Quarto final de semana de ensaios técnicos movimentará o Sambódromo Carioca
Por Redação
A LigaRJ que comanda o carnaval da Série Ouro na Sapucaí, organizará os ensaios técnicos neste sábado (02/04), a partir das 19h.
Já no Grupo Especial, o horário de início dos ensaios, está previsto para as 21:15h.
Para o público que pretende assistir aos ensaios técnicos, será necessário comprovar a vacinação contra Covid-19, de acordo com o calendário da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. A comprovação poderá ser feita através do certificado de vacinação digital – disponível no aplicativo ConecteSUS –, caderneta de vacinação ou comprovante de vacinação.
Confira a seguir a programação deste sábado (LigaRJ).
19h – Acadêmicos de Vigário Geral (B)
20h – União da Ilha (C)
21h – Estácio de Sá (B)
Confira a seguir a programação deste domingo (Liesa).
21:15h – Mocidade Independente de Padre Miguel (C)
22:30h – Salgueiro (B)
Acompanhe tudo aqui no Portal Sambrasil e pelas redes sociais: @portalsambrasil
Seguem as informações sobre as agremiações que farão seus ensaios técnicos neste final de semana.
@LIGARJ
06 B_ GRES Acadêmicos de Vigário Geral
SINOPSE DO ENREDO: Pequena África: da escravidão ao pertencimento, camadas de memórias entre o mar e o morro
O Rio de Janeiro, como a exemplo da maioria das grandes metrópoles, desenvolveu-se a partir do porto. Porta de entrada da cidade, a Zona Portuária desempenhou um papel importante na história da construção da identidade do povo carioca sendo ponto de encontro de diferentes culturas. O porto do Rio de Janeiro localizava-se no Largo do Paço, atual Praça XV, e era por lá que saiam as riquezas das minas e entravam os produtos da metrópole e a carga humana vinda da África. Esse passa a ser o ponto de partida de nossa viagem à Pequena África” *.
Desde que o porto do Rio de Janeiro se tornou o principal porto do país, o tráfico negreiro aumentou consideravelmente e o desembarque dos negros escravizados no principal centro comercial e político do país passou a incomodar as autoridades e os habitantes. Por questões sanitárias e para que a população não visse as péssimas condições nas quais os negros chegavam ao Brasil e além, de claro, da imagem do comércio de escravizados não contribuir na construção da imagem de “cidade europeia” que se pretendia construir, D. Luiz de Almeida Soares Alarcão, o Marquês do Lavradio, ordenou a mudança do desembarque dos negros escravizados para uma região mais afastada e de difícil acesso, o cais do Valongo, localizado na Rua do Valongo, atual Rua Camerino. A concentração das atividades ligadas ao tráfico negreiro na área do Valongo tornaria a região o maior complexo escravagista das Américas.
Essa transferência do local de desembarque dos escravizados foi acompanhada por outras mudanças. Além da construção do Cais do Valongo, um verdadeiro complexo de escravos foi montado na área, como um lazareto (para onde iam os negros enfermos), o Cemitério dos Pretos Novos (destinava-se ao sepultamento dos pretos novos, isto é, dos escravos que morriam após a entrada dos navios na Baia de Guanabara ou imediatamente após o desembarque, antes de serem vendidos) e os armazéns de venda e engorda dos negros escravizados.
O desembarque de negros escravizados no Cais do Valongo durou até 1831, quando o comércio negreiro passou a ser ilegal. Com isso o desembarque de escravizados passou a ser feito de maneira clandestina em praias isoladas. O fim do comércio negreiro na área do Valongo e o aumento da produção de café no Vale do Paraíba fluminense transformaram os antigos trapiches de africanos do Valongo em trapiches de café.
A triste memória do Cais do Valongo seria apagada em 1843 com a transformação do antigo cais de desembarque de africanos no Cais da Imperatriz, preparado para receber a futura esposa do Imperador D. Pedro II, a princesa das Duas Sicílias, Tereza Cristina Maria de Bourbon.
Com a proibição definitiva do tráfico humano em 1850, a Zona Portuária passa a ter uma grande oferta de mão de trabalho, atraindo pessoas de várias regiões. Vários negros libertos vieram da Bahia em busca desse trabalho e se instalaram na Pedra do Sal e nas imediações do Morro da Conceição, iniciando o que seria conhecido mais tarde como Diáspora Baiana.
A grande concentração de negros na Zona Portuária garantiu a ascensão da Cultura africana, por meio dos Centros de Candomblé, como o terreiro do pai-de-santo João Alabá de Omulu e das casas das tias baianas Ciata, Bebiana e Perciliana que serviam de ponto de encontro para os moradores da região.
Mesmo liberto, o negro só conseguiu construir seu espaço na sociedade através de seu próprio e incansável esforço e foi na construção desse espaço que eles a alteraram a vida na cidade, tornando o Rio um importante polo de produção e inovação cultural.
No final do século XIX, a região da Pedra do Sal ficou conhecida como local de chegada, recepção e ajuda de migrantes, em sua maioria negros. Essa concentração da população negra nas imediações do porto com seus trabalhadores, vendedores de rua, músicos, capoeiras e terreiros de candomblélevaria Heitor dos Prazeres, anos mais tarde, a batizar a área de Pequena África.
Os negros que ali passaram a habitar começaram sua vida nesse novo local formando agremiações ou participando de atividades coletivas de trabalho, culto ou lazer, criando um importante polo de irradiação e de recriação de culturas africanas nas proximidades da Praça XI. E foi assim que, no começo da República, surgiram os primeiros ranchos carnavalescos na cidade. A Praça XI foi considerada capital da Pequena África até 1941, quando as obras na Avenida Presidente Vargas se iniciaram. Esse desmembramento do polo de cultura africana levou Pixinguinha, Donga e João da Baiana para a Pedra do Sal.
As Casas das Tias Baianas eram locais onde os trabalhadores portuários descansavam, faziam refeições e participavam de rodas de samba. Foram nesses locais que se formaram associações políticas e culturais, como o Afoxé Filhos de Gandhi do Rio de Janeiro em 1951.
A região portuária também é berço da Sociedade de Resistência dos Trabalhadores de Trapiche e Café, considerada a primeira organização sindical livre de trabalhadores do Brasil, que é a origem do atual Sindicato dos Estivadores. Pode-se dizer que uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, o GRES Império Serrano, nasceu na região da Pequena África, pois a maioria de seus fundadores era do Sindicato dos Estivadores.
Após essa História, é inegável o reconhecimento da importância histórica e cultural de toda a região conhecida como Pequena África, desde a região do porto à Cidade Nova, porém, a memória dessa História foi diversas vezes soterrada e despejada em nome da modernidade.
O Cais do Valongo e a memória de negros escravizados desembarcarcados em condições subumanas foram apagados com a construção do Cais da Imperatriz, que por sua vez foi soterrado no início da Republica, junto com a memória do Império naquele local, pelas obras de Pereira Passos na construção do Novo Porto. Por fim, em 2011, o então Prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes coordenou todo um projeto de revitalização da cidade por ocasião dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo. Revitalização essa que trouxe à tona as camadas da História da chegada dos africanos. Em 2017 o Cais do Valongo recebeu o título de Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO, por ser o único vestígio material da chegada dos africanos escravizados nas Américas.
Pedra do sal, batizada inicialmente como Pedra da Prainha, que era apenas uma barreira natural que separava o Centro do subúrbio, foi moradia dos negros que trabalham no desembarque de novos escravizados. E com o fim da escravidão marcou-se como moradia de trabalhadores da estiva e de moradores despejados da Praça XI, após o início das obras de expansão da Avenida Presidente Vargas e juntos, esses moradores recriaram Instituições que não puderam ser trazidas pelos seus antepassados nos navios negreiros, como o culto a seus Orixás. E entre seus atabaques e danças deram uma marca cultural não só a cidade do Rio de Janeiro, mas a todo o país: o Samba. Por todo esse histórico, a Pedra do Sal, localizada na base do Morro da Conceição, pela sua importância na cultura afro-carioca, em 1984, foi tombada pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural. O local possui muitas medidas governamentais de proteção de seu território, mas que não têm sido suficientes para garantir sua preservação. Mesmo com a indicação do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) para incluir a Pedra do Sal como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Povo Carioca em 2018, o local sofre com o abandono administrativo da atual prefeitura carioca. Desde a falta de simples bancos até má conservação das estruturas. Esse abandono e falta de apoio a esse símbolo da reestruturação e resistência da cultura afro-brasileira no período pós-abolição resultou na sua interdição pela própria Prefeitura no final de 2019.
No Carnaval de 2021 o G.R.E.S. Acadêmicos de Vigário Geral vem exaltar e dar o mérito a região da Pequena África e toda sua população, reconhecer seu valor geográfico, urbano e artístico, enaltecendo suas raízes e seu pertencimento histórico-cultural, agradecendo por terem feito e por fazerem parte da nossa história.
* Texto retirado do Documentário “Pequena África – Sobrevivência, Resistência e Identidade”.
Carnavalescos: Alexandre Costa Pereira e Lino Sales
Ficha técnica
Presidente
Elizabeth da Cunha Soares( Betinha)
Carnavalescos
Alexandre Costa Pereira
Lino Sales
Direção de carnaval
Toninho do Trailer
Direção de harmonia
Daniel Katar
Direção de bateria
Luygui Silva
1º casal de mestre-sala e porta-bandeira
Paula Penteado e Jefferson Gomes
2º casal de mestre-sala e porta-bandeira
Cris Soares e Diego Jenkins
Responsável pela comissão de frente
Handerson Big
Intérprete
Tem Tem Jr
SAMBA ENREDO: Pequena África: da escravidão ao pertencimento, camadas de memórias entre o mar e o morro
Compositores: Júnior Fionda, Fagundinho, Luis Carlos D’avenida, Marcelinho Santos, Domenil Santos, Robert Farrow, Luiz Pião, Gigi da Estiva, Fadico, Romeu, Felipe Revelação, Silvana, Rodrigo Shumacher e Carlinho Ousadia
Sou o filho do cativeiro
Vento de balançar maré (ô maré)
O clamor que vem dos tumbeiros
Fiz do largo do passo axé
A candeia de Angola, Moçambique e do Congo
Fui o cais da esperança
A pujança do Valongo
Pretos novos acuados
Feito ratos de armazém
Suplicavam piedade
Aos senhores do vintém
Donde vem essa voz, seu moço
É um canto de oração
Lerê lerê, vem do morro da conceição
Donde vem esse canto forro
Ecoa de norte a sul
É alabá da falange de Omulu
Iyá Kekerê foi Ciata d’Oxum
Kilombo da arte, cangira vodum
Prazeres por Heitor que deu o nome
Onde Donga ao telefone fez a jura pro Sinhô
Eu vi brotar João e Pixinguinha
No terreiro das baianas
De Gandhi fui herdeiro do agogô
Sou o fim de todo açoite
Cria da favela
Onde guardam nossa origem
Sou Vigário sentinela
Aos rebanhos de pastores que me queiram destruir
Da estiva sou patente
Negro ruim de desistir
Atabaque evocou orixá no Ilê
E o ponto firmou no toque do alabê
Pequena África, raiz cultural
O samba resiste na Pedra do Sal
MINI DESFILE @portalsambrasil @ligarj https://youtu.be/rUZeEWq-g_w
05 A – GRES União da Ilha do Governador
SINOPSE DO ENREDO: O Vendedor de Orações
O mundo parou, tanta coisa mudou, e cada um de nós teve que olhar para o seu interior. É tempo de reconstruir e transformar. O silêncio é prece, e prece é oração. É a forma pura e divina de nos conectar com o universo para ouvir e compreender.
Romaria de fé, amor e esperança. Nestes tempos difíceis e estranhos, é hora de juntar as mãos e, com humildade no coração, agradecer. O brasileiro é um povo de fé! E a União da Ilha traz no seu pavilhão, o manto poderoso de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira. A Mãe do Ouro, a Mãe Negra do Brasil.
Quando a imagem de Nossa Senhora Aparecida, foi vista pela primeira vez no Brasil, o povo sofria com a escravidão, clamando dia e noite pela libertação. Os negros vindos de além-mar agonizavam nas mãos dos senhores feudais, eram chicoteados pelo capataz e castigados pelo capitão do mato. A santa encontrada tinha a cor escura como a noite. Tinha a cor da pele dos negros e está identificação, transmitiu satisfação e alegria para os negros que cantaram: “É negra a cor da noite, é forte a minha dor. É negra a cor da Santa, é santo o meu amor” (1).
Os escravos acreditaram que a imagem veio, de fato, com o intuito de transformação no pensamento e atitudes da época, almejando a abolição, livrando o povo negro do castigo e da escravidão.
Entre tantos milagres, Nossa Senhora, a Mãe Negra do Brasil, trouxe com a sua generosidade, uma lição de vida e de amor ao próximo. Escolheu o escravo Zacarias, – que havia fugido de uma fazenda do Paraná e era caçado por todos os cantos – para ser seu fiel discípulo e mensageiro. Deu a Zacarias, a nobre missão de levar o nome de Nossa Senhora, a todos os corações necessitados de amparo. De tanta perseguição, um dia Zacarias foi capturado, surrado e acorrentado nos pulsos e nos pés.
No caminho de volta, o escravo e o capataz passaram próximo à capela que havia sido construída para a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Foi então que o escravo pediu permissão ao seu caçador para rezar diante da imagem. A fé de Zacarias foi tamanha que milagrosamente as correntes se romperam, deixando-o livre. Diante do milagre, o caçador acabou por libertá-lo. Em agradecimento, Zacarias fez uma promessa: levar a imagem de Nossa Senhora ao povo brasileiro de todos os cantos. Transformou-se num cavaleiro da fé, um romeiro fiel, um vendedor de orações, propagando o amor de Nossa Senhora Aparecida em todos os corações.
Assim começou sua contribuição para a popularização da devoção à santa negra e aceitação da sua imagem ao longo do tempo, e também sua importância como representatividade.
Ferreiro, Zacarias dedicou-se com afinco ao ofício de recriar em medalhas, terços, crucifixos, escapulários a imagem de Nossa Senhora Aparecida com a oração.
Reproduziu a coroa de ouro, cravejada de diamantes e rubis, presente da Princesa Isabel. Em terracota, a imagem de Nossa Senhora reflete uma imensidão de milagres, estampa suor e lágrimas de um povo de fé que não é mais escravo, mas revive através da imagem espalhada por todo o País, a fé na santa, impressa na arte, na religião, na música, na história, na memória do povo brasileiro. Pregando a igualdade entre os povos, independente da religião, o escravo Zacarias levou a imagem de Nossa Senhora até nos terreiros de Candomblé e Umbanda. De branco, com turbantes e pano da costa, os filhos de santos ostentavam o rosário de Nossa Senhora pendurado no peito, entrelaçado com as guias e firmas de seus Orixás de cabeça. O povo do santo sabe que no sincretismo religioso, Nossa Senhora Aparecida é Oxum, orixá do ouro, do amor, da beleza, das águas das cachoeiras. As duas são mulheres. São negras como a maioria do nosso povo. São mães. Sensíveis, se comovem com o sofrimento dos seus filhos. Se compadecem de vossas dores. São generosas como os rios e as cachoeiras.
Guiam para a fartura e a vida. E como gratidão, o romeiro Zacarias continuava o seu propósito de propagar Nossa Senhora Aparecida aos diferentes povos que encontrava.
Ela era a Santa do impossível. E tal qual um protetor de Nossa Senhora, Zacarias viu os milagres de Aparecida acontecerem. No milagre das velas, em que duas velas acesas no seu altar, se apagaram e acenderam novamente, lá estava Zacarias, com a imagem de Nossa Senhora. Passando por Aparecida e vendo a fé dos romeiros, um Cavaleiro ateu zombou da fé dos religiosos e tentou entrar na Igreja a cavalo para alcançar a imagem de Nossa Senhora e destruir o local. Porém, as patas do animal ficaram presas em uma pedra. A partir daí, o homem passou a acreditar.
Era mais um sinal de Nossa Senhora e lá estava Zacarias que deixou com o homem, uma medalha com a oração de Aparecida. Foi numa visita à Basílica de Nossa Senhora, que uma menina cega se curou ao entrar com sua mãe. A mãe mal pode acreditar quando a menina cega desde que nasceu, disse: “Mãe, como essa Igreja é bonita”, curando-se da cegueira, milagrosamente.
O coração barroco de Zacarias reproduziu a imagem de Nossa Senhora com fidelidade. A imagem de terracota encontrada pelos pescadores no Rio Paraíba em 1717 tem uma característica peculiar que a define como Nossa Senhora da Conceição: a meia lua debaixo dos pés. Contam que o escravo Zacarias contava os mistérios através de dois significados profundos: o primeiro é que a lua não brilha por si mesma, mas reflete a luz do sol. Na religião cristã, o sol é Jesus Cristo. A luz sob os pés de Maria significa que sua luz vem de Jesus. E o segundo é que a lua brilha no meio da escuridão da noite. A escuridão simboliza a humanidade pecadora e a lua simboliza a pureza e a luz.
“Nossa Senhora, me dê a mão, cuida do meu coração, da minha vida, do meu destino… (2)”
É a Ilha quem vem, coberta pelo manto azul de Nossa Senhora Aparecida, gritar que é a nossa hora! É tempo de fé e resistência. É tempo de celebrar a negritude do nosso povo e de nossa padroeira!
É a Ilha que vem, unida e aguerrida, com toda a força de seu povo e as cores do seu pavilhão. No coração azul, vermelho e branco, Nossa Senhora cobre a União da Ilha com o seu manto. E a comunidade insulana com os braços abertos aos céus, se rende ao amor de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil.
Com a fé em Nossa Senhora Aparecida, a Ilha vai para a avenida celebrar a fé na vida. A fé na Santa padroeira, derramando samba e religião com o seu canto.
O canto de um povo de fé, um povo de união. O povo que vem da Ilha do Governador!
1 – Música do filme “O Milagre das águas” de Ronaldo Pelaquim.
2 – Música “Nossa Senhora” de Roberto Carlos
FICHA TÉCNICA
Presidente: Ney Filardi
Carnavalescos: Severo Luzardo (Im Memoriam) e Cahê Rodrigues
Diretor de Carnaval: Dudu Azevedo
Diretor Geral de Harmonia: Dudu Azevedo
Intérprete: Ito Melodia
Comissão de Frente: Priscilla Mota e Rodrigo Negri
Mestres de Bateria: Jefferson Araújo (Keko Araújo) e Marcelo Santos
Rainha de Bateria: Juliana Souza
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
Marlon Flores e Danielle Nascimento
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
Rodrigo França e Winnie Lopes
SAMBA ENREDO: O Vendedor de Orações
Autores do Samba: Marquinhos do Banjo, Gugu das Candongas, Almir da Ilha, Júnior Nova Geração, Rafinha da Ilha, Romeu, Rafael Mika ia e Marcio André Filho
MÃE PRETA DO BRASIL
ROGAI POR NÓS, APARECIDA!
TRAGO A ESPERANÇA NO OLHAR
EU QUE MAL SEI REZAR, NOSSA SENHORA!
DOBRO O JOELHO AOS SEUS PÉS
SANTA IMACULADA CONCEIÇÃO
O MILAGRE ACONTECEU
QUEBRAM-SE AS CORRENTES PELO CHÃO
OH! MINHA MÃE… RECEBI NOBRE MISSÃO DE AMOR
VOU SEGUINDO EM ROMARIA
LEVO O SEU NOME AONDE FOR
A VELA ACESA NO ALTAR, CLAREIA
BENDITO É O FRUTO MÃE, SEMEIA
DIVINA PROTEÇÃO A ILUMINAR
NADA É IMPOSSÍVEL QUE EU NÃO POSSA ALCANÇAR
A FÉ TRANSFORMA O MEU DESTINO
A PAZ VAI REINAR NOS CORAÇÕES
OH! PADROEIRA DE TANTOS BRASIS
MAIS TOLERÂNCIA NESSE MEU PAÍS
BANHEI SEU ROSÁRIO COM AXÉ
NA GIRA DE CANDOMBLÉ, COM OXUM NA CACHOEIRA
AGRADECER… POR VER NASCER O SOL DE UM NOVO DIA
SOU MAIS UM FILHO DE MARIA
ENTREGO MINHA ILHA EM SUAS MÃOS
E O POVO CANTA EM FORMA DE ORAÇÃO
NOSSA SENHORA APARECIDA
FAÇO DO SAMBA UM HINO DE AMOR
CUBRA NOSSOS FILHOS COM SEU MANTO
E ABENÇOE A ILHA DO GOVERNADOR
MINI DESFILE: @PORTALSAMBRASIL / @LIGARJ TV https://youtu.be/enXV35VDhVc
03 B_ GRES Estácio de Sá
SINOPSE DO ENREDO: “Cobra Coral, Papagaio-Vintém. #VestiRubroNegro Não Tem Pra Ninguém”
Resenha
No ano de 1995 o G.R.E.S. Estácio de Sá cantou o centenário do Flamengo.
As duas maiores paixões do carioca – o futebol e o carnaval – se uniram de tal forma que é impossível saber o que é samba de enredo e o que é grito de torcida. Dessa parceria surgiu uma canção definitiva para a torcida do Flamengo e uns dos carnavais mais emblemáticos da escola.
Para o próximo carnaval, a Estácio de Sá fará uma releitura do desfile de 1995. O “Uma vez Flamengo” passa a ser “Cobra coral, papagaio vintém… #vestirubronegro não tem pra ninguém”. A História do Rubro-Negro será novamente abraçada pelo Berço do Samba.
Pré jogo
Lembranças antigas se misturam às atuais enquanto a torcida desenha um mosaico onírico nesta ofegante e emocionada partida de futebol. O tempo e o espaço caminharão no compasso da bola, neste jogo que é narrado pelo mais importante jogador do Flamengo: O número 12. Este jovem leva a bandeira Rubro-Negra sobre os ombros e o Leão no peito. Enquanto sua mãe costurava a roupa de mais uma baiana o tecido vermelho-epreto cobria-lhe a barriga. O mesmo tecido que protegia o ventre e escrevia o carnaval, atravessou-lhe o coração, na pista. É filho desta mulher que bordava, no Morro, aquilo que pro asfalto ainda não era nem sonho. É um homem que sabe que para quem nasce no Zinco e no Terreiro Grande não cabe outra glória senão lutar. É ele quem recorda do povo descendo o Escadão para celebrar a conquista da América. Neste Jogo da Memória há espaço, inclusive, para os craques da Favela da Praia do Pinto, que, assim como ele, perderam tudo, menos o direito de sonhar.
Apita o Árrrbitro
Nesta noite reluzente, um show de estrelas. A baiana entoa a velha cantiga de Seu Sete da Lira e abre os caminhos deste palco que mescla o sagrado e o profano: “Exu é Flamengo e eu também sou”. Nesta pátria sem ateus não há distinção de santo: Vai de São Judas Tadeu ao manto vermelho e preto do Dono da Encruzilhada e une o Urubu-Malandro à Maria – que é Molambo… Haja Coração!
Num passe de mágica, a poesia enfeitada de luar: Adílio toca para Domingos da Guia…. Zico… Fio Maravilha… Everton Ribeiro-Zizinho-acompanha-de-perto-Júnior-toca-paraCastillo-Gabigol fintou o primeiro, avançouprapequenaárea… UM LANÇAMENTO NO COSTADO DA ZAGA-OLHAOQUEELEFEZ-OLHA-O-QUE-ELE-FEZ, Gabriel Barbosa, GabiGooooooooool é o nome da emoção! Foi um gol de anjo um verdadeiro gol de 2 placa. Apite comigo, galera!
SHOW DO INTERVALO
Fique na nossa, fique na Estácio!
Notem! É o jogador número 12 do Flamengo está no meio do campo. É ele quem finaliza na grande área das oficinas e das fábricas e quem comanda a equipe através do radinho a pilha. Herói que
chacoalha pelos trens, que xinga e berra nas mesas dos botecos. Seu coração é o tambor que emociona a galera!
Neste carnaval da esperança, um pinho chora acordes e diz que é tempo de sonhar e recordar. É o passado de presente. A saudade apertou… E o campeão voltou. Confira comigo no VAR.
Corre o tempo no olhar da Gazela Negra. Fazendo sol, queimando ou chovendo, está viva ali uma Raça: A Raça Brasileira.
Rola a bola pro 2º Tempo
Seis jovens remadores saíram das suas regatas e adentraram o campo. O roupeiro leva aos campeões de terra e mar um novo manto: A memória ocupa o centro da camisa e as mangas e divide o
espaço com o escudo.
O Time do Povo inunda novamente a alma do morro. O delírio estaciano transforma a Marquês de Sapucaí numa enorme geral, entre churrasquinhos de gato e biscoitos de isopor, mengotengo, vapo-vapos, Uh! Tererês, Dá-lhe dá-lhe, dá-lhe-ôs, pandeiros e cavacos: Isso aqui é Flamengo!
Ao fim da partida mais uma medalha de ouro. No futebol, nas regatas e no atletismo é campeão o seu destino.
Errrrrrgue o braço (E a taça!)
Este enredo não é apenas sobre um personagem, uma torcida ou um time. Está em oto patamá: É o clamor da massa transformado em procissão de samba. É sobre uma Nação que não se contenta com saída pro mar. Quer ter um oceano de gente em vermelho-e-preto margeando a sua costa. É rubro o sangue. É negra a pele. Rubro-negro é o estandarte de resistência que rasga a multidão e anuncia o Bloco do Eu Sozinho: O cheirinho inescapável de um buquê de poesia que a brisa espalhou no ar.
Na Concentração, o menino-rapaz-homem e sua nêga chamada Teresa, após haverem descido o São Carlos encontraram um parça que desceu o Morro do Corcovado. Cansado estava de permanecer de braços estendidos à cidade. É assim que preferem acreditar na santidade do domingo – Dia em que o pai do Redentor, depois de haver a Terra criado, não descansou: Vestiu Rubro-Negro.
E quando Ele – que é carioca, flamenguista e estaciano – veste Rubro-Negro, não tem pra ninguém. São eles os moleques do Morro que vão conduzir a massa, para garantir que, sim, hoje tem Festa na Favela.
GRES ESTÁCIO DE SÁ
CARNAVALESCOS WAGNER GONÇALVES E MAURO LEITE
TEXTO: VÍTOR ANTUNES
Ficha tecnica
Presidente: Leziario Nascimento
- Presidente de Honra: Guilherme Schleder
Direção de Carnaval: Marcão Selva, Mario Mattos e Julinho Fonseca
Carnavalescos: Mauro Leite e Wagner Gonçalves
- Direção Geral de Harmonia: Valmir Cerilo e Saint Clair
- Intérprete: Serginho do Porto
- Mestre de Bateria: Chuvisco
- Rainha da Bateria Medalha de Ouro: Jaqueline Maia
- 1° Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Feliciano Junior e Alcione Carvalho
- 2° Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Marcos Ferreira e Laryssa Victória
SAMBA ENREDO – “Cobra Coral, Papagaio-Vintém. #VestiRubroNegro Não Tem Pra Ninguém”
Compositores: Adilson Torres, Caruso, David Correa e Deo
O céu rasgou
Na noite que reluzia
Um show de estrelas
Brilhou nos olhos
De um novo dia
A poesia
Enfeitada de luar
Encantou o Estácio (ó paixão)
Paixão que arde sem parar
É mengo tengo
No meu quengo é só Flamengo
Uh! Tererê
Sou Flamengo até morrer
Seis jovens remadores
Fundam o grupo de regatas
Campeão o seu destino (ô)
É ganhar em terra e mar
Fazendo sol
Pode queimar, pode chover
Vou ver Fla-Flu
Fla-Vas vou ver
Diamante negro, Fio Maravilha
Domingos da Guia, Zizinho, Pavão
Gazela negra
Corre o tempo no olhar
Será que você lembra
Como eu lembro o mundial
Que o Zico foi buscar
Só amor
Na alegria e na dor (ô ô)
Parabéns dessa galera
Campeã da nova era
Cobra coral
Papagaio vintém
Vesti rubro-negro
Não tem pra ninguém
Mini desfile @portalsambrasil @ligarj https://youtu.be/bmFDPIyrwbY
@LIESA_RJ
03 B_ GRES Mocidade Independente de Padre Miguel
SINOPSE DO ENREDO: “Batuque ao Caçador”
Oxóssi, batida de uma flecha só…
Do Orum, Olorum escreveu nas estrelas os segredos do que é essencial. E foi Orunmilá quem os entregou à ventura dos Orixás. Um deles, gravado no arco esticado. No voo da flecha em silêncio. No ofá que aponta o sentido da vida. Para um dia fazer ecoar uma batida única. Na caixa. De guerra. De festa. E se tornar canto ao pé da jurema. Perfume de alecrim. Frescor da alfazema. Confiança no impossível. Afinação pelo inverso nos versos próprios à mata. Cavaleiro regente dos caprichos da pureza. Cadência e equilíbrio de fauna e flora. Batuta que ouriça ou faz calar o naturalmente belo. Trono e tronco da pulsação no interior de tudo. Rito, grito, apito. De mestre. O passo a passo no ritmo preciso. O disparo sem vacilo. Axoxô com milho, amendoim, coco fatiado e melaço na gamela. Oferenda, toque, licença. Pujança preta iorubana. África, axé e agueré. Olu wó kí rí bode.
Diz um Itan que houve festejo em Ifé. Colheita do Inhame. Olofin-Odudua, o rei, foi surpreendido. Do seu altar, viu um dos pássaros de Eleyes pousar sobre o palácio. Desafiadora obra das feiticeiras Iyami Oxorongá. Sombra, peste, cólera se sucederam. O Obá tratou de convocar os Odés para a ofensiva. Guerreiros e suas flechas. Foram cinquenta de Oxotadotá. Todas sem direção. Depois, as quarenta de Oxotogi. Nenhum acerto. Por fim, Oxotogum e vinte tentativas. Mas as asas da praga seguiram abertas.
Eis que o Ifá sinalizou o real caminho: uma lança apenas. E foi Oxotocanxoxô a desferi-la. Instinto de Orixá protetor que atingiu o peito do animal em cheio. Batismo determinante. Fim do mal. Aquele foi o Oxô aclamado: Oxóssi, o Odé, o caçador de uma flecha só. Ofà ofà bèru já. Alegoria fundamental.
O oráculo o fez fruto do simbólico. Em algumas lendas, nascido da própria feiticeira Iyami Apaoká. Jaqueira sagrada. Noutras, filho de Iemanjá e Oxalá. Irmão de Exu, que abriu sua trajetória. E de Ogum, com sua espada de ferro. De afeto. A ensinar sobre a caça. Odé logo aprendeu. Foi ao ataque, para desagrado da mãe. Enfeitiçado por Ossain, encontrou nova moradia na floresta. Abô, banho em deslumbramento. Fez-se provedor dos alimentos. E mò re lè ko lè. Ossain, soberania das ervas e folhas. Oxóssi-Odé, a mira que não descansa. Passaram a viver juntos. Mas Ogum não se conformava. Trouxe o flecheiro de volta para Iemanjá. Ela o recusou.
Sem conseguir o perdão materno, Oxóssi partiu. Destino traçado. Na arma em desenho de Lua Nova empunhada. Mato adentro, atende por Erinlé. Ou Odé Inlé. Grande caçador de elefantes. Que se apaixonou por Oxum banhada de ouro e mel. Erinlé é, ainda, um rio. Correnteza que beija as águas de Oxum. Amor e rivalidade. Desejo e conflito. Do encontro apaixonado e caudaloso, nasceu Logum Edé. Filho metade matagal, metade cachoeira. Homem e mulher. Guerra e espelho. Saiu aos seus.
Oxóssi. Odé. Também chamado Ibualama. Água profunda. Sabedor dos caprichos do submerso. Senhor da prosperidade na ciranda dos Orixás. Aquele que salta a fronteira do impossível: não crê no frio da morte. Dribla Ikú com valentia em suas andanças. Vitorioso na peleja contra o juízo final até mesmo no proibido. Ao flechar a serpente Oxumarê sem permissão superior, foi atingido por feitiço. Mas escapou da passagem. Como sempre. Concessão de Orunmilá.
Oxóssi, batida de luta…
Seguiu adiante. Certeza no improvável. Alvo. Ação. Abate. Longe de titubeios até mesmo quando o trono foi seu. Sim, Odé é rei africano. Rei do Kêtu. O Alakétu. De alteza concedida por Oxum para salvá-lo de outros caçadores. Coroa legitimada pela supremacia do Orum. Mito adorado pelo povo. Oluaiyè a aréré. Kêtu, região de tradição Iorubá sob a árvore sagrada. Kêtu, entreposto de riqueza e comércio. Kêtu, menina dos olhos da cobiça. De Oyó. De Daomé. Da Europa imperialista. Não tardou para o tempo virar sobre o planalto de solo avermelhado. Batalha. O Kêtu sucumbiu ante as tropas daomeanas invasoras. Portal de entrada conquistado. Saga em desalinho.
O culto a Oxóssi foi atingido pela queda do reino. Em fugas. Em massa. Em mortes. Mas o ícone também se espalhou. Memória oral como frasco aberto. Essência do Candomblé solta no ar. Em velas ao mar que transformaram a experiência de mulheres e homens. Sobrevivente no tumbeiro. Irukerê que afasta os maus espíritos. Eco ancestral sem amarras. Desembarque. No Brasil, em Cuba, na mistura efervescente das Américas. Lamento escravo na senzala. Veias abertas.
Oxóssi, batida de sincretismo…
Com os pés aqui, assentou-se no alastramento. Raiz nova em solo que tudo dá. Dono da terra desbravador. Operador da dimensão do encanto. Nagô. Angola também. Cabila. Mutalambô provisor. Arqueiro divino de Zambi. Criador das estrelas. “Que iluminam Oxóssi lá no Juremá”. Preto. Das giras. Mandinga. Macumba. Umbanda. Nação de nações apinhadas. Dorso de aço. Pé de vento. Divindade que dança. Índio. Linhas de caboclo. “De Aruanda”. Pena branca. Jupiassu. Sete flechas. Boiadeiro. Ventania. Dona Jupiara. Sete Encruzilhadas. Das tabas todas consagradas na sua energia.
Orunmilá gravou em Odé a percussão que alforria corpos e almas do Gigante. Ponto riscado. Traje em verde ou azul. Legião de filhos de cabeça feita. Quinta-feira de Ossé. Sincretismo. Salve Jorge na Bahia. O Amado e o Guerreiro. Guardião das noites enluaradas. Casa Branca. Gantois. Ilê Axé Opô Afonjá. A força de Mãe Stella. São Sebastião do Rio de Janeiro. Padroeiro cristão flechado. Falange Tupinambá derrotada. Santo e Orixá. Fusão em dorso nu. Antropofagia simbólica de algozes à beira do cais. Sagrado e profano. Folia.
Oxóssi, batida de festa…
Tribo de quintal sob melodiosa tamarineira. Cacique. De Ramos. Da Uranos. Dos que não cancelam os frutos do tambor. Ubirajara, Ubiracy, Ubirany. Aymoré. No ramal Deodoro, salta em Oswaldo Cruz ou Madureira. Águia e jaqueira sagradas. Apaoká do samba. Tabajara. Paraíso no alto do morro. Arroz-com-couve irmanado ao Boi Vermelho. Como Odé e Ossain em harmonia nos mistérios da mata. Zona Oeste por cartão de identidade. Agueré depois do apito final na pelada de várzea. Rum, Rumpi, Lé. Ogãs a repercutir a gramática do atabaque. Xirê em torno da sábia Chica. Tia. Mãe. Ifá. De grêmio boleiro a grêmio de terreiro no bairro com nome de padre. Mesa posta por Maria do Siri, receita dos Trindades, toque final de Oliveiras.
Pipa solta que vira estrela de cinco pontas. Herança dos enigmas que Olorum salpicou no céu. Vivinho. André. Macumba. A primeira, a segunda, a terceira. Lavadeira, Galo Velho, Miquimba. Instrumentos calados. Mergulho no abismo. Paradinha. Para o renascer cadenciado no tempo certo. Cuidado feminino no chocalho de platinela, ronco da cuíca de Quirino, mão preta que vibra o couro em sintonia com o peito. A caixa. A síncope. A raiz. Flecha certeira que conduz de volta ao começo e gira a roda da existência. Pioneira.
Guilherme, Coronel Tamarindo, Vintém. Avenida. Brasil, do carnaval, do sonho. Ponto Chic. Faro em movimento. Trem partindo da estação. Caçada batuqueira que desce até o Centro. Para a glória e vitória do axé. “Tupi, cacique, poder geral”. Bira, Jorjão, Coé. Dudu.
Tesouro, aglomeração e abraço sem medo de toda uma gente.
Odé é coisa nossa. Não existe mais quente.
Oxóssi é a bateria da Mocidade Independente.
Okè arò, okè.
Enredo dedicado aos ritmistas de ontem, de hoje e de sempre que compõem a alma de nossa escola…
Carnavalesco e criação: Fábio Ricardo
Sinopse e ideia original: Fábio Fabato
Pesquisa e defesa de enredo: André Luís Junior
FICHA TÉCNICA
Fundação 10/11/1955
Cores Verde e Branco
Presidente Flávio da Silva Santos
Quadra Av. Brasil, 31.146 – Realengo – Rio de Janeiro, RJ – CEP 21725-001
Telefone Quadra (21) 3332-5823
Barracão Cidade do Samba (Barracão nº 10) – Rua Rivadávia Correa, nº 60 – Gamboa – CEP: 20.220-290
Telefone Barracão (21) 2516-3215 e (21) 2203 1207
Site www.mocidadeindependente.com.br
E-mail canalmocidade@gmail.com
marinodiretordecarnaval@gmail.com
Imprensa Rodrigo Coutinho
e-mail: rodrigocoutinho86@yahoo.com.br
Tel: (21) 99848-2600
Enredo 2022 “Batuque ao Caçador”
Carnavalesco Fábio Ricardo
Diretor de Carnaval Marquinho Marino
Intérprete Wander Pires
Mestre de Bateria Dudu
Rainha de Bateria Giovana Angélica
Mestre-Sala e Porta-Bandeira Diogo Jesus e Bruna Santos
Comissão de Frente Jorge Teixeira e Saulo Finelon
SAMBA ENREDO: “Batuque ao Caçador”
Autores: Carlinhos Brown, Diego Nicolau, Richard Valença, Orlando Ambrosio, Gigi da Estiva, Nattan Lopes, J. J. Santos e Cabeça do Ajax
Intérprete: Wander Pires
Okê Arô, Ofá da mira certeira
Dono da mata, Okê, Okê, Mutalambô
Seu ajeum já preparei na quinta-feira
No fundamento, a batida incorporou
Samborê, pemba, folha de jurema
Há proteção de Ogboju Odé
Pai Oxalá lhe deu seu diadema
Quem rege meu ori governa minha fé
Nos idilês a ancestralidade
O Alaketu no Egbê da Mocidade
Oxóssi é caçador de uma flecha só
Herdeiro de Iemanjá, irmão de Ogum
Aquele que na cobra dá um nó
Aquele apaixonado por Oxum
Oxóssi é caçador de uma flecha só
Herdeiro de Iemanjá, irmão de Exu
Aquele que na cobra dá um nó
Aquele apaixonado por Oxum
Ibualama o mar atravessou
No Gantois, virou São Jorge guardião
Um rio inteiro em teu nome, meu senhor
Quem é de Oxóssi é de São Sebastião
Ô, Juremê, ô, Juremá
Caboclo lá da jurema é cacique nesse congá
Ô, Juremê, ô, Juremá
Mandiga de Tia Chica fez a caixa guerrear
Inverteu meu tambor
De Dudu e de Coé, foi Quirino, foi Miquimba
De Jorjão, o agueré
Fez do aguidavi, baqueta da nossa gente
Pra evocar nesse terreiro toda alma independente
Arerê, Arerê, Komorodé
Komorodé, Arolé, Komorodé
Arerê, Arerê, Komorodé
Todo Ogã da Mocidade é cria de Mestre André
Making Of Oficial @portalsambrasil @liesa_rj @riocarnaval https://youtu.be/vlJEikh9Rog
05 B_ GRES Acadêmicos do Grande Rio
SINOPSE DO ENREDO: “Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu”
Quem sou eu… Quem sou eu?
1
– Câmbio, Exu! Fala, Majeté!
Exu, princípio de tudo: gira, faísca, espiral, movimento, corpo-redemoinho, Okotô!, desterro, fervura, espanto, espuma, axé da Terceira Cabaça, Igbá Ketá. Que abre, então, os caminhos: L’Onan, Legba, Eleguá, Bará, Elegbara, Mavambo – pé na porta, pedrada, com sete chaves nas mãos, o nó das encruzilhadas, tranca, carranca, Calunga Grande, porteiras, ponteiras, diásporas, às travessias na barca, correntes os olhos e as águas. Salve Aluvaiá, Salve Bombogira! “O que se há de?” – mar de dendê! O que será?
2
Exu que se fez caboclo, poeira, na cruza, em brasa, chão de terreiro, fora da casa – o mundo inteiro nos pés de andarilhos peregrinantes. Os chifres, os dentes, os búzios, as garras: batalhas! Ali, tanto sacrifício: argila vermelha na praia. Rasgos, penhascos, altares, o orí, a voz de Palmares: os gritos, os mitos, os guizos, a cabeça de Zumbi, “mortal eterno”, “ente coletivo” ao sol do mais verde encanto (porque Zumbi-Exu está em tudo quanto é canto). Agbá! – espraiou-se o culto, firmeza e toque. Sigamos!
3
Exu de proezas tantas, pelejas, orikis, Ifá, adivinhação, histórias fragmentadas nas entrelinhas de odús – o destino do rei de Oió e o trono do Engenho Velho. Odusô, o guardião. Erro que vira acerto, certo que brota errado, do outro lado, enigma, tempero, vuco-vuco, o remédio e o veneno. Tendas, feiras, farofas, recados, as lendas da criação debulhadas nos mercados, o corpo que voa fechado e a visão de cada um: ninguém pode viver sem mim. Preceitos, pressentimentos, trotes, fabulações. Trocas, trocadilhos, línguas desgovernadas. Ciscos, lâminas, lágrimas – Olobé, Elebó, cachimbos, caixotes, cachaça. Truques de linguagem: traquinagens. Osijê, Obá Babá! Oferendas d’Eleru. Pimentas!
4
“Salve o Sol, salve a estrela, salve a Lua!” Saravá, Seu Tranca Rua! Exu que são muitos em um: corpo em si desdobrável. Fala, falo e falácia: falanges. Alafia! Centenas de sobrenomes que vem de muitos lugares – Rio que leva as gentes, ruas que tudo dragam. Exu, malandro Pelintra, Padilha, fio de Navalha, ponta de agulha, os cacos da noite, as sombras da Lapa, Marias, ciganos, cigarras, jogo e cartas na mesa, rendas, vidrilhos, rasteiras, meio-fio das quebradas, rabos de galo e de saia, também os rabos de arraia, o cheiro bom da cerveja, destreza, sem falar nas gargalhadas. O primeiro gole é dele! Exu, Veludo encarnado, luz de abajur, sonhos bordados – sentimentalmente, visivelmente. “Exu Caveira, Capa Preta, Sete Catacumbas estavam por ali; Fui convidado pra uma festa nobre; na casa de Exu Tiriri…”
5
Exu, potência e gingado, ponto riscado na carne, palco das festas da gente. Brinca o carnaval em transe, desafia, des(con)fia, desconcerta, bate a bola no asfalto, pisa no sapatinho, samba despudorado, dança inflado de vida, palhaço, e trança a crina do cavalo. Deus de chinelo rasgado, boca beijada, copo na mão, Seu Sete da Lira, bloco lotado, a máscara, Odara!, o baque, o buraco, o cru, o afoxé, o maracatu, o surdo de terceira, a fuzarca dos velhos cordões, o som que vem das favelas, capaz de transver o mundo. Exu, pedra que pulsa, valsa convulsa, mangue que benze, curva, couro, esquina, jorro, ouro e lata no Bal Masqué: não é um robô sanguíneo, não! É santo – mas nem tanto.
6
Exu de tinta e de sangue: é dose, tudo come, tudo sabe, tudo viu. De curto pavio! Lamento de poetinhas – porque tudo é perigoso, divino-maravilhoso. Desnuda as frases no muro, sagrado e profano, mundano, pós-contemporâneo, língua ferina, flauta e cajado, casa de bamba, Basquiat no batuque, as letras amadas, a macumba dos modernistas, o piá-Macunaíma, os perfumes rosianos, na saga do Ser-Tão, “Exu nas escolas”, voz estelar, quebrando tabus e “costumes frágeis” – vocês não aprendem na escola. Vocês copiam! Criemos! Novas pedagogias, para os tempos que virão. Verão! Antropofagias, Enugbarijó. “Através das travessuras de Exu / Apesar da travessia ruim…”
7
Exu que não é o diabo do teatro colonial, projeto de corpos mortos (culpas, medos, grilhões, carcaças, escravos disfarçados de libertos) – mas força que une os opostos, jongo de ser e não ser. Exu, to be e Tupi! Fome, cada vez mais fome! Insone. Os nervos são fios elétricos. Evoca os profetas do caos, as vozes do lixo, a desconstrução, o avesso do manto, um sem quanto, a costura dos trapos, as aparições, remendos-retalhos, o eterno retorno, a fortuna, os farrapos, o espanto e a possível, por que não?, recriação: Olímpia, Stela, Jardelina, Arthur Bispo do Rosário, Estamira no lixão de Gramacho, às margens da alegria, cantarolando aos vapores, saudando os cometas e o fogo, ao som milenar das estrelas, Yangi, pedras de laterita, bailando, da pá virada, Molambo, Mulamba, ruínas:
“Todo lugar tem uma rainha, lá no lixo também tem…”
Exu, a sacerdotisa:
– Câmbio, Exu! Fala, Majeté, fala! Os além dos além é um transbordo. Tem o eterno, tem o infinito, tem o além dos além. O além dos além vocês ainda não viram. Se eu sou à beira do mundo! Entendeu agora? Quer me desafiar? Você quer saber? Cada pessoa é um astro! Câmbio, Exu! Fala, Majeté, fala!
Falemos! Dancemos! Bebamos! Vivamos! Destranquemos os olhos! Sigamos por outros caminhos! Cantemos até o fim – que não deixa de ser um começo. Ouçamos os atabaques – atentos, plenos, fortes!
Exu, a ancestralidade. Exu, desenredo proposto. Exu, a aposta mais alta. Exu, o padê arriado. Exu, passada ligeira: Exu, Laroiê, Mojubá!
– Câmbio, Exu!
Fala, Grande Rio!
Transbordado com expressões e falas retiradas do documentário “Estamira”, de Marcos Prado, além de fragmentos de poemas, canções e pontos de macumba. Inspirado nas provocações de Conceição Evaristo, Helena Theodoro, Alberto Mussa, Luiz Antonio Simas (“Exu é uma escola de samba!”) e Luiz Rufino; e nas narrativas orais de Luiza Maria e Dib Haddad. Dedicado aos inúmeros torcedores apaixonados que nos ajudaram a tecer este
Carnavalescos: Gabriel Haddad e Leonardo Bora
Pesquisa, costura e texto : Gabriel Haddad, Leonardo Bora e Vinícius Natal
Colaboração:Thiago Hoshino e Luise Campos
Glossário:
Igbá Ketá, L’Onan, Bará, Elegbara, Okotô, Agbá, Odusô, Olobé, Elebó, Osijê, Obá Babá, Eleru, Alafia, Odara, Enugbarijó, Yangi: segundo Luiz Antonio Simas, são os títulos que representam os maiores atributos de Exu, diluídos no sumo do enredo, guardados a sete chaves.
Referências:
Livros, artigos e sítios da Internet: AMADO, Jorge. Dona Flor e seus dois maridos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
ANDERSON, Robert. O Mito de Zumbi. Implicações culturais para o Brasil e para a diáspora africana. Revista Afro-Ásia, n. 17, 1996 – Salvador. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/20859
ANDRADE, Mário de. Macunaíma. O herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro: Garnier, 2004.
CARYBÉ, Hector; VERGER, Pierre Fatumbi. Lendas africanas dos Orixás. Salvador: Fundação Pierre Verger, 2019.
CUNHA, Maria Clementina Pereira (org.). Carnavais e outras f(r)estas. Campinas: Editora Unicamp, 2005.
FERNANDES, Alexandre de Oliveira. Exu: sagrado e profano. ODEERE, v. 2, n. 3, jul. 2017. Disponível em: FUX, Jacques; SANTOS, Darlan. Estamira e Lixo Extraordinário. A arte na terra desolada. Revista Ipotesi – Universidade Federal de Juiz de Fora, 2011. Disponível em: http://www.ufjf.br/revistaipotesi/files/2011/05/14-Estamira-e-Lixo-Extraordin%C3%A1rio-Ipotesi-1521.pdf
LOPES, Nei. Mandingas da Mulata Velha na Cidade Nova. Rio de Janeiro: Língua Geral, 2009.
MENDONÇA, Luciara Leite de; RAMALHO, Christina Bielinski. “Zumbi-Exu” e outras questões identitárias em “A Cabeça de Zumbi”. ODEERE, v. 2, n. 3, jul. 2017. Disponível em: MOURÃO, Tadeu. Encruzilhadas da cultura. Imagens de Exu e Pombagira. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2012.
MUSSA, Alberto. Elegbara. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2005.
PINTO, Flávia. Umbanda. Religião Brasileira. Rio de Janeiro: Pallas, 2014.
PRADO, Marcos. Jardim Gramacho. Rio de Janeiro: Argumento, 2004.
RIO, João do. As Religiões do Rio. Rio de Janeiro: José Olympio, 2015.
ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
RUFINO, Luiz. Pedagogia das Encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.
RUFINO, Luiz; SIMAS, Luiz Antonio. Flecha no Tempo. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.
RUFINO, Luiz; SIMAS, Luiz Antonio. Fogo no Mato. A ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro: Mórula, 2018.
SANTOS, Deoscóredes Maximiliano dos (Mestre Didi). Contos negros da Bahia. Rio de Janeiro: GRD, 1961.
SANTOS, Deoscóredes Maximiliano dos (Mestre Didi); SANTOS, Juana Elbein dos. ÈSÙ. Salvador: Corrupio, 2014.
SILVA, Cidinha da. Um Exu em Nova York. Rio de Janeiro: Pallas, 2018.
SILVA, Vagner Gonçalves da. Exu. O Guardião da Casa do Futuro. Rio de Janeiro: Pallas, 2015.
SIMAS, Luiz Antonio. O Corpo Encantado das Ruas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2020.
SIMAS, Luiz Antonio. Pedrinhas Miudinhas. Ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.
FICHA TÉCNICA
Fundação 22/09/1988
Cores Vermelho, Verde e Branco
Presidentes de Honra Jayder Soares, Leandro Soares e Helinho de Oliveira
Presidente Milton Abreu do Nascimento (PERÁCIO)
Quadra Rua Almirante Barroso, 5 e 6 – Duque de Caxias – RJ – CEP 25010-010
Telefone Quadra
Barracão Cidade do Samba (Barracão nº 04) – Rua Rivadávia Correa, nº 60 – Gamboa CEP: 20.220-290
Telefone Barracão (21) 96419-1048
Site www.academicosdogranderio.com.br
E-mail contato@academicosdogranderio.com.br
Imprensa Luise Campos
Tel.: (21) 98136-2700
Enredo 2022 “Fala Majeté! Sete Chaves de Exú”
Carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad
Diretor de Carnaval Thiago Monteiro
Intérprete Evandro Malandro
Mestre de Bateria Fabrício Machado (Fafá)
Rainha de Bateria Paolla Oliveira
Mestre-Sala e Porta-Bandeira Daniel Werneck e Taciana Couto
Comissão de Frente Hélio Bejani e Beth Bejani
SAMBA DO ENREDO: “Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu”
Autores: Gustavo Clarão, Arlindinho Cruz, Jr. Fragga, Claudio Mattos, Thiago Meiners e Igor Leal
Intérprete: Evandro Mallandro
Boa noite, moça, boa noite, moço…
Aqui na terra é o nosso templo de fé
“Fala, Majeté!”
Faísca da cabaça de Igbá
Na gira… Bombogira, aluvaiá!
Num mar de dendê…caboclo, andarilho, mensageiro
Das mãos que riscam pemba no terreiro
Renasce Palmares, Zumbi Agbá!
Exu! O Ifá nas entrelinhas dos Odus preceitos, fundamentos, Olobé
prepara o padê pro meu axé
Exu Caveira, Sete Saias, Catacumba
É no toque da macumba, saravá, alafiá!
Seu Zé, malandro da encruzilhada
Padilha da saia rodada… ê Mojubá!
Sou Capa Preta, Tiriri, sou Tranca Rua
Amei o sol, amei a lua, Marabô, Alafiá!
Eu sou do carteado e da quebrada
Sou do fogo e gargalhada… ê Mojubá!
Ô, luar, ô, luar… catiço reinando na segunda-feira
Ô, luar… dobra o surdo de terceira
Pra saudar os guardiões da favela
Eu sou da Lira e meu bloco é sentinela
Laroyê, laroyê, laroyê!
É poesia na escola e no sertão
A voz do povo, profeta das ruas
Tantas estamiras desse chão
laroyê, laroyê, laroyê!
As sete chaves vêm abrir meu caminhar
À meia-noite ou no sol do alvorecer… Pra confirmar:
Adakê Exu, Exu, ê, Odará!
Ê bará ô, Elegbará!
Lá na encruza, a esperança acendeu
Firmei o ponto, Grande Rio sou eu!
Adakê Exu, Exu, ê, Odará!
Ê bará ô, Elegbará!
Lá na encruza, onde a flor nasceu raiz
Eu levo fé nesse povo que diz:
Making Of Oficial @portalsambrasil @liesa_rj @riocarnaval https://youtu.be/8xUGYein4EM
Agradecemos pela sua visita, por ler essa matéria e principalmente pelo prestígio da vossa audiência!
Compartilhe com seus amigos e pessoas que conheça o nosso conteúdo jornalístico e de entretenimento, e que também continuem nos prestigiando e se possível, nos seguindo em nossas redes sociais através do:
Instagram: https://www.instagram.com/portalsambrasil/
YouTube: https://www.youtube.com/c/PortalSambrasil
Facebook: https://www.facebook.com/PortalSambrasil
Twitter: https://twitter.com/PortalSambrasil
Spotify: https://open.spotify.com/user/x8yhy7k5ox83rzi81pxo3nikp
SoundClound: https://soundcloud.com/sambrasilpodcasts
https://soundcloud.com/sambrasilpodcasts1
Torcemos para que tudo esteja bem com você e com toda a sua família. Cuide-se!
PARA EVITAR O CONTÁGIO PELO CORONAVÍRUS E DE SUAS VARIANTES, INCLUSIVE JÁ EXISTE A MAIS NOVA, CHAMADA DE ÔMICRON, BASTANTE CONTAGIOSA. AS TRÊS REGRAS BÁSICAS QUE SALVAM E PRESERVAM VIDAS DEVEM SER SEGUIDAS E ADOTADAS: USO DE MÁSCARA, HIGIENIZAÇÃO E A NÃO AGLOMERAÇÃO / DISTANCIAMENTO SOCIAL.
AH! VACINE-SE! A VACINAÇÃO LHE AJUDARÁ MINIMIZANDO OS CASOS GRAVES.
A PANDEMIA AINDA NÃO ACABOU!
E SE NÃO HOUVER UMA COINCIENTIZAÇÃO RADICAL DA POPULAÇÃO PARA RETOMADA E ATENÇÃO PRIORITÁRIA PARA OS CUIDADOS COM A PRESERVAÇÃO DA VIDA, AÍ MESMO, É QUE REALMENTE NÃO TEREMOS, COM NÚMEROS VERDADEIROS, INFORMADOS PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES E A GRANDE MÍDIA, UMA REDUÇÃO DRÁSTICA DE CONTAMINAÇÃO E MORTES POR COVID E SUAS VARIANTES.
[frontpage_news widget=”1276″ name=”Conteúdo Geral”]