Browse By

BETH CARVALHO, por Marcelo Faria – Copyright 2015 – Portal Sambrasil / Agência Sambrasil

BETH CARVALHO, por Marcelo Faria – Copyright 2015 – Portal Sambrasil / Agência Sambrasil
Imagem produzida durante o show no Vivo Rio em comemoração aos 50 anos de carreira no Metropolitan / RJ

Por Marcelo Faria

Imagem produzida durante o show no Vivo Rio em comemoração aos 50 anos de carreira no Metropolitan / RJ

Elizabeth Santos Leal de Carvalho (Rio de Janeiro, 5 de maio de 1946), é uma cantora e compositora brasileira de samba. Desde que começou a fazer sucesso, na década de 1970, Beth se tornou uma das maiores intérpretes do Samba, ajudando a revelar nomes como Luiz Carlos da Vila, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, o grupo Fundo de Quintal e Arlindo Cruz, e Bezerra da Silva.

A carreira de Beth Carvalho se originou na Bossa nova. No início de 1968 participou no movimento Música nossa, que foi fundado pelo jornalista Armando Henrique, e pelo hoje, maestro Hugo Bellard. Os espetáculos eram realizados no Teatro Santa Rosa, em Ipanema, onde teve a oportunidade de gravar uma das suas canções “O Som e o Tempo”, no longplay do Música nossa. Nesta época ela gravou com o cantor Taiguara, pela gravadora Emi-Odeon. Em 1965, gravou o seu primeiro compacto simples com a música “Por quem morreu de amor”, de Menescal e Bôscoli. Em 66, já envolvida com o samba, participou do show “A Hora e a Vez do Samba”, ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela. Vieram os festivais e Beth participou de quase todos: Festival Internacional da Canção (FIC), Festival Universitário, Brasil Canta no Rio, entre outros. No FIC de 68, conquistou o 3º lugar com “Andança”, de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi, e ficou conhecida em todo o país. Além de seu primeiro grande sucesso, “Andança” é o título de seu primeiro LP lançado no ano seguinte. A partir de 73, passou a lançar um disco por ano e se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte” e “Vou Festejar”, “Acreditar”, “Mas quem disse que eu te esqueço”. Beth Carvalho é reconhecida por reconhecer, descobrir, resgatar e revelar músicos e compositores do samba. Daí o apelido carinhoso de Madrinha do Samba.

No ano de 1975, Martinho da Vila compôs em sua homenagem “Enamorada do samba”, que a cantora incluiu no LP “Pandeiro e viola”, lançado pela Tapecar neste mesmo ano. Logo depois, surgiu uma série de títulos que ela colecionou através dos anos: “Diva do samba”, dado por Zuza Homem de Mello; “Rainha do samba”, por Rildo Hora; “Rainha dos terreiros”, carinhosamente chamada por Elifas Andreato, e “Madrinha”, por quase todos os sambistas novos e antigos. A composição “Enamorada do samba”, interpretada por Beth Carvalho e Martinho da Vila, foi incluída no disco duplo “Há sempre um nome de mulher”, em 1988, produzido por Ricardo Cravo Albin.

Em 2001, pela gravadora Jam Music, lançou o CD “Nome sagrado – Beth Carvalho canta Nelson Cavaquinho”. No disco foram incluídas “Nem todos são amigos” (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), “Cheira à vela” (Nelson Cavaquinho e José Ribeiro). Este mesmo CD contou com as participações especiais de Zeca Pagodinho na faixa “Dona Carola” (Nelson Cavaquino, Nourival Bahia e Walto Feitosa Santos), Wilson das Neves em “Degraus da vida” (Nelson Cavaquinho, Antônio Braga e César Brasil), e de Guilherme de Brito na faixa “Pranto de poeta” (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito). Foram registradas neste disco 20 composições de Nelson Cavaquinho.

Em 2012 seu disco “Nosso samba tá na rua” (2011) conquistou o prêmio de “Melhor Álbum de Samba” na 23ª edição do “Prêmio da Música Brasileira”, realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O mesmo disco recebeu o “Grammy Latino” de “Melhor Álbum de Samba/Pagode”. Foi homenageada pela Velha Guarda da Mangueira com os CDs “Homenagens Vol. 1 e Vol. 2” (2012), que foram dedicados à “Madrinha” Beth Carvalho. Ainda em 2012 a gravação que fez de “O mundo é um moinho” (Cartola), foi incluída na trilha sonora da novela “Lado a Lado”, da Rede Globo. Em 2013 voltou aos palcos do Vivo Rio, no Rio de Janeiro, depois de meses hospitalizada por conta de um problema na coluna. Durante o período de internação gravou, dentro de seu quarto no hospital, participações nos CDs de sua sobrinha Lu Carvalho, do cantor Léo Russo e em um disco de inéditas de Dona Ivone Lara.

Em 2015, recebeu uma das maiores homenagens que um artista pode receber, O espetáculo “Andança – Beth Carvalho, o musical”, na teatro Maison de France, no Rio de Janeiro, com texto de Rômulo Rodrigues, direção de Ernesto Piccolo e direção musical de Rildo Hora. O musical biográfico pôs em cena a trajetória dos 50 anos de carreira da cantora. Ainda em 2015 comemorou seus 50 anos de carreira em show realizado no teatro Metropolitan, no Rio de Janeiro.

Sonho da Cidade do Samba 2 está mais próximo de virar realidade

Por Redação O Portal Sambrasil apurou que quatro escolas da Série A estão sem ...

Learn more