Blocos tradicionais já haviam cancelado seus desfiles
Por Redação
Representantes de blocos tradicionais do Rio de Janeiro concordaram com a decisão da prefeitura de cancelar o carnaval de rua na cidade pelo segundo ano seguido por conta da pandemia da Covid.
O anuncio do cancelamento da festa popular foi feito nesta terça-feira (4) pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), durante uma transmissão na internet. Paes explicou que a ‘natureza’ do carnaval de rua impede a fiscalização dos frequentadores, em relação a vacinação e testagem para a Covid. Por esse motivo, a manutenção dos desfiles seria um risco de proliferação do vírus.
“O carnaval de rua por sua natureza, e pelo aspecto democrático que tem, ele gera a impossibilidade de se exercer qualquer tipo de fiscalização. Tendo em vista os dados epidemiológicos que a gente tem, e provavelmente nós teremos daqui pra frente, me chamou atenção que seria muito difícil tomar uma decisão agora. Dificilmente a gente conseguiria fazer”.
Presente na reunião, Rita Fernandes, presidente da Associação Independente dos Blocos da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade de São Sebastião (Sebastiana), concordou com a decisão do prefeito. Para ela, os blocos precisam obedecer às decisões dos especialistas.
“Diante do quadro de risco sanitário, a gente acata a decisão do prefeito. Com muita tristeza, a gente não vai fazer o carnaval esse ano”, disse Rita.
“A gente recebeu a notícia com muita tristeza, mas já imaginando que isso poderia acontecer. Precisamos seguir a ciência. Se a ciência diz que não pode, não somos nós que vamos fazer diferente. Houve concordância de todos os bloco e ligas que estavam representadas ali. O prefeito disse que o quadro é de muita instabilidade e que na situação de hoje não dá pra fazer. E não tem como arrastar mais essa decisão. Então foi melhor a gente recuar”, ponderou a presidente da Sebastiana.
Representando blocos tradicionais como o Cordão do Bola Preta, a Orquestra Voadora, o Céu na Terra, entre outros, Rodrigo Rezende, presidente da Liga Amigos do Zé Pereira, acredita que a decisão foi acertada.
“O carnaval de rua é a festa da vida. Se por conta do carnaval uma vida for perdida, a festa já não valeu a pena. A gente não pode arriscar. A decisão foi acertada”, comentou Rodrigo Rezende.
O presidente da Liga Amigos do Zé Pereira ainda falou sobre a tristeza de quem vive o dia a dia dos blocos por ter mais um ano sem carnaval.
“Pra gente era um momento muito aguardado. É uma tristeza muito grade. Já estávamos esperando por isso, mas é muito triste. O que resta agora é avisar as pessoas, pedir para que todos não saiam de casa, principalmente se a taxa de contágios estiver alta. Vamos esperar mais um pouco”, lamentou Rodrigo Rezende.
Eventos alternativos
Apesar do cancelamento dos desfiles de rua, a Prefeitura do Rio vai autorizar os eventos onde se possa ter um controle da entrada de público. Segundo o prefeito, os organizadores deverão exigir o comprovante de vacinação de todos os frequentadores desses eventos. Sendo assim, bailes de carnaval serão permitidos.
Ainda durante a reunião com os representantes de blocos, Eduardo Paes disse que propôs a organização de eventos ao longo de fevereiro, de graça, com os principais blocos, em três lugares da cidade onde pudesse haver controle, como o Parque Olímpico e o Parque de Madureira, por exemplo.
O prefeito disse que a proposta não foi bem aceita porque os blocos têm uma relação com seus bairros e regiões, entre outras razões.
“Eles ficaram de fazer uma contraproposta”, explicou.
Rita Fernandes comentou que essa ideia não agradou por conta da dificuldade de levar os foliões de locais tradicionais de desfile para um ponto diferente da cidade. Contudo, Rita disse que cada bloco poderá tomar sua decisão individualmente.
“O prefeito está muito triste também. Ele acha que tem que ter uma representação, como a gente também pensa, para o carnaval não passar em branco. Não vai ser mais carnaval de rua, mas a sugestão do Parque Olímpico não foi acatada. Todo mundo acha que é longe, que é difícil levar os componentes para lá, que não representa o carnaval dos blocos. E a gente ficou de voltar para ele com outra ideia, os blocos que quiserem fazer alguma coisa”, acrescentou Rita.
Com a possibilidade da realização de eventos controlados, alguns blocos já começaram a pensar em festas alternativas. O Simpatia É Quase Amor, o Bangalafumenga e o Cacique de Ramos, por exemplo, já confirmaram que vão se apresentar, em evento pago, na Casa Bloco, no Centro do Rio de Janeiro.
Indicadores
A capital fluminense só alcança 2 de 5 indicadores para a realização de um carnaval seguro.
O índice foi criado por Roberto Medronho (UFRJ) e Hermano Castro (Fiocruz), em outubro.
Patrocinadores do carnaval de rua do Rio cobraram nesta segunda-feira (3) um posicionamento do prefeito do Rio, Eduardo Paes, sobre a realização da folia.
Os patrocinadores investiriam cerca de R$ 40 milhões na infraestrutura da festa, usados, por exemplo, na instalação de banheiros químicos. De acordo com o colunista do Globo Ancelmo Gois, um deles escreveu ao prefeito que “a saúde das pessoas deve vir em primeiro lugar”.
No dia 21 de dezembro, o comitê científico da Prefeitura do Rio tinha dito que, nas condições daquela data, era possível manter o carnaval. Um dia depois, o prefeito ressaltou que o posicionamento do comitê dizia respeito ao momento em que foi divulgado.
“Esclarecimento: a manifestação do comitê científico de ontem [terça-feira (21)] diz respeito ao momento atual. Faltam 2 meses e meio para o carnaval. E, como já disse, vamos ter que diferenciar as diferentes formas de celebração. Estádio do samba (Sapucaí) permite controles. Na rua é mais difícil”, afirmou o prefeito no Twitter, no dia 22.
Desde então o Rio viveu uma alta de novos casos de Covid — atribuída à chegada da variante Ômicron.
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