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CARNAVAL SP 07 – TOM MAIOR

ENREDO 2018: “O Brasil de duas Imperatrizes: De Viena para o novo mundo Carolina Josefa Leopoldina; de Ramos, Imperatriz Leopoldinense

SINOPSE:

Equipe: Carol Ferreira e Rayanne Silva

Suporte: Júlia Fernandes

Suporte Remoto: Jaqueline Costa

“Meu adorado povo,

Duzentos anos se passaram desde que, a bordo da imponente Nau D. João VI, atravessei as intensas ondas do oceano atlântico com destino ao novo mundo, selando definitivamente a minha vida e minha trajetória.

Na lembrança, os sons dos violinos que ainda ecoavam pelos salões dourados do palácio de Viena, embalando os festejos da suntuosa cerimônia de casamento gentilmente organizada por Marialva, o Marquês enviado do Rei, que nos impressionou diante de tanto luxo e riqueza. Eu, filha do Imperador Francisco I da Áustria, herdeira da mais tradicional Casa Real da Europa e Pedro de Alcântara, o príncipe sucessor do trono de Portugal, Brasil e Algarves, unidos por procuração promovendo o que seria uma esperançosa aliança ente nossos países.

Não conseguia esconder minha excitação e ansiedade para encontrar a exuberante natureza tropical, seu povo e seus nativos, que foram-me apresentados em pinturas, tapeçarias e livros, configurando um verdadeiro eldorado. A ciência sempre fora minha paixão! Animais, flores e minerais, constituíram durante muitos anos as minhas principais fontes de pesquisas e estudos.

Sob a salva de tiros de canhões anunciaram minha chegada nas águas guanabarinas, emocionando-me no desembarque diante de majestosa e deslumbrante paisagem.

“Chega Sua Alteza Real, a Sereníssima Senhora Princesa do Reino”, anunciaram-me altivamente ao meu amado D. Pedro, à sua família e a toda nobreza presente.

A cidade repleta de ornamentos e flores originou um colorido muito especial, tudo cuidadosamente planejado pelo traço francês do grande artista Jean-Baptiste Debret transbordando- me de encanto.

“Nem pena, nem pincel podem descrever a impressão que o paradisíaco Brasil causa em qualquer estrangeiro”, disse a Pedro, meu esposo. Já me vejo apaixonada por esse chão que escolhi para ser minha pátria.

Meus filhos, minha família e, principalmente, o fascínio demonstrado por essa gente encantadora foram minhas maiores conquistas, enchendo-me de altivez e plenitude, revelando a cada dia que aqui seria minha eterna morada.

Com o retorno de meu sogro, o Rei Dom João VI para Portugal, os laços que uniam os dois reinos tornaram-se insustentáveis.

Eram constantes as tentativas de revoluções e levantes nas mais diversas províncias, tendo na argúcia de Pedro a solução para a união política e social de nossa terra, evidenciando que não tardaria o tempo em que nos tornaríamos livres.

Tive a glória de ser a primeira mulher a governar este País, tendo em vista que na ausência do Príncipe Regente, sobre os meus ombros recaía honrada responsabilidade. E foi assim, que na manhã do segundo dia do mês de setembro do ano de 1822, presidindo a reunião do Conselho de Estado, assinei o decreto que nos tornava Independente, enviando-o a Pedro, junto à carta que o conclamava a sancionar minha importante resolução: “O pomo de maduro…colha-o, se não apodrece”.

Assim, no romper da aurora do dia sete de setembro, às margens do rio Ipiranga ouviu-se o brado de Independência ou Morte. Na força da espada e na sutileza da pena, a história se escrevia. Roguei a Deus para que fosse feita a Sua vontade, eu que já me sentia brasileira de coração me tornava por direito, embalando um novo Brasil em meus braços coberto com o sagrado manto verde e amarelo.

A sombra da traição pairou sobre minh’alma sucumbindo minhas forças e forjando o meu amor em dor e sofrimento, contudo, tornei-me exemplo de honra e caridade no canto de lamentação dos negros e dos pobres entoado em minha partida: “Ôoo o que será de nós? Nossa doce mãezinha partiu”.

A História me fez imortal escrevendo meu nome em todos os recantos do meu amado país, rendendo-me grandes homenagens como a grande mãe desse sublime torrão. No carnaval, nossa maior expressão cultural popular, me tornei a representante mais nobre, a senhora soberana que ostenta nos trilhos que cruzam o Subúrbio de Ramos, onde o Samba é Raiz e Raiz é história, o brasão real de ritmo e poesia, encarnado no brio de seus bambas e baluartes e eternizado em seus cortejos com requinte e criatividade.

A consagrada coroa Leopoldinense reluz na respeitada pauta musical paulistana provando em Tom Maior que o samba não tem fronteiras, é o fruto legítimo de todo esse povo que carrega nas veias o orgulho de ser brasileiro. Hoje nosso sonho de ser campeão…vem de lá! Sou Imperatriz”.

LETRA DO SAMBA

O BRASIL DE SUAS IMPERATRIZES: DE VIENA PARA O MUNDO, CAROLINA JOSEFA LEOPOLDINA; DE RAMOS, IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE

Pelos mares naveguei, de Viena para o novo mundo
E me encantei
Com o astro-rei, o meu sonho mais profundo
Ao som de violinos
Aliança então se fez
O luxo e a nobreza
Gentileza do Marquês
Na valsa a bailar, lindo cortejo a emocionar
O índio, a fauna e flora
A beleza em meu olhar
No Rio eu pude ver, o colorido Debret
Ao amor de Pedro me entreguei, me apaixonei

Libertei essa nação… Independência
Minha Pátria, mãe gentil… Meu Brasil
Chorou, na sonzala chorou
E o lamento do negro, ecoou

Nos trilhos de Ramos tornei-me importal
Notáveis desfiles do meu Carnaval
Simplesmente Rosa, um relicário de Glórias
Arlindo em fantasias a brilhar
É ela… Rainha da passarela
Vem da Leopoldina a mais bela
Celeiro de bambas, reduto do samba
“O meu sonho de ser feliz
Vem de lá sou Imperatriz”

Vem festeja, coroar essa paixão
Imperatriz num só coração
Meu carnaval, um sonho verdadeiro
Sou Tom Maior, me orgulho de ser brasileiro

Compositores: Maradona, Amós Turko, Rafa do Cavaco, José Ricardo, Leo Reis e Celsinho Mody

FICHA TÉCNICA:

Presidente: Luciana Silva
Carnaval: 
Cláudio Cavalcanti (Cebola)
Financeiro: Carlos Alves
Marketing: 
José Soriano
Jurídico: 
Leonardo Mazzillo
Social: Fabiana Toschi<
Conselho Fiscal: Sonja Helene Ott

CARNAVAL
Carnavalesco: Claudio Cavalcante (Cebola)
Intérprete Oficial: Bruno Ribas
Coordenação Ala Musical: Rafa Do Cavaco
Mestre De Bateria: Carlos Alves – “Mestre Carlão”
Direção Geral De Harmonia: Yves Alexeiv E Gabriel Ferreira (Gabirú)
Coreógrafo Da Comissão De Frente: Robson Bernardino
Ala Coreografada: Adivan Salles
Baianas: Ana Paula
Velha Guarda: Lemos
Diretora Ala de Passistas: Valéria Diniz
1º Casal De M. Sala P. Bandeira: Jairo Pereira E Simone Gomes
2º Casal De M. Sala E P. Bandeira:Deborah Oliveira E Leandro Novelli
3º Casal De M. Sala E P. Bandeira: Gabriel Silva E Angélica Paiva
Casal De Honra (Majestoso): Waguinho e Lídia

COMISSÃO DE CARNAVAL
Luciana Silva
Carlos Alves
Cláudio Cavalcanti – Cebola
Judson Sales
Yves Alexeiv
Gabriel Ferreira – Gabiru
Fabi Toschi
José Soriano
Leonardo Mazzillo
David Adelson

Fazendo homenagem a Imperatriz, escola de samba Tom Maior encerra a primeira noite de desfiles do Grupo Especial de São Paulo

A última escola a passar pelo sambódromo do Anhembi homenageou duas imperatriz, a primeira delas é a conhecida Imperatriz Leopoldina que veio de Viena para o Brasil, e em contrapartida ao nome de uma estação de trem carioca.

A Vermelha e Amarela fez uma viagem até Ramos, zona Norte do Rio de Janeiro onde nasceu no entorno da estação uma das esscolas de samba mais tradicionais da escola do Carnaval Carioca, a Imperatriz Leopoldinense.

Nesse mesclado de personificação histórica e a alegria do Carnaval, a agremiação encerrou o primeiro dia de desfile.

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