Sandra Portella canta Clara Nunes no Blue Note Rio
Por Redação
Cantora mineira reverenciada por grandes nomes do samba apresenta dia 11, no Blue Note Rio, no Blue Note Rio tributo àquela que foi e sempre será uma das grandes vozes deste país.
A música sempre esteve presente na casa de Lecy do Samba, compositora ligada à Juventude Imperial de Juiz de Fora. Uma das muitas vozes que saiam do rádio de casa calou fundo na pequena Sandra Portella. Não uma voz qualquer, mas a de uma das maiores cantoras que este país já teve: Clara Nunes (1942-1983).
O tempo passou, e aquela menina virou uma cantora, respeitada no seu meio. Tanto que, em 2018, a estreante esteve entre as três indicadas (ao lado das veteranas Lecy Brandão e Ana Costa) ao Prêmio da Música Brasileira na categoria Cantora de Samba. E nesse ínterim, os laços com o repertório de Clara só se estreitaram. A ponto de inspirar um show. “Sandra Portella canta Clara Nunes” volta a ser visto no Rio, dia 11 de janeiro (sexta-feira), no Blue Note Rio, após apresentações no Teatro João Caetano e na Sala Baden Powell em 2018. A apresentação contará ainda com a participação mais do que especial do maestro Rildo Hora.
E o roteiro do show traz 27 canções que, juntas, mostram o quão plural foi Clara Nunes. E não foi nada fácil chegar ao número final, oriundo de uma lista que inicialmente trazia 40 músicas, todas emblemáticas na trajetória da Guerreira. O público vai ouvir “Ijexá (Filhos de Gandhi)” (Edil Pacheco), “O canto das três raças” (Mauro Duarte/Paulo César Pinheiro), “Conto de areia” (Romildo Souza Bastos/Antonio Carlos Nascimento Pinto) e “O mar serenou”(Antonio Candeia Filho) – estas duas reunidas num pot-pourri que inclui ainda “Deusa dos orixás”. O repertório traz também canções não exatamente lançadas por Clara, mas que ganharam na sua voz um registro expressivo. São os casos de “Alvorada” (Cartola/Hermínio Bello de Carvalho), “É doce morrer no mar” (Dorival Caymmi), “A felicidade” (Tom Jobim/Vinícius de Moraes) e “O último pau de arara” (Venâncio, Corumba e José Guimarães).
Clara Nunes merece toda a nossa reverência. Essa inesquecível cantora terá sua história cantada pela Portela, escola do coração das duas cantoras, no Carnaval de 2019. A ideia inicial de Sandra Portella era a de homenagear a Azul-e-branco. Acabou falando mais alto a vontade de reverenciar aquela que é uma de suas maiores referências no samba (e na música).
Salve, Clara!
Mais sobre Sandra Portella:
A cantora nasceu em Juiz de Fora (MG), onde consagrou-se como cantora. A fama da sua voz potente chamou a atenção no supermercado onde ela trabalhava como caixa. Levada para o estúdio por um colega, ela fez ali suas primeiras gravações. E chamou a atenção do crítico Joel Oliveira que propagou aos quatro ventos a cantora que despontava. Sandra Portella se tornou aos poucos referência na sua cidade. E a fama transpôs as divisas com o Rio de janeiro, levando-a a cair nas graças de nomes como Alcione, Moacir Luz (que a convidou para o Samba do Trabalhador), Martinho da Vila e de Rildo Hora. Tanto que o maestro produziu o EP da artista, em 2015, e dois anos depois, o CD “Banho de fé”, que a projetou nacionalmente.
Sandra Portella canta Clara Nunes
Participação do maestro Rildo Hora
Músicos (em ordem alfabética): Angelo Goulart (bateria), Eder Franco (violão), Jansen Narciso (percussão), Luiz Rachid (sopros), Rafael Crespo (cavaquinho), Thoddynho (percussão) e Marcelo Mattos (baixo)
Serviço:
Data e hora: 11 de janeiro (sexta-feira), às 20h
Local: Blue Note Rio (Av. Borges de Medeiros, 1424, Lagoa. Tel: 3799-2500)
Ingressos: R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia)
Abertura da casa: 19h
Duração: 90 minutos
Classificação: Livre