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MARTINHO DA VILA, por Marcelo Faria – Copyright 2013 – Portal Sambrasil / Agência Sambrasil

MARTINHO DA VILA, por Marcelo Faria – Copyright 2013 – Portal Sambrasil / Agência Sambrasil
Imagem produzida durante o show de lançamento do Sambabook em sua homenagem, no Imperator / RJ

Por Marcelo Faria

Imagem produzida durante o show de lançamento do Sambabook em sua homenagem, no Imperator / RJ

Martinho José Ferreira, mais conhecido por Martinho da Vila, (Duas Barras, 12 de fevereiro de 1938) é um cantor, compositor, escritor e músico brasileiro.

Filho de lavradores da Fazenda do Cedro Grande, mudou-se para o Rio de Janeiro com apenas quatro anos. Quando se tornou conhecido, voltou a Duas Barras para ser homenageado pela prefeitura em uma festa, e descobriu que a fazenda onde havia nascido estava à venda. Não hesitou em comprá-la e hoje é o lugar que chama de “meu off-Rio”. Cidadão carioca criado na Serra dos Pretos-Forros, a primeira profissão foi como auxiliar de químico industrial, função aprendida no curso intensivo do SENAI. Mais tarde, serviu o Exército Brasileiro como sargento burocrata. Nesta instituição ele começou na Escola de Instrução Especializada, tornando-se escrevente e contador, profissões que abandonou em 1970, quando deu baixa para se tornar cantor profissional.

O primeiro álbum, lançado em 1969, intitulado Martinho da Vila, já demonstrava a extensão de seu talento como compositor e músico, incluindo, além de “Casa de Bamba”, obras-primas como “O Pequeno Burguês”, “Quem é Do Mar Não Enjoa” e “Prá Que Dinheiro” entre outras menos populares como “Brasil Mulato”, “Amor Pra que Nasceu” e “Tom Maior”. Logo tornou-se um dos mais respeitados artistas brasileiros além de um dos maiores vendedores de disco no Brasil, sendo o segundo sambista a ultrapassar a marca de um milhão de cópias com o CD Tá Delícia, Tá Gostoso lançado em 1995 (o primeiro foi Agepê, que em 1984 vendeu um milhão e meio de cópias com seu disco Mistura Brasileira). Destacam-se Zeca Pagodinho, Simone (CD Café com leite, um tributo a Martinho da Vila, 1996) e Alcione como os maiores intérpretes.

A celebração do 75º aniversário do cantor, bem como 45 anos de carreira, levou Martinho a receber o segundo volume da série Sambabook em 2013, depois de João Nogueira receber o original no ano anterior. 2016 – De Bem com a Vida – (Sony Music).

Durante os anos de sua magnífica carreira, Martinho lançou diversos livros, entre eles; “Vamos Brincar de política?” (Editora Global, 1986) – Infanto-juvenil, “Kizombas, andanças e festanças” (Léo Christiano Editorial, 1992 / Editora Record, 1998) – Auto Biográfico, “Fantasias, Crenças e Crendices” (Ciência Moderna Editora, 2011) – Literatura Musical, “O Nascimento do Samba” (ZFM, 2013) – Literatura Musical.

Em 2017, Martinho lança seu primeiro livro de crônicas, Conversas Cariocas.

SINOPSE: Em crônicas de fácil envolvimento e vibração intensa, que abarcam as permanências e as mudanças políticas, econômicas, sociais e principalmente culturais ocorridas no Brasil, Martinho estabelece uma relação de intimidade com o leitor, em conversas em que a subjetividade traduz os acontecimentos para além dos fatos jornalísticos, presenteando-nos com textos leves e descontraídos, escritos a partir de vivências em diferentes territórios, seja o tradicionalmente frequentado pelos bons cronistas: a rua, seja em espaços do seu universo mais pessoal, como escolas de samba, outras manifestações culturais, as viagens pelo mundo e seu refúgio em Duas Barras, cidade do interior do Rio de Janeiro. Estão expressas neste livro as reflexões sobre o amor, a fé, a paternidade, a música e até o cenário político brasileiro dos momentos que antecederam os jogos olímpicos. Tudo com um olhar que diante de toda a complexidade da vida, procura lançar luz sobre os aspectos que nos levam ao fortalecimento das relações entre as pessoas.

Em novembro de 2017, recebeu título de Doutor Honoris Causa, a solenidade aconteceu na Faculdade de Letras, da UFRJ, na Ilha do Fundão, com a presença de acadêmicos, músicos e autoridades políticas. A professora Carmem Tindó ressaltou que a atuação do artista “na luta contra o racismo, a opressão, a fome e a pobreza” foram fatores considerados para a concessão do título.

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