Dirigentes de Carnaval do Brasil debatem sobre o impacto da crise econômica
Por Redação
Uma das mesas de debate mais aguarda desta 4ª edição da Carnavália-Sambacom, reuniu diversas lideranças de Ligas e Associações que organizam o Carnaval em várias cidades brasileiras. A discursão foi sobre o impacto da crise econômica nas festas momescas, as relações com o poder público e iniciativa privada e o verdadeiro papel de cada instituição, em uma reflexão mais aprofundada.
Uma posição e informação pertinente deste debate partiu do Serginho – Predisente da Liga SP. “- Nós hoje temos o Proac – Programa de Ação Cultural, mas o Proac no Estado de São Paulo não contempla o evento Carnaval como um todo, apenas os desfiles das escolas de samba; onde cada escola de samba tem uma renúncia de 300 mil reais por ano nos impostos. Mas é uma dificuldade! Nós estamos tentando estudar com o governador de São Paulo, para que nós possamos aumentar não só a receita das escolas de samba, mas que isso seja incluído também no evento como um todo, na infraestrutura do Carnaval”.
Jorge Castanheira, presidente da Liesa, lembrou que durante a campanha para a atual prefeitura entregou a proposta de isenção de impostos, vinculado à cultura e ao turismo. “A Liga das Escolas de Samba junto com as escolas de samba do Rio repassam ao município aproximadamente R$6 milhões por ano em impostos. Nós pedimos essa isenção”.
No entanto, fica uma lacuna para reflexão, será que existe vontade política para realização e efetivação desta proposta?
Uma efetiva realização desta parceria e vontade pública, ficou clara por parte do prefeito de Parintins, Bi Garcia, que viabilizou o retorno do investimento financeiro ao Festival Folclórico de Parintins. “Um espetáculo do tamanho do festival, não podia ficar sem nossa ação efetiva, promovemos por meios de incentivos e isenções de impostos, atraindo investidores, turistas e principalmente, demos condições melhores para que os “Bois” apresentassem um grande espetáculo com o gigantismo que o Festival alcançou.
José Alves Peixoto Júnior, secretário de turismo da Bahia, em seu depoimento, citou que a sua gestão trabalha em parceria constante com a secretaria de cultura. “- Fortalecemos todas as atividades culturais, como as festas durante o carnaval, as manifestações culturais, porque o turista que visita a Bahia, não está preso a visitar somente os pontos turísticos, ele que conhecer nossa cultura e por isso gerencio este viés, dando condições para que toda a manifestação cultural esteja vinculada ao turismo.
A Carnavália-Sambacom segue com o seu grande intercâmbio de experiências entre as mais diferentes áreas que envolvem o Carnaval do Brasil. Em seu segundo dia, além das exposições nos estandes, foram debatidas as oportunidades de trabalho na indústria do carnaval e o impacto da crise econômica nas principais festas populares e culturais do país.
Participaram da mesa:
Jorge Castanheira – Presidente da Liesa – Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro
Paulo Sérgio Ferreira – Presidente da Liga SP – Liga das Escolas de Samba de São Paulo
Rogério Sarmento – Presidente da Liga das Escolas de Samba de Vitória
Juarez Guterrez – Presidente da Liga das Escolas de Samba de Porto Alegre
Fábio Botelho – Liga Das Escolas de Samba de Florianópolis
Moacir de Oliveira Filho – União das Escolas de Samba de Brasília
Kaxitu Ricardo Campos – União das Escolas de Samba Paulistanas
Bi Garcia – Prefeito de Parintins
José Alves Peixoto Júnior – Secretário de Turismo da Bahia