Por Anderson Lopes e Adriano Monteiro

Fotos Mariana Barcellos

Eu sou Mangueira, meu senhor!

Pra ser feliz de novo, ela está de volta, a Estação Primeira de Mangueira foi a segunda escola a pisar na Avenida nesta noite agradável no Sambódromo do Rio. A verde e rosa mobilizou o público na Passarela com crítica política e social, chamando a atenção de quem estava assistindo o seu espetáculo como se fosse o seu primeiro desfile oficial. Em quinto lugar no desfile das campeãs, a comunidade mostrou mais uma vez o peso dessa tradicional escola de samba do Rio. Como diz o samba, “Pecado não é brincar o Carnaval”.

O coreógrafo da comissão de frente, Steven Harper, falou ao Portal Sambrasil sobre o resultado da apuração: “Certamente, a escola não está feliz com o resultado, e eu, como representante da comissão de frente, vou esperar as justificativas dos jurados, pois perdemos muitos pontos neste quesito, não sei se agradamos na simplicidade, mesmo com a proposta do nosso enredo”. O coreógrafo aponta o enredo como um grito de protesto: “Foi um enredo com viés de crítica, protesto, mas tudo muito carnavalesco, pois o carnaval permite a zombaria, gritaria e escárnio sobre as crises de nosso país.”

Com os temas “Roda de Samba, a ante-sala do carnaval”, “A repressão” e “A Sapucaí é Nossa”, a comissão de frente sintetiza o enredo da escola, que tem como objetivo carnavalizar as dificuldades de pôr as escolas na Avenida, “Com Dinheiro Ou Sem Dinheiro”.

“A mangueira sempre vem bonita, não é por eu ser mangueirense porque eu falo isso, mas a Mangueira incomoda muita gente, tem um ditado na escola que a Mangueira é a ‘Velha Capela’, disse Tânia índio do Brasil para o Portal Sambrasil, consagrada baluarte na verde e rosa.