Sandra Portella celebra o ótimo momento da carreira com Tributo a Clara Nunes
Por Marcelo Faria
Fotos e imagens por Marcelo Faria / Agência Sambrasil
Em uma linda noite no Rio de Janeiro, a “mineirinha” de Juiz de Fora, Sandra Portella, encantou o público que lotou as dependências do lendário teatro João Caetano para ouvi-la interpretar grandes clássicos do samba, eternizados na voz da saudosa e espetacular Clara Nunes.
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O ótimo momento da carreira de Sandra Portella, referido no título da matéria, se dá a partir de sua indicação à categoria de melhor cantora de samba, no 29º Prêmio da Música Brasileira, através do trabalho em “Banho de Fé”, disco lançado em dezembro de 2017, com produção de Rildo Hora e participações de Moacyr Luz e Martinho da Vila.
Veja a seguir:
O repertório de ‘Banho de Fé’ é composto basicamente por sambas compostos ou originalmente gravados por grandes nomes. Martinho da Vila participa da releitura de uma parceria com Candeia, ‘Amor Não É Brinquedo’. Já Moacyr Luz está nos vocais de “Vida da Minha Vida”, música em parceria com Sereno. Do repertório de Zeca Pagodinho, tem “Maneiras” (Sylvio da Silva). Tem ainda Cartola “Autonomia”, Geraldo Pereira “Pisei Num Despacho”, João Donato e Gilberto Gil em “Emoriô”, da dupla Rildo Hora e Sergio Cabral “Os Meninos da Mangueira”, além de “Sertões”, clássico e antológico samba enredo da Em Cima da Hora (1976), de Edeor de Paula. São 12 faixas para deixar os amantes do bom samba apaixonado pela belíssima voz de Sandra Portella.
Já no show TRIBUTO A CLARA NUNES – ícone da Portela e enredo do próximo Carnaval da Escola em 2019 – Sandra Portella apresentou belíssimas releituras de sucessos como “Tristeza pé no chão” (Armando Fernandes (Mamão)), “O Mar Serenou”, “Portela na Avenida”, “Nação” (Aldir Blanc, João Bosco e Paulo Emílio), “Na Linha do Mar”(Paulinho da Viola), “Morena de Angola” (Chico Buarque), “Filhos de Gandhi” (Edil Pacheco), “Menino Deus” (Mauro Duarte/Paulo César Pinheiro), “Deusa dos Orixás” e “Conto de areia” (Romildo Bastos e Toninho Nascimento), além de “Sem Companhia” (Ivor Lancellotti e Paulo César Pinheiro) e “É doce morrer no mar”(Dorival Caymmi e Jorge Amado) com participação do genial mestro Rildo Hora e a participação ilustre de Marquinho do Pandeiro, em Claridade (Marquinho do Pandeiro, Rafael Vianna e Thiago Belizário).
A influência carioca no dia a dia de Juiz de Fora são comuns – a cidade, também conhecida como a Manchester mineira, é muito ligada ao Rio de Janeiro, Sandra sempre recebeu esta influência e soube aproveitar cada fração, em sua trajetória artística, cantava jazz, forró e claro, muito samba. A cantora é filha de pessoas ligadas ao mundo do samba – o pai era carioca, Valcir Delgado, conhecido como Guida Tirote, da ala de compositores da Imperatriz Leopoldinense, e a mãe, dona Lecy, é compositora. Sandra, desde cedo frequentava os ensaios da escola verde e branca da cidade, a Juventude Imperial.
Em uma fase profissional repleta de alegria, Sandra segue com a agenda cheia, já se apresentou em Curitiba e São Paulo e hoje, já morando no Rio de Janeiro, na Lapa, argumenta:
“- Há muito tempo venho, como boa mineira, comendo pelas bordas, cantei pela primeira na Cidade Maravilhosa nos bares da Lapa, levada pelo amigo e músico Carlos Fernando Cunha. Fui caindo no gosto do carioca e aí veio o convite para interpretar um samba enredo concorrente na Portela para o carnaval 2019, minha escola do coração, a convite de Marquinho do Pandeiro e sua parceria.” Sandra gravou o alusivo, samba de introdução – Claridade (Marquinho do Pandeiro, Rafael Vianna e Thiago Belizário).
Sandra segue com projetos paralelos, ao lado do carnavalesco Milton Cunha, Sandra se apresenta por casas de shows e teatros do Rio no espetáculo “Palavras e canções”, no qual ele conta e ela canta histórias de amor e de desamor.
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