Samba da Feira recebe Marquinhos Sathan neste sábado (24), nos Armazéns do Engenhão
Por redação
Sábado é dia de Samba da Feira, a roda de samba que ganhou o respeito de artistas, como: o grupo Fundo de Quintal e o sambista Diogo Nogueira, que foram convidados das últimas edições. Sem perder o embalo, o evento traz como atração para o próximo sábado,dia 24, o cantor e compositor Marquinhos Sathan para animar o público nos Armazéns do Engenhão, localizados na parte externa do Estádio Nilton Santos. O show será ao lado do grupo base do Samba da Feira, o Grupo Bororó, das 15h às 23h, de graça.
Pelo Samba da Feira, já passaram muitos craques: Xande de Pilares, Reinaldo, Noca da Portela, Leandro Sapucahy, Revelação, Arlindinho, Marquynhos Sensação, Marquinho PQD, Juliana Diniz, Samba Xoxo, Samba do Chapéu, Soul mais Samba, João Martins, Renato da Rocinha, Grupo do Arruda, Renato Milagres, Rafael Bezerra, Familia Macabu e RDN.
A roda, que começou despretensiosamente no quintal de uma casa em Piedade, agora é programa certo para famílias inteiras, das crianças aos idosos. São mais de 500 pessoas por sábado. Ao longo de quase dois anos, mais de 30 mil pessoas já curtiram o Samba da Feira. E todo esse sucesso sem patrocínio! Só mesmo com o suor e a criatividade de Mario Castilho, Diogo Viana, Eduardo Zebral, Marco Veiga e Rodrigo Guedes, amigos e sócios na empreitada – profissionais de diversas profissões: de administrador de empresa a servidor público e autônomo.
Além de ser a melhor opção de lazer para a galera do subúrbio – evento gratuito, com infraestrutura e segurança –, o Samba da Feira é também uma oportunidade de movimentar a economia local e dar oportunidade de trabalho e negócios para muita gente: músicos, equipes de bar, empresas de aluguel de cadeiras, banheiros químicos, entre outros.
O cantor e compositor carioca Marquinho Sathan nascido no limite do Morro do Salgueiro com o nível do mar, ganhou fama nas rodas de samba nos anos 80, ocupando seu lugar no reino do samba de qualidade.
Já em seu primeiro disco “Me Engana Que Eu Gosto“, que acabou virando jargão na boca do povo, foi saudado como um dos grandes lançamentos do ano (1987) e recebeu disco de ouro. Nesse disco dividiu duas faixas com Roberto Ribeiro e Bezerra da Silva respectivamente, reuniu compositores como Arlindo Cruz, Beto Sem Braço, Almir Guineto entre outros nomes de peso.
Em seu segundo disco, recebeu novamente um Disco de Ouro, e consagrou sucesso como “Por Incrível Que Pareça” com a participação especial deAlcione e a música de sua autoria “Simples Poeta” que traz a sutileza e sensibilidade de um grande compositor.
Daí pra frente, já consagrou como um dos melhores intérpretes do samba do país, Marquinho Sathan vem acumulando sucesso, já tendo realizado turnê pelosEstados Unidos, Japão e Europa (Portugal, Alemanha, Espanha e França) e ainda na Finlândia e Bélgica. Foi merecedor do “Prêmio Sharp” em 1991 como melhor intérprete de samba, como melhor intérprete também, recebeu por cinco vezes o Oscar do Samba em SP no projeto “Os Melhores do Ano” como melhor intérprete no qual participa a 9 anos.
Por trás da simpatia típica de carioca, Marquinho Sathan tem uma carreira pautada na aplicação, disciplina e organização somadas ao talento a força da voz e o brilhantismo do intérprete de talento poli dimensional que chega aos 25 anos de carreira com 11 CDs gravados e 32 participações em CDs e DVDs de outros artistas, conquistando o reconhecimento do público que o consagrou através de sucessos de sambas, como “Falsa Consideração”, “Me Engana Que Eu Gosto” e “Pura Semente”.
História
O projeto teve seus primeiros passos dados por um grupo criado no aplicativo WhatsApp chamado “ Bororó Produções”. O grupo reunia-se frequentemente, na casa de um de seus integrantes para tomar uma cerveja, tocar um bom samba e se divertir. O local mais frequente para esses encontros era na rua Teresa Cavalcante, em Piedade, casa de Mario Castilho, que costumava acordar cedo, preparar uns camarões e ouvir um bom samba no quintal, enquanto acompanhava o movimento da feira que ocorre todo sábado, na rua onde mora.
Pintou, então, a ideia de comprar um barril de chopp e deixar as portas da garagem abertas para quem quisesse parar e curtir o samba. Surgia assim o Samba da Feira, que estreou no dia 14 de maio de 2016. O barril logo virou vários, tiveram de providenciar espaço para os barraqueiros e para a galera que só aumentava a cada dia de feira. Não demorou para o samba, que ia das 10h às 16h, virasse febre e atraísse público do bairro e das adjacências.
O evento cresceu, e vieram os problemas: reclamações de vizinhos por causa do barulho, reclamações dos feirantes… Foram conversar com o administrador regional da XIII R.A. e receberam a oferta de fazer a roda nos Armazéns do Engenhão, localizados na parte externa do Estádio Nilton Santos. A continuidade do projeto estava assegurada.
“No dia 3 de dezembro de 2016, migramos para nossa nova casa, mantendo nossas premissas e filosofias podendo oferecer um pouco mais de comodidade e conforto para todos. Conseguimos maximizar nosso público e alavancar nosso plantel de convidados”, comemora Castilho. E conclui: “Enquanto o samba for capaz de curar almas feridas, revigorar estruturas, reacender luzes, reencontrar caminhos e transcender prazeres, não mediremos esforços em persistir e preservar com nossos ideais”.
Serviço: Samba da Feira recebe Marquinhos Sathan
Sábado, dia 24, das 15h às 23h
Armazéns do Engenhão
Endereço: (Pça do Trem – em frente à Estação Engenho de Dentro)
Entrada franca
Classificação etária: livre