Em noite de gala o GRES Unidos de Bangu escolheu seu samba
Por Gilvan Lopes
Fotos por Gilvan Lopes
A Escola de Samba mais antiga da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, GRES Unidos de Bangu, fundada em 1937 por operários da Fábrica de Tecidos Bangu, escolheu a letra que vai embalar seu desfile na Sapucaí em 2019 na noite do dia 06/09 passado.
Após uma disputa entre dez obras, a escolhida foi a da parceria: Samir Trindade, André Kaballa, Márcio de Deus, Wellington Amaro, Paulinho Ferreira, Henrique Costa, Fábio Fonseca, Fábio Martins, Neizinho do Cavaco, Júlio Assis, Marlon P. e Vinícios Sombra.
O enredo da agremiação é: “Do ventre da terra raízes para o mundo”, dos carnavalescos Alex de Oliveira e Edson Pereira.
O Portal Sambrasil bateu um papo com o Presidente da Escola, Thiago Oliveira: “Estou com uma equipe sensacional trabalhando comigo, já preparando o desfile da Bangu, profissionais qualificados, de ponta, gente com experiência no carnaval; e é isso que me anima, e me faz crer que passaremos muito bem na avenida. Temos dificuldades sim, por causa dessa crise toda que passamos no país, mas estamos muito bem organizados, e nosso cronograma está em dia; agora vamos escolher bem nosso samba, e brilhar no nosso desfile”.
Falamos também com o Mestre Sala Anderson Abreu e a Porta Bandeira Eliza Xavier, que estreiam na alvirubra como primeiro casal: “É uma honra defender o pavilhão da Unidos de Bangu principal da Unidos de Bangu, e estamos felizes pelo reconhecimento que tivemos por parte da escola, já que ano passado viemos como segundo casal”, disse Anderson; “Ensaiamos bastante, nos conhecemos bem, somos super entrosados, e até o carnaval estaremos melhores ainda”, ressaltou Eliza.
A Unidos de Bangu semeia seu carnaval, para colher os frutos na avenida!
Unidos de Bangu 2019
Compositores: Samir Trindade, André Kaballa, Márcio de Deus, Wellington Amaro, Paulinho Ferreira, Henrique Costa, Fábio Fonseca, Fábio Martins, Neizinho do Cavaco, Júlio Assis, Marlon P. e Vinícios Sombra.
Estende o tapete da história
Pro amor mais antigo, meu pavilhão
Prepare o banquete da glória
Vem da zona Oeste, essa devoção
Os Deuses vem coroar
Deus Sol iluminar
Do alto nascia, a força da vida
Por todos os cantos se espalharia
Pacha Mama é mãe
Do seu ventre um novo dia
Ouro do chão, terra molhada
Na sagrada fé, renegada
Matou fome da pobreza, foi a cura do mal
Nos salões da realeza, o prato principal
Parmentier , brilhou em Versalhes
De rainhas e reis, navegou outros mares
Tesouro à moda francesa
Chegou no Brasil “real”
A doçura do índio, antes de Cabral
Mãos plantaram um lindo matiz
As mãos que erguem meu pais
Da simplicidade, do cheiro de mato
Na ponta da enxada o nosso retrato
Lá vem meu celeiro
Semeia Bangu pro mundo inteiro
Vamos plantar a paz
Chegou minha raiz, o caldeirão vermelho
Cresceu e não se desfaz
Alimenta esse povo guerreiro