Mangueira fecha a primeira noite de desfiles do grupo especial do Rio de Janeiro

Por Gilvan Lopes
Fotos Arlene Melo
Conteúdo Júlia Fernandes
BackEnd Jaqueline Costa
A Estação Primeira de Mangueira apresentou no Carnaval de 2025 o enredo “À Flor da Terra: No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões”, desenvolvido pelo carnavalesco Sidnei França. Este enredo destacou a influência dos povos bantos na formação cultural e social do Rio de Janeiro, ressaltando suas contribuições e a resistência ao longo da história.
Desenvolvimento do Enredo:
O desfile foi estruturado em setores que narraram a trajetória dos povos bantos desde sua chegada ao Brasil até sua influência na cultura carioca:
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Chegada e Resistência:
- Ala 1: “Cais do Valongo”
Representou o local de desembarque dos africanos escravizados, enfatizando o início de sua jornada no Brasil. - Ala 2: “Quilombos Urbanos”
Destacou os espaços de resistência e preservação cultural formados pelos bantos nas áreas urbanas do Rio.
- Ala 1: “Cais do Valongo”
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Contribuições Culturais:
- Ala 3: “Samba de Roda”
Evidenciou a influência banta na formação do samba, ritmo emblemático da cultura brasileira. - Ala 4: “Culinária Afro-Brasileira”
Apresentou pratos típicos que têm origem nas tradições bantas, mostrando a riqueza gastronômica incorporada à culinária carioca.
- Ala 3: “Samba de Roda”
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Espiritualidade e Tradições:
- Ala 5: “Culto aos Orixás”
Ilustrou a religiosidade banta e sua integração às práticas afro-brasileiras, como o candomblé e a umbanda. - Ala 6: “Festas Populares”
Celebrou as manifestações culturais e festivas originadas das tradições bantas, como o jongo e a congada.
- Ala 5: “Culto aos Orixás”
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Legado e Atualidade:
- Ala 7: “Arte e Literatura Negra”
Homenageou artistas e escritores contemporâneos que trazem à tona a herança banta em suas obras. - Ala 8: “Juventude e Futuro”
Enfatizou a importância da valorização das raízes africanas pelas novas gerações, garantindo a perpetuação desse legado.
- Ala 7: “Arte e Literatura Negra”
Organização dos Carros Alegóricos:
A Mangueira apresentou cinco carros alegóricos que complementaram a narrativa do enredo:
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Abre-Alas: “Navio Negreiro”
Retratou a travessia atlântica dos povos bantos e sua chegada ao Rio de Janeiro, com esculturas impactantes e elementos cenográficos que remetiam ao mar e às embarcações da época. -
Carro 2: “Quilombo Urbano”
Simbolizou os espaços de resistência dentro da cidade, destacando a luta pela liberdade e preservação cultural. -
Carro 3: “Celebração Cultural”
Apresentou a riqueza das manifestações culturais bantas, como a música, a dança e a culinária, com destaque para instrumentos musicais e elementos festivos. -
Carro 4: “Espiritualidade Viva”
Evidenciou a religiosidade e as práticas espirituais de origem banta, com representações de orixás e símbolos sagrados. -
Carro 5: “Legado e Futuro”
Encerrou o desfile destacando a influência contínua dos povos bantos na sociedade atual e a importância de manter viva essa herança cultural.
A Mangueira, com este enredo, proporcionou uma reflexão sobre as dores e paixões que moldaram a negritude no Rio de Janeiro, exaltando a resistência e a contribuição dos povos bantos na construção da identidade carioca.