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ELZA SOARES, por Marcelo Faria – Copyright 2016 – Portal Sambrasil / Agência Sambrasil

ELZA SOARES, por Marcelo Faria – Copyright 2016 – Portal Sambrasil / Agência Sambrasil
Imagem produzida durante o show de lançamento do CD A Mulher do Fim do Mundo, no Circo Voador / RJ

Por Marcelo Faria

Imagem produzida durante o show de lançamento do CD A Mulher do Fim do Mundo, no Circo Voador / RJ

Elza da Conceição Soares (Rio de Janeiro, 23 de junho de 1937) é uma consagrada cantora e compositora brasileira.

Foi eleita em 1999, pela Rádio BBC de Londres, como a Cantora do Milênio. A escolha teve origem no projeto The Millennium Concerts, da rádio inglesa, criado para comemorar a chegada do ano 2000.

Como tinha o sonho de cantar, e precisava comprar remédios para seu filho recém-nascido, participou do programa de Ary Barroso na Rádio Tupi, e fez sua primeira apresentação ao vivo no auditório da emissora, que era a maior de seu tempo. A princípio não foi levada a sério, por seu jeito bem humilde de falar e se vestir, o que levou Ary Barroso a perguntar ironicamente a ela: “De que planeta você veio?”, ao que Elza respondeu: “Vim do mesmo planeta que o senhor”. “E posso saber de que planeta eu sou?”. “Do Planeta Fome”. Apesar deste momento de chacota por parte do apresentador, Elza não se abalou e, ao cantar mostrou todo seu potencial. Em 1982 o casamento de Elza e Garrincha chegou ao fim após dezesseis anos. O divórcio ocorreu a diversas crises conjugais e brigas violentas por causa do alcoolismo de Garrincha e de seus ciúmes exagerados. Os amigos de seu marido não aceitavam Elza como esposa, e a xingavam de bruxa, que queria controlar o marido, pois ela rodava os bares pedindo para ninguém dar bebida alcoólica ao marido.

Elza Soares tornou-se popular com as canções Se Acaso Você Chegasse, Mas Que Nada, A Carne, entre outros sambas de sucesso. Recebeu indicações ao GRAMMY Awards e foi eleita pela BBC de Londres “a cantora do milênio”. Em 2007, a cantora foi convidada para cantar o Hino Nacional Brasileiro a cappella na Cerimônia de Abertura dos Jogos Panamericanos Rio 2007. Já no ano de 2016 se apresentou na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, onde cantou “O Canto de Ossanha” um clássico de Baden Powell e Vinicius de Moraes.

Seu último álbum chama-se “A mulher do Fim do Mundo” (2015), um disco de Samba Eletrônico lançado em 2015, aclamado pela crítica como um dos melhores discos dos últimos anos da MPB e que lhe rendeu o prêmio de Melhor Álbum na categoria Pop/rock/reggae/hip-hop. Além disso, o disco ainda lhe rende outros frutos, como a indicação de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira e, também, o Prêmio de Melhor música em Língua Portuguesa no 17º Latin Grammy Awards. O álbum é o primeiro em sua carreira só com músicas inéditas. O Pitchfork, um dos sites de música mais importantes do mundo, o elegeu com o título de melhor novo álbum. No artigo, o site diz que Soares “desenvolveu uma das vozes mais distintas da Música Popular Brasileira”.

As canções do disco falam sobre sexo, morte e negritude, e foram compostas pelos paulistas José Miguel Wisnik, Rômulo Fróes e Celso Sim. Nos shows, a cantora vem acompanhada dos músicos Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Rodrigo Campos, Romulo Fróes, Felipe Roseno e Guilherme Kastrup, além da participação especial da banda Bixiga 70, do Quadril – Quarteto de Cordas e do cantor Rubi. O álbum surgiu do encontro da cantora com a estética musical contemporânea de São Paulo.

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