2- G.R.E.S.M. Corações Unidos do CIEP

Por Redação
Reportagem: Júlia Fernandes
Foto: Arlison
Suporte Remoto: Jack Costa
JUSTIFICATIVA
No mundo do entretenimento, o circo ocupa uma posição privilegiada entre todas as formas de diversão existentes. Circulando por espaços da cultura erudita e popular, a arte circense impressiona pela grande diversidade de atrações e do rico campo de referências culturais
utilizado. Somente no século XVIII é que o picadeiro e as mais conhecidas atrações circenses foram se consolidando. O circo congraça todas as formas de arte de maneira integrada. Uma das primeiras concepções de espetáculo foi protagonizada pelo circo. O conceito de espetáculo, o
sequenciamento de atrações, a exposição de diferentes manifestações a cerca de um mesmo tema
foram inicialmente protagonizadas pelo circo e posteriormente seguidas pelo teatro. Sendo assim
a ópera popular que é o carnaval adequa-se perfeitamente a proposta circense.
Nossa equipe conversou com pequena Ana Julia, de 7 anos, que é a princesa da bateria da escola Coração Unidos do Ciep. Que nos relatou o seu desejo ser uma futura rainha no carnaval carioca.
“Quero crescer no samba, e ser bonita como outras rainhas!”
SINOPSE
1º. Setor > Na China, vários contorcionistas e equilibristas apresentavam-se para as autoridades monárquicas chinesas. Em Roma, o chamado “Circo Máximo” era o local onde as massas plebeias reuniam-se para assistir às atrações organizadas pelas autoridades imperiais. Na Idade
Média, vários artistas saltimbancos vagueavam pelas cidades demonstrando suas habilidades ao ar livre em troca de algumas contribuições. A Grécia, utilizava o circo como abertura de suas competições esportivas, funcionavam como aberturas solenes. Os palhaços eram conhecidos a
mais de 2000 anos e faziam parte das apresentações teatrais. Após as peças consideradas sérias, os palhaços apresentavam a sua versão da história. Na paródia, os heróis eram considerados como idiotas. Já para os romanos as acrobacias com cavalos, a demonstração de habilidades acrobáticas que, na realidade, somavam com a performance dos guerreiros atingindo seu auge no espaço do circo máximo. O primeiro a sistematizar a ideia do circo como um show de variedades assistido por um público pagante foi o inglês Philip Astley. Em 1768, ele criou um espaço onde, acompanhado por um tocador de tambor, apresentava um número de acrobacia com cavalos.
Nesse período, o crescimento das populações urbanas garantiu um bom número de espectadores ao seu espetáculo. Com a expansão de seu empreendimento, Astley passou a contar com vários outros artistas. Com o passar do tempo, a tradição itinerante dos artistas circenses motivou a
expansão das companhias de circo.
2º. Setor > No século XIX, o primeiro circo atravessou o oceano Atlântico e chegou aos Estados Unidos. Após alguns anos, sua companhia transformou-se em uma grande família circense que, ao longo de gerações, disseminou o circo pelos Estados Unidos. A grande estrutura envolvendo o espetáculo circense trouxe o desenvolvimento de novas tecnologias ao mundo do circo. As constantes mudanças de cidade em cidade incentivaram a criação de técnicas logísticas que facilitavam o deslocamento dos espetáculos. Tais técnicas, devido sua grande eficácia, chegaram a despertar o interesse dos altos escalões militares que se preparavam para os conflitos militares.
Reinventando antigas tradições e criando novos números, os picadeiros espalhados pelo mundo provam que a criatividade artística do homem nunca estará subordinada ao fascínio exercido pelas máquinas. A Figura do Palhaço: Os palhaços são conhecidos há mais de 4.000 anos mas na
verdade, muitas pessoas se ocuparam e se ocupam do ofício de fazer rir. Vestia-se inicialmente com tecidos listrados grossos preenchidos com palhas que lhes ajudava nas quedas e estripulias. Reitera-se aí o nome de palhaços.
NO ORIENTE – Os palhaços desempenharam um importante papel na vida religiosa das sociedades asiáticas. Na Índia os épicos “Ramayana” e “Mahabárata” tinham a maioria dos seus diálogos interpretados em Sânscrito, que era a língua dos deuses, reis, generais, ministros e sábios. Nas cortes da China os palhaços tinham muito prestigio, podiam inclusive influenciar nas decisões importantes do Imperador. Nesse país os palhaços também estavam presentes nos teatros e nas cerimônias religiosas. Na Malásia os palhaços utilizavam máscaras para se apresentar. Elas
continham bochechas e sobrancelhas enormes, além de cores carregadas e um turbante. Os palhaços eram chamados de “P’rang”.
NA IDADE MÉDIA – Já no início da Idade Média, com os teatros fechados, artistas perambulavam por toda parte para atuar onde pudessem, para sobreviver, participando de feiras em várias regiões. Contavam contos, cantavam baladas, eram músicos, malabaristas, acrobatas e toda sorte de artistas. Em épocas mais festivas, grupos de mímicos apresentavam danças e comédias nessas feiras. Nesses grupos, depois dos bailarinos, os personagens mais importantes eram os palhaços, que levavam uma bola atada por um barbante, com o qual iam batendo nos espectadores, a fim de abrir espaço para a atuação dos mímicos. Foi também na Idade Média que surgiu a figura do bufão, ou “bobo da corte”; alguns eram realmente “bobos”, mas a maior parte era formada por palhaços inteligentes que se faziam de estúpidos para alegrar às pessoas. E, muitas vezes, agiam como conselheiros porque usavam da diversão para disseminar sábios conselhos. William Shakespeare mostrou que o palhaço podia não só fazer rir, como fazer chorar, e tornar ainda mais dramáticas as cenas trágicas de uma obra, os palhaços passaram a ser tão importantes, nessas representações, quanto os atores sérios de grandes clássicos do teatro.
COMMEDIA DELL’ARTE – No século XVI, na Itália, surge a “Comédia de Arte”, com companhias e personagens que se tornaram muito populares. Cada um vinha de uma região diferente da Itália e tinham características marcantes que os tornavam facilmente reconhecíveis. É
o caso do Arlequim, com sua roupa de retalhos; o Pantaleão, veneziano, de vermelho; Briguela, de branco e verde; Polichinelo, de branco e gorro pontiagudo; o Doutor, de negro e o Capitão, com sotaque espanhol e roupas militares. Esses personagens tinham características muito
definidas e seus papéis eram quase sempre os mesmos e se tornaram tão famosos que os atores eram mais conhecidos pelos personagens que interpretavam do que por seus próprios nomes. da Itália, a Commedia del’Arte se estendeu por toda a Europa, adaptando-se a cada país, como na
Inglaterra, onde, por exemplo, Pulcinella se tornou Mister Punch, personagem conhecido até os dias atuais, ou o Pierrot, transformado em “clown”, sendo que o mais famoso foi Grimaldi, nascido em 1778.
3º. Setor> NO CIRCO MODERNO – O circo moderno parece ter surgido a partir de 1766, criado por um jovem sargento, chamado Philip Astley. Primeiro, com atrações equestres e, logo, enriquecendo as performances com artistas mambembes e atrações mais divertidas para mesclar
com as exibições de equitação. No início do século XIX outra participação importante dos palhaços se dava na segunda metade do espetáculo, quando estes apresentavam uma “pantomima” cômica, um pequeno espetáculo de cunho teatral, dentro do espetáculo circense,
muitas vezes baseado em clássicos da dramaturgia e da literatura mundial. O palhaço era, até pouco tempo, o principal personagem de um circo, sendo uma honra ocupar esse papel.
Geralmente, os palhaços são habilidosos em alguma arte, muitos são grandes acrobatas, músicos, malabaristas, domadores, bailarinos, piadistas, cantores, etc. Houve um tempo em que os circos se utilizavam de animais selvagens objetivando alcançar mais suspense e magia nas apresentações. Com o passar dos tempo, acontecimentos como a rebeldia desses animais, a dificuldade na alimentação dos mesmos e no fato de precisar mantê-los em cativeiro, algo bem difícil para animais selvagens, foi extinta a prática de animais nas apresentações circenses.
Paralelo a isso, o grande número de acidentes com crianças e adultos no decorrer das apresentações com animais selvagens, foi tornando a prática desaconselhável a um espetáculo de entretenimento e prazer. Com o passar do tempo os circos foram investindo suas práticas no show
e nas performances propriamente ditas.
CIRQUE DU SOLEIL – CIRCO CONTEMPORÂNEO
Atualmente o maior espetáculo de circo, é o cirque du soleil. É um circo que se propõe a trabalhar no maior nível de excelência. Malabares, contorcionistas, trapezistas, bailarinos e atores executam espetáculos temáticos utilizando o maior e mais técnico nível de aprimoramento físico
e plástico. O circo du soleil é um espetáculo teatral com o mais alto nível de corpo, música e plástica, elevando assim o conceito teatral á sua maior excelência.
HUMOR – “O humor é parte essencial da natureza humana, instrumento a serviço da perpetuação da espécie e, concomitantemente, um produto cultural mutável no tempo, fluido e historicamente gerado.” Além de tudo cientificamente é um mecanismo de enfrentamento psicológico que
significa uma recompensa química do cérebro”.
O humor é um estado de espírito, muitas vezes utilizado a favor da vida e das relações. O humor funciona também para expressar aquilo que não conseguiria ser dito de outra forma. Pode aparecer em uma crítica mais delicada ou no modo de apontar um erro em alguém. É o superego
nos tratando como crianças, nos acolhendo e nos colocando no colo. É isso que é o humor. O circo, templo sagrado do humor, da diversão e da alegria, une-se ao carnaval para propagar a arte de forma unânime e absoluta em nossas vidas.