Livro “Zé Ketti e suas andanças por aí”, resgata a memória do sambista
Por Marcelo Faria
Escrito por seu genro Onésio Meirelles, tendo relatos de sua filha Geisa Ketty, o livro resgata a memória do genial sambista.
O Portal Sambrasil tem o prazer e a satisfação de sugerir mais uma ótima opção de leitura, no universo do samba, existe uma vasta literatura sobre o gênero musical, que é o maior patrimônio cultural do Brasil. Na coluna Biblio Samba do Portal Sambrasil estão outras dicas desta literatura.
Portanto, conheça a sinopse do livro “Zé Ketti e suas andanças por aí”, para comprar um exemplar, faça seu pedido via whatsapp: 21 964917742 ou pelos e-mails: onesiomeirelles@gmail.com ou geisaketti@gmail.com
Sinopse
Zé Ketti era como um bichinho carpinteiro, embora quietinho, ao ingressar no mundo do samba passou a circular em quase todos os recintos onde houvesse samba no Rio de Janeiro.
Andou pelo Café Nice, pelos morros e favelas, fez amizade com artistas da zona sul, numa época em que eles eram considerados da elite e o sambista considerado o malandro do morro e, por isso, não se misturavam.
Já na década de 50 o compositor portelense não se fixava lá em seus redutos, causando com isso um certo desconforto com os compositores da casa, que achavam que ele deveria ficar só na Portela.
Não… ele quis sair por aí, abrindo portas para si e para outros sambistas e assim o fez.
Também na década de 50, gravou com Linda Batista, “Amor passageiro”, maior sucesso do carnaval de 1952. Em 1954 deu o primeiro sucesso ao cantor Jamelão que gravou Leviana, um samba de quadra de sua autoria que fazia muito sucesso nos ensaios da Portela.
Logo em seguida compôs o samba “A Voz do Morro”, gravado por Jorge Goulart e que foi a principal música da trilha sonora do filme Rio 40º graus.
No restaurante Zicartola foi diretor artístico, levando pra lá nomes, até então, esquecidos como Ismael Silva.
Para o Zicartola também levou a “turma da bossa nova”, liderada por Carlinhos Lira e Nara Leão. Com Nara e João do Vale fizeram o Show “Opinião”, no Teatro de Arena em Copacabana, que acabou rebatizado com o título de seu samba Opinião, o mesmo acontecendo com a peça.
Lançou o primeiro conjunto de samba autentico, tendo como integrante Paulinho da Viola, batizado com esse nome por ele e pelo jornalista Sergio Cabral, quando Paulinho gravou pela primeira vez.
Por essas e por outras informações que vocês terão no decorrer da leitura do livro, não se entende o porquê de até hoje a Prefeitura do Rio de Janeiro, não lhe deu reconhecimento batizando com seu nome, algum equipamento público, pela importância da sua trajetória musical, sendo ele um dos maiores compositores do Brasil? Essa é uma luta que já tem quase vinte anos após o seu falecimento, sua filha Geisa Ketti, continua lutando por esse reconhecimento por parte do poder público da cidade onde ele nasceu e morreu.
Nesta história das andanças de Zé Ketti por aí entremeadas de reportagens produzidas em vários jornais, entrevistas dele em vários órgãos de comunicação, de colunistas falando sobre ele e de depoimento de pessoas que conviveram com o artista, esperamos que seu nome seja reconhecido como merece, por tudo que ele produziu em nome do samba. Por isso vamos embarcar nesta história, de “Zé Ketti e suas andanças por aí.”
Onésio Meirelles.
Os autores em primeira pessoa:
Onésio Meirelles
Pós-graduado em Didática do Ensino Superior, Contador, Advogado. Agente Cultural formado pela UERJ. É Diretor Jurídico da Federação de Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de Janeiro. Atuou como Conselheiro da Seção Méier OAB/RJ e Delegado da Seção Jacarepaguá da OAB/RJ. Foi Diretor Jurídico da Ass. da Velha Guarda das Escolas de Samba do RJ. É Conselheiro Municipal de Defesa dos Direitos do Negro.
Onesio é oriundo de Família Tradicional do Morro de Mangueira, chegados de Minas Gerais, Porto Novo do Cunha, no Morro em 1914, com a Bisavó materna, a vovó Chica, filha de escravizados Angolanos. Neto de D. Leonor, filho de Isaura Oliveira Meirelles(Baiana) e Roberto Meirelles (Ritmista), sobrinho de Valter Policarpo, malandro histórico do Morro, dono do famoso Bar- Só para quem pode.
Pesquisador da História do Samba. Jurado de Desfiles de Escolas de Samba, além de Palestrante, foi Diretor Financeiro do GRES Estação Primeira de Mangueira, na Gestão do Presidente Ivo Meirelles, seu sobrinho.
Sambista nato do Morro de Mangueira não esconde sua paixão pela verde e rosa e pelo samba em geral. Autor do Livro ”Mangueira no Tempo da minha Avó” e coautor do Livro “Sarau de Sambistas” Onesio, resolveu escrever um livro onde fala de Zé Ketti e suas andanças por aí, tendo suas próprias andanças como fio condutor, revelando fatos desconhecidos das andanças de Zé Ketti.
Geisa Ketti
Sou Graduada em Comunicação Social/Jornalismo. Agente Cultural capacitação pela UERJ. Diretora da Federação de Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de Janeiro.
Atuo como Vice-Presidente do CEPC – Conselho Estadual de Política Cultural do RJ/ Cultura popular, Vice-Presidente Institucional do COMDEDINE- Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro. Fui Secretária Nacional de Cultura do CNAB-Congresso Nacional Afro Brasileiro São Paulo..
Sou oriunda de afrodescendentes Bantos, vindos de Pernambuco para o RJ em 1908, com o meu bisavô paterno, João Dionísio, pianista, flautista da Banda Militar, que se instalou na comunidade Dona Clara em Osvaldo Cruz. São meus avós paternos: Leonor Ignácia de Jesus, Doméstica/doceira, e Josué Vale de Jesus, tocador de cavaquinho, Marinheiro, que em 1910 participou da Revolta das Chibatas, minha herança ancestral.
Sou militante das Rodas de Samba. Jurada de Desfiles de Escolas de Samba, colaboradora do Museu do Samba, fui Diretora Cultural do GRES Estação Primeira de Mangueira, na Gestão do Presidente Ivo Meirelles. . Sou Sambista nascida em Bento Ribeiro, tenho amor platônico pela Portela de meu Pai Zé Ketti e mãe Índia, meu coração é dividido, pois fui batizada pela Mangueira de meu padrinho Nelson Cavaquinho e de Onesio Meirelles. Represento a força feminina do samba, luto pela manutenção e preservação das tradições culturais de matrizes africanas.