O CD COM OS SAMBAS-ENREDO DO GRUPO ESPECIAL 2022 CHEGA À UMUSIC STORE
Por Redação
Uma boa notícia para colecionadores e compradores do tradicional disco dos sambas-de-enredo das Escolas do Grupo Especial: a partir desta sexta-feira, 03 de dezembro, o CD do Grupo Especial – RIO CARNAVAL 2022 estará à venda na UMusic Store e nas principais lojas do País.
O público pode conferir também o álbum completo nas plataformas digitais (Spotify, Deezer, Amazon Music, Apple Music, Tidal, Resso e Youtube Music).
“O Spotify divulgou, recentemente, a playlist com as faixas que estão viralizadas em cada estado do Brasil. Para a nossa grata surpresa, a do Rio de Janeiro está com todas as faixas do álbum viralizadas. Isso demonstra a força do samba e como o público está ansioso por este retorno da festa da Sapucaí. Temos certeza de que faremos um Carnaval emblemático”, conta Gabriel David, diretor de Marketing da LIESA.
A apresentação das 12 faixas do CD dos Sambas de Enredo 2022 obedece à ordem de classificação das Escolas no último desfile, no Carnaval de 2020. Cabe à campeã Viradouro a honra de ser a primeira a mostrar o seu: “Não há tristeza que possa suportar tanta Alegria”, um hino de amor ao Carnaval, segundo as confissões de um pierrô eternamente apaixonado pela folia. Em seguida, a Grande Rio, com “Fala Majeté! Sete Chaves de Exú”. Já a Mocidade Independente volta às origens e mostra que o rufar de seus tambores sempre se inspirou no “Batuque ao Caçador”.
A Beija-Flor dá início a um desfile de homenagens à cultura negra, tão presente neste Carnaval. “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor” é o manifesto de Nilópolis. Logo após, o Salgueiro reforça este coro de respeito à ancestralidade e nas lutas pela igualdade, com “Resistência”. A Mangueira exalta a negritude de pilares centenários, transformados em enredo: Angenor, José & Laurindo – ou Cartola, Jamelão e Delegado, como preferirem. Firmando o ponto, regando as raízes, a Portela revela segredos de África e da árvore da vida: “Igi Osè Baobá”. Numa linha parecida com a da vizinha Estação Primeira, a Vila Isabel se curvará diante do próprio gongá para exaltar o seu poeta maior: “Canta, canta, minha gente! A Vila é de Martinho” – e vice-versa.
A Unidos da Tijuca promete uma viagem que não será menos fantástica. “Waranã – A Reexistência Vermelha”, conta a lenda do guaraná, segundo o socialismo indígena. A São Clemente mistura a dor de uma saudade com a alegria que há de ficar para sempre, na lembrança do ator, comediante e roteirista Paulo Gustavo: “Minha vida é uma peça”. A Paraíso de Tuiuti reata laços os laços com a negritude e eleva o pensamento: “Ka ríba tí ÿe – Que nossos caminhos se abram”. Encerrando o disco, a Imperatriz Leopoldinense celebra a sua volta ao Grupo Especial como nos bons tempos: “Meninos eu vivi… Onde canta o sabiá, Onde cantam Dalva & Lamartine”.
Compre aqui: https://www.umusicstore.com/SambasEnredo2022
Sobre o CD:
CD SAMBAS DE ENREDO DO GRUPO ESPECIAL – RIO CARNAVAL
Até 2021, o carnaval havia sido adiado duas vezes na história: em 1892 e em 1912. Nos dois casos, o povo foi para a rua assim mesmo, e a cidade acabou tendo a folia duas vezes, na data original e na substituta. Não havia ainda o desfile das escolas de samba da forma organizada que surgiu nos anos 1930. Ou seja, o próximo carnaval será o primeiro na história das agremiações que demora dois anos para acontecer. Alguma dúvida de que será o maior de todos os tempos? Se existe, os sambas-enredo do Grupo Especial estão aí para dissolver qualquer questionamento.
Como não podia deixar de ser, o mundo do samba – que sobreviveu à pandemia a duras penas, dando shows de solidariedade em lives e outras iniciativas, além de lamentar as partidas de mestres como Nelson Sargento, Dominguinhos do Estácio e Laíla – olha para si nos enredos e sambas do novo ano. A África, os orixás, as raízes do samba, Cartola, Delegado, Jamelão, Martinho da Vila… o samba agoniza, mas não morre. Não passa nem perto.
A coleção histórica de sambas-enredo, produzida mais uma vez por Mario Jorge Bruno, começa com “Batuque ao caçador”, um raro enredo afro da Mocidade Independente de Padre Miguel: “Oxóssi é caçador de uma flecha só”, canta o popstar Wander Pires, no samba de Carlinhos Brown, Diego Nicolau e parceiros.
Em seguida, sem Nelson Sargento e Beth Carvalho, a Mangueira traz o céu estrelado de Angenor, José e Laurindo, que entraram para a história do samba e da cultura mundial como Cartola, Jamelão e Delegado. O enredo do carnavalesco Leandro Vieira, campeão em 2016 e 2019, ganhou um samba lírico de Moacyr Luz e parceiros, interpretado com a firmeza de sempre por Marquinho Art’Samba. Um dos momentos de maior emoção do carnaval – que, claro, será de choradeira do começo ao fim, é bom começar logo a hidratação – está garantido em “Minha vida é uma peça”, homenagem da São Clemente ao ator e humorista Paulo Gustavo, morto de Covid em maio de 2021, aos 42 anos.
Humor, irreverência e emoção: a cara da escola aurinegra de Botafogo, em samba de Cláudio Filé e parceiros, defendido por Leozinho e Maninho.
A África volta à avenida pelo vermelho e branco de uma das agremiações a honrar com mais frequência o Continente Negro. Em “Resistência”, enredo desenvolvido pela professora Helena Theodoro com o carnavalesco Alex de Souza, o Salgueiro fala como o povo negro se defende, resistindo às intempéries.
O samba, raçudo como sempre, é assinado por Demá Chagas, Pedrinho da Flor e parceiros, nas vozes de Emerson Dias e Quinho do Salgueiro. Ainda pela Grande Tijuca, a Vila Isabel fala de seu maior patrimônio em “Canta, canta, minha gente! A Vila é de Martinho”. Quem ainda não viu os vídeos do mestre, chinelos de dedo, cantando com os compositores André Diniz, Evandro Bocão e outros o que promete ser mais um momento de arrepiar na folia? De volta ao Grupo Especial depois do título arrasador de 2020 no Acesso, a Imperatriz é mais uma a olhar para si: Rosa Magalhães foi convocada para lembrar e homenagear um colega, a lenda Arlindo Rodrigues, em “Meninos, eu vivi… Onde canta o sabiá, onde cantam Dalva e Lamartine”. Nas vozes de Arthur Franco e Bruno Ribas, a Imperatriz promete ser mais Imperatriz do que nunca na homenagem ao carnavalesco bicampeão pela escola em 1980-81.
Corta para a Baixada Fluminense e mais um enredo de louvor à África: depois do sucesso com a história de Joãozinho da Gomeia em 2020, a Grande Rio vem com “Fala, Majeté! Sete chaves de Exu”. O samba dos campeoníssimos Gustavo Clarão, Arlindinho e parceiros, na voz de Evandro Malandro, leva mais uma vez o terreiro para o asfalto: “Ô luar, ô luar, catiço reinando na segunda-feira/ ô luar, dobra o surdo de terceira”. Sem sair do Continente Negro, o carnaval chega a Oswaldo Cruz e Madureira em “Igi osé baobá”, com que a Portela canta a história da milenar árvore africana e de toda a mística à sua volta, na voz de Gilsinho. Ainda no mundo místico, a Unidos da Tijuca vai de “Waranã – A reexistência vermelha”, sobre a lenda indígena do guaraná. A bateria Pura Cadência, do mestre Casagrande, acompanha as vozes privilegiadas de Wictória e Wantuir.
Alô, Niterói! A campeã Viradouro garante: “Não há tristeza que possa suportar minha alegria”. Depois de dois anos sem desfile, alguém duvida? O samba sacudido, na voz de Zé Paulo Sierra, ilustra o enredo dos carnavalescos Tarcísio Zanon e Marcus Ferreira: “Tirei a máscara num clima envolvente/ Encostei os lábios suavemente/ E te beijei na alegria sem fim/ Carnaval, te amo, na vida és tudo pra mim”. Um sonho. De Nilópolis vem mais glória ao povo preto: “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”, canta Neguinho da Beija-Flor, 45 anos de serviços prestados ao carnaval. A força da Baixada se confirma no samba de J. Velloso, embalado pela bateria dos mestres Rodney e Plínio.
A coleção chega ao fim com a volta gloriosa de Paulo Barros ao Paraíso do Tuiuti: na escola de São Cristóvão em que apareceu para o carnaval, o mago também envereda pelos saberes negros em “Ka ríba tí ye – Que nossos caminhos se abram – O Tuiuti canta histórias de luta, sabedoria e resistência negra”. O samba dolente do craque Cláudio Russo é defendido por Celsinho Mody e Nino do Milênio.
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