata) um arco em vermelho disparando ema flecha, simbolizando a primitiva ocupação indígena da ilha. No 2º quartel (em baixo, à direita), sobre fundo vermelho, o retrato de Salvador Correia de Sá. À esquerda, no 1º quartel, sob fundo azul, a Matriz de N.Sa. da Ajuda, em ouro (amarelo), simbolizando a criação da Freguesia de N.Sa. da Ajuda, em 1710. Em baixo, sob fundo azul, as armas da Aeronáutica (asas) e da Marinha (uma âncora), em ouro (amarelo), simbolizando a ocupação militar nda Ilha.
Em heráldica, o vermelho simboliza a vitória, com sangue, sobre o inimigo. No Brasão, o vermelho simboliza a vitória, decisiva, para a conquista do Rio de Janeiro pelos portugueses.
No período de 1961 a 1975, o Brasão de Armas da Ilha do Governador teve uma estrela de prata sobre a coroa mural de ouro, simbolizando o estado da Guanabara. Com a fusão, em 1975, o Brasão perdeu a estrela.
Abriga o Aeroporto Internacional Tom Jobim
O Aeroporto do Galeão tem suas origens na década de 1920 com advento das operações militares. Em 10 de maio de 1923, o Governo Federal desapropriou terrenos na Ilha do Governador para a construção do Centro de Aviação Naval do Rio de Janeiro. Já no ano seguinte a Escola de Aviação Naval, que funcionava desde 1916 no antigo Arsenal de Marinha, no Rio de Janeiro, foi transferida para a ponta do Galeão. O local sediou a Base de Aviação naval até 1941, quando recebeu a denominação de Base Aérea do Galeão, que funciona até hoje no Galeão.
O bairro do Galeão é o mais conhecido por causa do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, foi inaugurado em, 1º de fevereiro de 1952.
É o segundo maior aeroporto do Brasil em movimento internacional. Considerando também o movimento de passageiros domésticos, é o quarto maior aeroporto do país em movimento.
Uma das operações mais memoráveis que ocorreu no aeroporto foi a do mítico avião supersônico Concorde. O supersônico pousou pela primeira vez no Galeão em 1971, em um voo experimental. A partir daí, a primeira rota comercial com o Concorde no Brasil foi inaugurada pela Air France, em 21 de janeiro de 1976, na rota Rio-Paris.
Folia insulana
Queridinha de muitos cariocas, a União da Ilha nunca foi campeã do Grupo Especial. Apesar de ser dona de “hits” do carnaval, como “Hoje” e “O amanhã”, a melhor posição obtida pela escola foi um 3º lugar, com “Domingo” (1977). Outras três agremiações fazem a folia insulana: o Boi da Ilha, a Acadêmicos do Dendê e a Nação Insulana, além de diversos blocos que animam o carnaval na Ilha do Governador.

A lenda: O Gato-Maracajá e a Pedra da Onça na Ilha do Governador
Na Praia do Bananal, na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, há uma escultura, fruto de uma lenda local, que se transformou em um símbolo do bairro.
Diz a lenda que uma índia, pertencente a uma tribo da região, ia àquela praia todas as tardes, acompanhada de seu animal de estimação, um gato-maracajá, e lá se banhava. Um dia, a índia mergulhou no mar e não mais voltou, ficando o animal a aguardar o seu retorno durante dias e dias, eternamente petrificado.
Esta história inspirou um grupo de moradores, na década de 1920, a construir um monumento a ser colocado sobre a Pedra dos Amores, em homenagem ao fiel gato-maracajá. A obra foi executada por Galdino Guttmann Bicho, artista plástico residente na Ilha.

Com os danos causados pelo tempo e por vandalismo, a escultura já estava destruída na década de 1960. Outra mobilização aconteceu e o gato-maracajá foi recriado, para manter a lenda indígena. Assim, em 20 de janeiro de 1965, a escultura original foi substituída por outra, que permanece sobre a pedra até hoje.
Moradores ilustres
Originalmente habitada por índios temiminós, a Ilha é terra natal de Arariboia, considerado o fundador de Niterói. Desde então, teve milhares de moradores ilustres, entre eles Lima Barreto, Chiquinha Gonzaga, Garrincha, Vinícius de Moraes, Renato Russo e Miguel Falabella. Hoje, tem cerca de 200 mil habitantes
– Região administrativa
Ao contrário do que muitos pensam, a Ilha não é um bairro, e sim uma região administrativa. Um decreto de 1981 a dividiu em 14 bairros: Bancários, Cacuia, Cocotá, Freguesia, Galeão, Jardim Carioca, Jardim Guanabara, Moneró, Pitangueiras, Portuguesa, Praia da Bandeira, Ribeira, Tauá e Zumbi.
Ilha de contrastes
Tem uma das áreas mais valorizadas da Zona Norte: o Jardim Guanabara, que possui o terceiro melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade, atrás apenas da Gávea e do Leblon. No entanto, a qualidade de vida na Ilha destoa de problemas como a poluição de praias e a desordem no transporte.