Paulinho Mocidade dá um show de carisma e lança seu sétimo CD “Como é Bom”
Por Marcelo Faria
Em plena forma, Paulinho Mocidade esbanja seu carisma e toda a sua bagagem de 35 anos de carreira e lança seu sétimo trabalho, o CD “Como é bom”. Um CD, conforme ele mesmo cita no programa Sambrasil Entrevista, onde vários sambistas são entrevistados pelo jornalista Marcelo Faria. O quadro é um grande sucesso no canal do Portal Sambrasil no Youtube, INSCREVA-SE AQUI.
Veja a seguir:
“É um trabalho sem invencionismos, é samba do início ao fim, além da ilustre produção do maestro Wanderson Martins.”
O show de lançamento foi no Teatro Rival e teve as participações especiais de Moacyr luz e Taís Macedo.
Paulinho Mocidade mostrar o seu lado compositor, o mesmo que chamou a atenção de nossa saudosa Rainha do Samba, Dona Ivone Lara, que gravou o samba “Se O Caminho É Meu” (Paulinho Mocidade e Jurandir Bringela) e deu nome ao LP homônimo da sambista.
O repertório do CD e do show é predominantemente autoral e tem sambas tradicionais e românticos. Mas a paixão pela Verde e Branco que lhe dá o nome artístico, evidentemente, não fica de fora. Em “Papo de Avenida”, de Serginho Meriti e Claudinho Guimarães, Paulinho faz uma declaração de amor à Mocidade.
Em parceria com o autor de sucessos Paulinho Rezende, o álbum se deleita de amor com “Ponto de Crochê”, que segue modelos apaixonados na faixa título “Como é Bom”, dos compositores Afrânio e Oswaldo Melo; “No Lugar do Prazer”, em parceria com Leo Perez e Flavinho Bento; “Segue na Fé”, com Leo Perez; e a parceria com o poeta baiano Nelson Rufino, em “Ponto Final”.
Para embalar as rodas de samba e fazer o público cantar e celebrar na palma da mão, tem “Cadê meu Amor”, em parceria com o partideiro Alexandre Chacrinha e mais uma vez Leo Perez, e “Maravilha”, com o bamba Claudinho Guimarães. E ainda obras mais jocosas como “Dente Sizo”, com Capri e Manelão; “Bem de Mansinho” e “Beijinho Gostosinho”, ambas de Afrânio e Oswaldo Melo. Por falar na dupla, os compositores são também os autores de “Praia de Ramos”, sucesso na voz de Dicró.
Paulinho celebra ainda o bom entrosamento com a nova geração, com o partido “Pedras no Caminho”, em parceria com Leandro Fregonesi, compositor gravado e admirado por nomes como Maria Bethânia, Beth Carvalho e Diogo Nogueira.
Parte da trajetória de Paulinho passou na Marquês de Sapucaí e ele conta algumas lembranças:
— Jamelão não gostava de ser conhecido como puxador de samba. Nem eu. Estou me dedicando à carreira de cantor e compositor. Acho que o que eu tinha que fazer como intérprete de samba-enredo, já fiz: fui tetracampeão do carnaval, ganhei Estandarte de Ouro, tudo o que um sambista poderia almejar ali. Não estou dando uma de gostosão, mas as coisas andam complicadas no meio do carnaval. Não respeitam os sambistas que muito fizeram por suas agremiações, as identidades estão perdidas. Neguinho (da Beija-Flor) é uma exceção.
— Não tem como eu me desvincular. A Mocidade está marcada em mim como brasa no lombo — compara o artista, conhecido em todo o Brasil e em vários outros países: — Além da força do samba, que me fez viajar o mundo, fui notícia no (jornal britânico) “The guardian” por atingir a marca de 84 jingles gravados. Hoje, são 128. E já tenho encomenda para as eleições deste ano!
O novo CD Como é Bom está disponível nas principais plataformas digitais.