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PROCURA-SE… PRA COMPRAR – OSMAR DO BREQUE

Por Redação

O mais novo trabalho do meu amigo Osmar do Breque pode ser classificado como um disco de malandro. E isso é mais do que natural, em se tratando de Osmar ser o legítimo sucessor de Moreira da Silva (designado pelo próprio Kid Morengueira) e também seu afilhado artístico.

O disco começa com “Malandro PHD”, samba com toques autobiográficos que parece ter saído de um velho vinil do Morengueira. A segunda faixa “Na Subida do Morro”, dispensa apresentações, uma vez que é o samba de maior sucesso do padrinho Moreira. “Suburbano Honorário” é samba de breque de PC Ribeiro, outro amigo que aqui veste perfeito a roupagem do bom malandro. “Vida de Trabalhador”, de autoria de Osmar, é uma crônica bem-humorada, das agruras do dia-a-dia de quem pega no batente (Vale a pena assistir o clipe do samba, de produção super caprichada).

O samba de breque volta brejeiro em “Eterna Lapa” – uma breve história do samba, na cidade do Rio de Janeiro. “Tempo bom” é samba “amaxixado”, com letra nostálgica e “Samba Bonitinho”, é um samba sincopado, que lembra o repertório do saudoso Cyro Monteiro, perfeito pra quem gosta de “riscar o assoalho”.

Na ficha técnica, os amigos Guilherme Lara, Darcy Maravilha, Graça Rangel, PC Ribeiro e outros, garantem a alta qualidade da produção. Um disco que afirma a máxima que “malandro é malandro, mané é mané”. Osmar confirma isso como artista e como ser humano. Quem é mané que se cuide, que o bom malandro Osmar vai pras cabeças.

Saiba mais sobre o sambista Osmar do Breque

Compositor, cantor, violonista autodidata. Nasceu em Bento Ribeiro, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. Compôs sua primeira música aos 12 anos. Formado em Comunicação Social (Jornalismo) pela Faculdade Hélio Alonso. No ano de 1981 ingressou na Ala de Compositores da Portela, onde ganhou três festivais de samba de terreiro e participou de três finais de escolha de samba-enredo.

Dados Artísticos

Começou profissionalmente em 1975 fazendo parte da banda de rock Ramal 3. Em 1979 gravou sua primeira música. No ano seguinte, em 1980, apresentou-se na casa de show Jazzmania, em Ipanema. No ano de 1981 ganhou o primeiro lugar no “Festival de Samba do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela”. A partir deste ano, passou a integrar a Ala de Compositores da Escola. Participou de shows com importantes artistas da MPB, entre eles Elymar Santos, Agepê, Noca da Portela, Jorge Aragão e Moreira da Silva. No ano de 1982, ao lado de Marko Andrade, Carlos Sapato, Sidnei Cruz e Euclides Amaral, participou do musical “Vivências ou Bar Brasil”, no qual foram incluídas suas composições “Quina da loto”, “Saudosos imortais”, “Dona da Zona Sul”, “Contraventor”, “Cuidado com o patrão” e “Bicheiro”. O espetáculo, com direção de Sidnei Cruz, foi apresentado no Sesc de Madureira e logo depois em vários teatros do Rio de Janeiro. Em 1985 venceu outro festival realizado na Portela com a música “Súplica de amor”, de sua autoria. No ano de 1989 compôs um jingle para Casa de Material de Costrução Casa Pinto. No ano seguinte, em 1990, apresentou-se no restaurante People e em 1991, no Teatro Rival. No ano de 1993 participou de espetáculo coletivo no Teatro João Caetano. Em 1995 venceu outro festival na Portela, desta vez com a música “Coração azul e branco”, em parceria com João Alfredo. No ano de 1997 lançou, pelo selo Somar Discos, o CD “Girando por aí”, no qual foram incluídas suas composições “Cinelândia”, “Farra no céu”, “Bicheiro”, “Melô da gargalhada” (c/ Gugu e Tião da Música), “Ganhar é mole” (c/ Carlinhos Madureira e João Alfredo) e “À Escola de Samba”, em parceria com João Alfredo. Com este disco fez diversos shows. A partir do ano de 1999 passou a se apresentar regularmente na casa de show Asa Branca, na Lapa, centro do Rio de Janeiro, onde permaneceu por dois anos. Em 2000 compôs um jingle para o provedor de internet IG. Neste mesmo ano foi um dos convidados no show em homenagem a Moreira da Silva. Ainda em 2000, ingressou como cantor no grupo de MPB de Raiz, produzido por Adelzon Alves. Nos anos de 2002 e 2003 participou do corpo de jurados no carnaval das escolas de samba do primeiro grupo de Macaé. No ano de 2004 apresentou o show “Girando por aí” no projeto “Quartas justas”, no qual recebeu como convidados o cantor e compositor Dicró e a cantora Marília Beviláqua, acompanhados pelo grupo Camisa Vede. Em 2006, patrocinado pela Petrobras, participou do CD “MPB de Raiz”, produzido por Adelzon Alves e com produção musical de Paulão Sete Cordas, no qual gravou  a faixa “Estória da Lapa” (Olímpio, Marcilio e Yeda Maranhão). Por conta desse CD fez várias apresentações em algumas das principais casas noturnas da cidade do Rio de Janeiro, entre as quais Centro Cultural Memórias do Rio, Carioca da Gema, Sacrilégio e Asa Branca. No ano de 2008 fez diversas apresentações no Auditório da Rádio MEC integrando o grupo MPB de Raiz. Em 2012 participou do “7º Festival Cultural Clara Nunes”, em Caetanópolis, Minas Gerais, como integrante do grupo MPB de Raiz. No ano posterior, em 2013, foi uma das atrações do “8º Festival Cultural Clara Nunes”, na cidade de Caetanópolis, em Minas Gerais. Organizado e produzido pelo radialista e produtor Adelzon Alves. Do evento também participaram Alcione, Gabrielzinho de Irajá, Benito Di Paula, Márcio Guima, Marcos Diniz, Banda de Música Euterpe Santa Luzia, Grupo de Choro Palácio das Artes, Amigos da Viola, Grupo MPB de Raiz, Banda K 22, Compadre Whashington, Bira da Vila e Suelen Franco, entre outros. No ano de 2015 lançou o CD “Procura-se pra comprar”, no qual incluiu, de sua autoria, as faixas “Malandro PHD”, “Vida de trabalhador”, “São Cosme e Damião” (c/ Pecê Ribeiro) e “Tempo bom”. No disco também intepretou as composições “Na subida do morro” (Moreira da Silva e Ribeiro Cunha), “Nega convertida” (Barão do Turano), “Suburbano honorário” (Pecê Ribeiro), “Eterna Lapa” (Pecê Ribeiro), “Samba bonitinho” (Edgar Barbosa) e “Vodu”, de autoria de Geraldo Esgaraglia. Produzido em parceria com Pecê Ribeiro e com direção musical e arranjos de Kaio Calado (também executou pandeiro, tantan, cavaquinho e violões de 6 e 7 cordas), o disco contou com a participação dos músicos Geraldo Alves (trombone), C. Pacol (percussão), Guilherme Lara (teclados), Daniel Neves (violões de 6 e 7 cordas), Miguel (sax tenor), Darcy Maravilha (Percussão), Manoel Moraes (bandolim), Nandinho (percussão)e ainda do coro composto por Graça Rangel, Pecê Ribeiro, Kaio Caladoe o próprio Osmar do Breque. Sobre o disco escreveu na apresentação o radialidsta e produtor Adelzon Alves: “Brecar é fácil, quero ver é sincopar o breque! Poucos fizeram isso em nossa música: Vassourinha e Ciro Monteiro (cantando Geraldo Pereira), Kid Moringueira (cantando Miguel Gustavo) e Osmar do Breque, o legítimo herdeiro de  todos eles.”   Ainda no ano de 2015, ao lado de Tânia Malheiros e Pecê Ribeiro, apresentou o show “60 anos sem Geraldo Pereira: o Sambista Maior”, no CCJF (Centro Cultural Justiça Federal), no Rio de Janeiro. O espetáculo contou com direção musical e violão de 7 cordas de Kiko Chavez; Santista Carlos (cavaquinho);  Marcello Moreno (sopros) Gabriel Buzunga (pandeiro) e José Carlos (percussão). No ano de 2017 montou o trio Samba, Bossa e Breque com Pecê Ribeiro e Tânia Malheiros, com o qual apresentou o espetáculo homônimo no palco do Centro Cultural Justiça Federal, na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro. Entre seus parceiros constam Argemiro Patrocínio, Jair do Cavaquinho, David do Pandeiro, Marquinho Diniz, Alberto Lonato, Carlos Sapato e Pecê Ribeiro. Dividu o palco com Ataulfo Alves Júnior, Dicró, Zé Ventura, Marlene, Carlos Dafé, Monarco, Mauro Diniz, Cláudio Camunguelo e Moreira da Silva, sendo considerado por este como seu principal seguidor.

Colaboração: Por Alexandre Velloso – Compositor

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