Timoneiros da Viola desfila no próximo domingo (24) e faz homenagem ao trio fundador da Portela: Paulo da Portela, Antônio Rufino e Antônio Caetano
Por Redação
Este ano não vai ser igual àquele que passou. O bloco Timoneiros da Viola volta ao Carnaval Carioca fazendo a festa na Praça Paulo da Portela, em Oswaldo Cruz, no próximo domingo, dia 24, a partir das 13h. Tendo como cofundador e padrinho o cantor e compositor Paulinho da Viola, a agremiação reverencia, este ano, o trio fundador da Portela: Paulo da Portela, Antonio Rufino e Antonio Caetano.
A expectativa para o Carnaval 2019 é grande. E para a festa que tem arrastado multidões, o bloco conta com uma poderosa bateria de 150 ritmistas sob o comando de mestre Jonas e com o gogó de Rixxah, nosso Pavarotti do Samba. O intérprete é a voz oficial do Timoneiros e relembrará clássicos sambas da Portela, como “Lendas e mistérios da Amazônia” (1970), “Lapa em três tempos” (1971), “Ilu Ayê (Terra da Vida)” (1972), “Macunaíma” (1975), “Das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma noite” (1981) e muitas outras preciosidades de bambas do samba, além de hinos antológicos de escolas coirmãs.
Além de Rixxah, o Timoneiros vai contar com importantes participações: Nelson Sargento, que será homenageado; Zé Renato; Dorina; Tia Surica; Marquinhos de Oswaldo Cruz; a baiana Glória Bomfim, celebrada por Maria Bethânia e que vem sendo chamada de a Clementina do século XXI desde que gravou canções de Paulo César Pinheiro; a mineira Aline Calixto, que acaba de fundar, em Belo Horizonte, o bloco Filhas de Clara; e o trio Razões Africanas – formado, há 18 anos, pelas cantoras e compositoras Dely Monteiro, Lazir Sinval, Luiza Marmello, integrantes do fundamental Jongo da Serrinha –, que exalta ritmos ligados à ancestralidade africana, como jongo, samba, afoxé, coco, ciranda e cantigas em dialetos africanos.
Sobre o Timoneiros
O Timoneiros da Viola foi criado em 2012 e, logo em sua primeira participação na folia, ganhou o Prêmio Serpentina de ouro de Melhor Bloco de Carnaval. O objetivo é resgatar a poesia e o lirismo dos antigos blocos carnavalescos do Rio de Janeiro, executando única e exclusivamente as mais belas composições de expoentes do gênero, como Bide, Marçal, Candeia, Nelson Cavaquinho, Cartola, Donga, João da Baiana, Pixinguinha e, claro, Paulinho da Viola.
O projeto envolve grupos de instrumentistas e compositores que desfilam pelas ruas de Oswaldo Cruz e Madureira, bairros famosos pela concentração das melhores rodas de samba da cidade e na qual estão sediadas duas das maiores agremiações do Carnaval Carioca: Portela e Império Serrano.
Preservar a memória, sem ser saudosista é a missão do Timoneiros da Viola. Neste ano, mais uma vez, o bloco faz a sua festa na rua, na tradicional Praça Paulo da Portela, em frente à Portelinha, de onde saiu, pela primeira vez, há sete anos. E mantém a tradição de se apresentar no domingo que antecede à Folia do Momo.
Com a proposta de preservar a memória do nosso samba e homenagear Paulinho da Viola, o bloco está com financiamento coletivo aberto a fim de reunir recursos (ou parte desses) que possibilitem a realização do evento. Quem quiser colaborar pode acessar o link: https://www.kickante.com.br/campanhas/bloco-timoneiros-da-viola.
Serviço
O que: Timoneiros da Viola
Quando: 24 de fevereiro – Domingo
Onde: Praça Paulo da Portela (em frente à Portelinha), Oswaldo Cruz
Hora: 13h (concentração)