Estácio de Sá segunda escola nos ensaios técnicos da Série Ouro

Cobertura: Gilvan Lopes
Edição de Vídeo: Jaqueline Costa
Conteúdo: Júlia Fernandes
Suporte Backend: Jaqueline Costa
Ficha Técnica:
Presidente: Edson Marinho
Vice-presidente: Jorge Xavier
Direção de Carnaval: Mario Mattos, Edvaldo Fonseca, Alexandre Moraes
Carnavalesco: Marcus Paulo
Direção Geral de Harmonia: Almeida Nascimento, Eugênio Felipe, Ricardo Tuelher,
Valmir Cerilo
Diretor Musical: Hugo Bruno
Intérprete: Alessandro Tiganá e Serginho do Porto
Mestre de Bateria: Chuvisco
Rainha da Bateria Medalha de Ouro: Tati Minerato
1° Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Feliciano Junior e Raphaela Caboclo
2° Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Cauã Silva e Manuela Brasil
Coreógrafa da Comissão de Frente: Junior Babosa
Presidente da Velha Guarda: Marli Monteiro
Presidente da Ala de Baianas: Tia Maria Luísa
Direção do Departamento Feminino: Marli Mattos
Presidente da Ala de Compositores: Alexandre Naval
Direção da Ala de Passistas: Helder Imperador
Assessoria de Imprensa: Wesley Teixeira
Captação de Recursos: João do Bem e Chocolate
Gestão de Mídias Sociais: Márcio Dias
Sinopse:
O enredo do G.R.E.S. Estácio de Sá para o Carnaval de 2025 traz o mote dos povos
originários e seus ancestrais, estabelecendo um diálogo com a cultura e a
regionalidade tendo como lócus a floresta, que diz muito sobre o imaginário
amazônico, sua cultura e seu folclore, pautas ricas em encantamentos que passam de
geração para geração. O “berço do samba” através do seu maior símbolo, o Leão, faz
um convite para viajarmos nesse lúdico mundo amazônico, mítico e lendário. Através
das vivências e narrativas dos pesquisadores e amantes da cultura que vivem na
região, e dão voz e ouvidos aos contadores de estória, bem como, em alguns escritos
literários adaptados artisticamente e carnavalizados, o tema em pauta será
apresentado pelo símbolo da agremiação em uma viagem encantada.
O Leão estaciano, embora não faça parte da fauna amazônica, é iniciado nos mistérios
da floresta, a partir de um sonho acordado ele faz um passeio pelos encantamentos
amazônicos, em delírios habitará em mundos reais e imaginários. Acordado, porém
ainda sonhando, evidenciará na Avenida Marquês de Sapucaí culturas e folclores de
grande e pouco conhecimento dessa região tão rica, que não cabe contar em um único
desfile. O tema aduz elementos de um universo encantado em que o real e o
imaginário, não só são paralelos, mas também se entrecruzam entre si, o verdadeiro
torna-se fantasia e a fantasia vira a realidade para muitos viventes dessa região. E
assim, é possível que gente se transforme em animal, lua, sol, estrela, rio ou até
mesmo plantas e vice-versa. Podem ser a junção dos vários elementos. E esses
também podem se transformar em gente ou híbridos, a partir desse universo
imaginário.
Encantamentos, engeramentos1, e um fascinante mundo de magia e “encantados2”
(tema chave do enredo) que ganham narrativas, para pessoas de fora dos perímetros
da floresta e historietas que proporcionam um forte teor lendário, mítico, ritualístico e
uma visagem acima de tudo de apelo à cultura popular. Cabe evidenciar, que os
encantados são seres que se engeram (se transformam, incorporam) em outras
formas, que também podem ser seres que concebem os elementos existentes na
floresta. Assim sendo, o Leão estaciano mesmo sendo um animal que não pertence à
fauna amazônica, não conhecedor do engeramento mítico amazônico, passa a ser
integrado ao ambiente pela mãe da mata que o conduz a vivenciar mistérios e
encantamentos da floresta através da figura do pajé o intermediário espiritual. Tais
encantados estão ainda relacionados à luta frente à preservação dos povos e do maior
bioma brasileiro, como também têm os que representam o folclore, festas e festivais,
dos povos da floresta.
Na cultura dos povos originários, os encantados concebem os que guardam e
protegem as riquezas naturais, contra a ganância, além do desmatamento e da
destruição em todos os aspectos. Eles até mesmo são mencionados como guardiões
do folclore e da cultura amazônica em tese. E assim, numa imaginação artística, o
guardião da Estácio de Sá, ao ser engerado em um encantado, através de um ritual de
pajelança, recebe o codinome de “Leão Guarini” (guerreiro/lutador), logo, é convidado
a explorar as culturas míticas populares e ser apresentado aos defensores dos
costumes amazônicos. Nesse contexto, a Estácio de Sá, através do seu símbolo, trará
para o sambódromo carioca, lendas, mitos, mistérios e encantamentos existentes no
solo sagrado da floresta amazônica. De tal modo, as raízes profundas da consciência da
luta para a preservação do ar, água, fauna e flora, além de heróis e heroínas que
lutaram pela consciência humana, dos trabalhadores e população ribeirinha que ainda
vivem da floresta tropical, não escaparão dos olhos atentos do Leão estaciano. E serão
narradas3 nesse desfile pelo símbolo carioca, que por um breve tempo foi recebido
pela mãe da mata, enquanto esteve devaneando, no solo da Amazônia, o berço da
cultura popular4 brasileira.
ABERTURA
O Ritual: A Pajelança, Engerando o Rei do “Berço do Samba
O rei do samba, leão estaciano, sonhando habita em mundos reais e imaginários,
compartilha sentimentos como as alegrias e lutas através da pajelança, após ser
encaminhado ao pajé, pela mãe da mata (Iamandacy), e recebe o nome de “Leão
Guarini” (guerreiro/lutador). Em meio ao transe ele vê o pajé que chocalhava o
maracá, e tinha em suas mãos uma semente de tucumã6, que é repartida ao meio com
apenas um sopro, e dessa semente surgiram infinidades de árvores e animais de todas
as espécies que ocuparam rapidamente o espaço transformando-o em floresta. Assim,
ele passa a vivenciar junto com os seres que protegem e guardam as riquezas
materiais e imateriais existentes na floresta e conhecer lendas, mistérios, encantados e
costumes amazônicos.
Em meio a seu devaneio o Rei do velho Estácio faz contato com o Tuxaua (representa a
sabedoria da aldeia) que transmite a mensagem de preocupação como: os povos
originários, população ribeirinha, trabalhadores que tiram seu sustento da floresta, as
flores, os animais, os elementos preciosos da terra, os rios, tudo por ali, e todos os
seres encantados que habitam a floresta. E diz que toda festividade em solo amazônico
tem a finalidade de evidenciar a proteção à diversidade cultural, fauna e flora e pede
ao representante do samba carioca para difundir a preocupação dos encantados.
Conclui o recado dizendo que: “Faremos festa para não esquecer, faremos guerra para
proteger”!
1º SETOR
Descobrindo os Recantos e Encantos da Floresta pelos Encantados
Iamandacy a poderosa mãe da mata em um forte sopro, abre uma clareira como uma
passarela florestal permitindo a entrada do “Leão Guarini” de corpo engerado,
consagrado e nomeado, para dentro da floresta guiada por grandes lideranças
indígenas dos povos da mata. Nesse contexto, ele adquiri conhecimentos sobre lendas
a respeito do Coaraci7 encarregado de dirigir o reino animal e pela manutenção da
vida na floresta, sobre seu comando respondem diretamente Uirapuru, Jurupari e
Uiara. E sobre Yaci responsável pelas nuances das cores e pela diversidade da
vegetação, pela vida na floresta tropical. Ypuré filha de Anhangá, tem seu encanto
relacionado as riquezas minerais, ouro e pedras preciosas. Tainakã simula a estrela
D’alva responsável pelo encanto do ar puro, ela encanta a renovação através das
folhas das arvores, e transmiti também o dom da agricultura.
Imponente, híbrido, meio gente e meio felino o Ynhangõrom8 senhor das matas, que
invoca seres da floresta divinos surge das camuflagens diante do guardião da Estácio
de Sá, que em seu entressonho encantado, observa o protetor amazônico com os
olhos de fogo, corpo coberto por samambaias, folhas diversas, braços e pernas de
troncos de árvore. O mesmo é o protetor das grandes árvores e da vegetação. O leão
apropriasse dos conhecimentos sobre as riquezas das águas através de Yara Mãe
D’água, representante encantada das águas dos rios, que se manifesta no ideário
cultural como metade mulher e metade peixe, além de Naiá que surge para demostrar
à beleza hídrica é uma estrela das águas que se transformou em uma magnífica flor, a
Vitória-Régia, bem como, Boiúna, uma cobra gigantesca de olhos brilhantes que
guarda a diversidade de vidas nas águas num lugar chamado “boiaçuquara” ou
“morada da cobra grande que ao envelhecer conta com ajuda de uma centopeia
gigante para chegar a terra.
E assim o “Leão Guarini” estabelece encontros com outros encantados que protege a
natureza amazônica, Kaaporanga9 , é uma encantada que expõe as espécies da terra e
da mata em grande variedade para ele, junto a guardiã dos animais vieram o Anhangá,
Juma, Tapiraiauara, Mapinguari e Sucuruera. Tamapú10, filha do Rei Kamiranga do
reino dos urubus. Esse reino foi um local sombrio em que aconteceu uma bela estória
de amor, em que seu amado cumpre tarefas difíceis para obter sua mão. E assim, ela
se transforma em humana, e passa ser encantada dos voos das aves, seus cantos,
ventos e coloridos que pintam o céu.
2º SETOR
Encantado Protetor: Sete Espíritos, Sete Encantos da Natureza Engerada
O guerreiro estaciano, encontra-se diante dos encantados guardiões da floresta, os
que lutam contra o desmatamento, contra a exploração das riquezas minerais e
animais, bem como o bem-estar dos povos que ali habitam, além das guerreiras e
guerreiros amazônicos, cujas vestes exibem as cores vibrantes e as texturas da
natureza amazônica.
Agora, o representante do Estácio tem um encontro fascinante com a maior força de
proteção da floresta, o espirito da própria natureza engerada que mora no oco dos
troncos, do jequitibá e sumaumeira, nas profundezas da terra. Ele pode ser macho,
fêmea, e mãe da terra, também conhecido como sete espíritos de acordo com as
lendas originais (dos pesquisadores locais). O mesmo guarda a floresta de forma
implacável, contra aqueles que carregam abominação, ganância e doenças contra
terceiros. Nesse caso esses receberão sete castigos através dos sete espíritos
encantados que se camuflam na forma mais conhecida do Curupira, também são
denominados de Guajara, Quilaino, Caiçara, Bradador, Caipora, Ganhabora. Eles
lançam feitiços, aterrorizam, desorientam, punem e expulsam os indivíduos maldosos
da floresta. O Leão presencia um a um dos sete encantados em transformações pelas
forças da própria natureza. e assim o engerado da vermelho e branco, também recebe
a proteção de um Muiraquitã, ao encontrar com à Icamiaba11 Conori12. Engerada
essa que conheceu junto com os sete espíritos, para juntos lutar, lado a lado, com
outros encantados e engerados frente a proteção da floresta tropical.
Tomado de emoção, o Leão percebeu a coragem dos guerreiros e guerreiras que
enfrentaram e que ainda enfrentavam desafios audazes para preservar suas riquezas,
seu povo e seu lar. Ele ouve as histórias de novos encantados, viventes nesse plano
conhecidos pelos brasileiros, que lutaram com ações e suas vozes pela luta da floresta,
a cultura amazônica, dos povos e seres da natureza, importantes para manutenção da
vida e cura da floresta. Esses viventes que podemos denominar como encantados da
contemporaneidade, são muitos, para citar alguns exemplos: Chico Mendes13 Caititu
(o líder dos trabalhadores), Doroty14 Jabuti-Piranga (a missionária de um povo),
Don15 Jaguatirica (fotógrafo – o olho da Amazônia) e Bruno16 Arara-Vermelha
(indigenista – a voz da Amazônia). Esses mencionavam a real grandeza da luta que
continua no mundo dos homens e depois dos encantamentos, engeramentos, em
favor dos que cultivam e dependem da mata, em favor da própria natureza na
consciência da preservação para os dias atuais e o devir do mundo inteiro. Esperança
renovada.
3º SETOR
Encanto Cultural: Os Guardiões Do Folclore Encontram o Guardião do Samba
Profundamente tocado pela nobreza e determinação dos personagens lendários, agora
o Leão encontra-se com os encantados dos festejos do folclore amazônico. Na
companhia de Adana encantada, viu acontecer o festival de tribos indígenas Tucano,
Filhos do Rio Negro e a tribo Baré, e a disputa entre as tribos. Descendo um pouco
mais, o “Lutador Guarini”, encontra os encantados, Cardinal e Acará-Disco e vê o
festival chamado FESPOB de Barcelos (Festival de Peixe Ornamental de Barcelos, AM)
que é parecido com o Carnaval Carioca das escolas de samba. Como num delírio viu
bailar a porta-bandeira em meio aos encantos da floresta. Quimera? Não, realidade!
Esse festival conta com personagens como: porta-bandeira e mestre-piabeiro (como
mestre-sala) que bailam em meio a floresta, alas de cumprimento, de caboclos, e dos
piabeiros.
Surge na terra, um casal de encantados de Peixes-boi para elucidar o Eco festival de
Novo Airão. E assim, segue seus devaneios na sua rotina de surpreendentes
descobertas de encantos recantos matizados em vários tons nessa aquarela florestal.
Encantado imponente, o Bicho do Folharal ou Ser de Folhas, apresenta para o
guerreiro estaciano o Festival de Cirandas de Manacapuru, que é disputada entre três
cirandas: Ciranda Guerreiros Mura, Ciranda Flor Matizada e Ciranda Tradicional. Pelas
bandas de Manaus, em meio aos festejos do Festival Folclórico do Amazonas, o Leão
observa, tribos e diversas danças internacionais, nacionais e regionais, ornadas em
cores, plantas e flores, tudo revelado pelo engeramento de Dinaí encantada, princesa
do encontro das águas. O engerado carioca é levado a conhecer o Festival do
Mocambo, na companhia do Cavalo-marinho em estado de engeramento, nos
arredores de Parintins, nesse festival todas as alegorias são feitas com materiais que a
mata tem para oferecer.
O rei do Estácio engerado amazônico continua adquirindo seus conhecimentos com
Mani encantada, no Festival do Cará em Caapiranga (cará roxo e do cará branco)
enraizado em sua herança cultural transmitida de geração em geração. O encontro
com os bois bumbás é inevitável tendo a força folclórica de Parintins, que com seus
profissionais rompeu fronteiras com o Carnaval carioca. O engerado estaciano percebe
que em suas temáticas apoiam a preservação da Amazônia, sua cultura e etnia.
Por fim, com um rugido poderoso, após ter encontrado os encantados que os
apresentou os elementos e tudo que compõem a vasta riqueza da floresta, com os
encantados que de maneira implacável defendem o maior bioma brasileiro e os
encantados que lhe apresentaram a diversidade cultural, ele assegura fazer parte da
luta contra a destruição, e promete proteger a floresta e festivais como se fosse seu
próprio reino de resistência. O Leão, rei do samba, da primeira Escola de Samba do
Brasil, torna-se um aliado aventureiro dos heróis amazônicos, unindo forças para
defender um dos tesouros mais preciosos da Terra: a majestosa e misteriosa Floresta
Amazônica. E assim, ao som dos tambores e ao ritmo pulsante do coração da floresta,
a Estácio de Sá celebra o encontro entre o Leão e os guardiões da Amazônia, em uma
ode à beleza, à diversidade e à magia da natureza.
AUTORES: Marcus Paulo e Cristina Silva
1 Wilson Nogueira (2014), sociólogo e jornalista parintinense, trata as narrativas
amazonenses como o “imaginário amazônico”, o hiperdimensionamento das histórias,
lendas e mitos dos diversos povos indígenas localizados na Amazônia. Engerar:
transmutar-se, adquirir outras formas, se reconstruir a partir da alteridade.
Cosmogonia das sabenças encantadas dos povos originários. Simas (2024).
2 Os encantados concebem os que guardam e protegem as riquezas naturais.
Considerado como religião como para o povo Tamandaré:
https://www.instagram.com/reel/C43JvgvLeJG/?igsh=OHpyZncyd3d4aDlm. Oferendas
como ervas e folhas da mata e até mesmo cachaças e fumos são postas pelo povo da
mata no caminho pedindo permissão, em respeito e/ou agrado.
3 Reginaldo Prandi, autor do livro Mitologia dos Orixás, também escreveu Contos e
lendas da Amazônia (2011), onde descreve as histórias do universo amazônico, tratam
de sonhos, desejos, ideias e motivações universais, como por exemplo a proteção da
floresta pelas narrativas.
4 Gilberto Gil“A cultura brasileira, cuja diversidade tem reconhecimento internacional,
é o grande patrimônio do país, bem como nossos ecossistemas, que guardam em si a
maior biodiversidade do mundo.”
5 Boi Garantido – O-Baiá – 2020
6 Fruto da palmeira tucumanzeiro, que é nativa da região amazônica.
Samba Enredo: O Leão Se Engerou Em Encantado Amazônico
Compositores: Julio Alves / Cláudio Russo / Magrão do Estácio / Thiago Daniel / Filipe
Medrado / HB / Serginho Do Porto / Diego Nicolau / Tinga / Adolfo Konder / Dilson
Marimba / Marquinhos Beija-Flor
Letra:
Jaci
Já faz tempo é testemunha ocular
Eu bem-te-vi na história que vou contar
Vai, Leão! Vai encontrar Suçuarana
À sombra de uma imburana
Ao lado de mil tracajás
Num ritual, arara pula no cipó
Lá na beira do igapó, encantados ancestrais
Por seu legado, mãe da mata de Tupi
Neste solo sagrado, ao pajé foi levado
O rei Guarini
Pelo amor de Deus Tupã
Pelo canto da Yara
Pela flor do tucumã
Essa luta é tão cara
Sucuri, sucuriju e a conta que não fecha
Enquanto houver bambu, tem flecha!
Rastro de boiuna, tronco de Jequitibá
Sumaúma é porta-bandeira a bailar
Coaraci vem clarear
Sete encantos no olhar
Eu sou o dom de resistir, eu sou Estácio
Eu sou o dom!
Essa batalha não é fácil
Verde pra viver, ver de ser humano
Neste coração Estaciano
Eu vou! Eu vou!
Lá vou eu na batucada
No calor da marujada
Garantir e caprichar
Ê, ê, meu boi
O Leão foi engerado
Desce o morro de São Carlos
Pra voltar ao seu lugar
Link do Samba Enredo 2025: https://www.youtube.com/watch?v=CizlQVqD_0I