Artistas e amigos se reúnem para ajudar o Maestro Ivan Paulo
Por Redação
O maestro Ivan Paulo, aos 79 anos, enfrenta um grave câncer, que atingiu pulmão, garganta e uma das pernas. Sem plano de saúde, ele está se tratando no Inca. Amigos estão se mobilizando para ajudar o grande músico, detentor, entre outros, de três prêmios Sharp, na categoria Melhor Arranjador de Samba.
No próximo dia 05 de julho, Diogo nogueira fará show em homenagem ao Maestro.
Sobre Ivan Paulo:
Filho do Maestro Carioca (Ivan Paulo da Silva). Mudou-se para o Rio de Janeiro, com sua família, aos oito anos de idade. Em 1955, foi convidado por seu pai, então diretor musical da Rádio Tupi do Rio de Janeiro, para trabalhar no arquivo musical da emissora. O contato diário com músicos e maestros, além do ambiente musical em sua casa, influenciaram sua decisão de se tornar músico. Ingressou no Conservatório Brasileiro de Música, onde cursou solfejo, harmonia e contraponto, ao mesmo tempo em que recebia orientação particular dos colegas maestros de seu pai. Estudou durante oito meses com o maestro Milton Calazans (dodecafonia) e, a partir de então, foi acompanhando as modalidades, concepções e evoluções musicais, como autodidata, inclusive precisão, clareza e nuances da regência.
Dados Artísticos:
Em 1958, participou do Festival Cinzano de Música (primeiro festival de música realizado no Brasil), que teve lugar no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e no Teatro Municipal de São Paulo, como compositor e arranjador de “Canção do amor eterno”, defendida pelo tenor Paulo Fortes, contemplada em segundo lugar.
Atuou, como regente de orquestra, na Rádio Tupi do Rio de Janeiro (em programas de auditório liderados por Aérton Perlingeiro, Abelardo Barbosa e Silveira Lima, entre outros) e na Rádio Mayrink Veiga (em programas como “Vai da Valsa” e “A Cidade se Diverte”, entre outros).
Trabalhou na TV Tupi, em programas como “Moacyr Franco Show”, “Programa J. Silvestre”, “Programa Blota Júnior”, “Cidinha Livre”, “Bibi ao Vivo” e “Programa do Chacrinha” (integrando também o corpo de jurados), entre outros.
Atuou como regente da Orquestra da TV Globo, em programas como “Globo de Ouro” e “Domingão do Faustão”, além de vários musicais, destacando-se um dos especiais de fim de ano de Roberto Carlos.
Escreveu trilhas incidentais para novelas da TV Globo e programas como “Os Trapalhões”.
Compôs do tema de abertura do “Jornal Hoje”.
Participou, no exterior, de turnês de Agnaldo Rayol (Buenos Aires), Roberto Carlos (México e Buenos Aires) e “Brazilian Follies” (Buenos Aires).
Atuou como regente de orquestra nos seguintes shows: “Agnaldo Rayol”, “Sílvio Caldas”, “Amália Rodrigues”, ” Brasil Export” (dividindo a regência com o maestro Erlon Chaves).”The Platters”, “Regina Mon Amour” (com Regina Duarte e elenco da Rede Globo), “Chico Buarque com a Orquestra Sinfônica Brasileira”, “Quarteto em Cy e MPB-4 (com o Maestro Isaac Karabtchevsky regendo a parte sinfônica) e “Moulin Rouge” (elenco original francês e arranjos de Michel Legrand), todos realizados no Canecão (RJ), “Cauby Peixoto”, realizado no Asa Branca (RJ), “Beth Carvalho” e “Show da Mangueira”, realizados no Olímpia (SP) e “Lecí Brandão”, realizado no Sesc-Pompéia (SP).
Participou, como arranjador ou produtor musical, de discos de Wanderley Cardoso, Agnaldo Rayol, Moacyr Franco, Ângela Maria, Vanusa, Joanna, Fafá de Belém, Simone, Ney Matogrosso, Marina Lima, Luiz Ayrão, Roberto Ribeiro, Agepê, Elymar Santos, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Jorge Aragão, Jovelina Pérola Negra, Alcione, Grupo Fundo de Quintal, Jamelão, Dona Ivone Lara, Martinho da Vila, Leci Brandão, Os Morenos, Soweto, Originais do Samba, Eliana de Lima, Grupo Molejo, Sambas de Enredo do Rio de Janeiro e Sambas de Enredo de São Paulo, entre vários outros.
Foi contemplado por três vezes com o Prêmio Sharp, na categoria Melhor Arranjador de Samba.