ALCIONE, por Marcelo Faria – Copyright 2015 – Portal Sambrasil / Agência Sambrasil
Por Marcelo Faria
Imagem produzida durante show da cantora na quadra da União da Ilha do Governador
Alcione Dias Nazareth (São Luís, 21 de novembro de 1947) é uma cantora, instrumentista e compositora brasileira.
Sendo uma das mais notórias sambistas do país, a cantora recebeu a alcunha de Rainha do Samba. A Marrom, como é carinhosamente chamada, dona de uma voz inconfundível, personalidade marcante e suingue inigualável, Alcione é uma das artistas brasileiras mais prestigiadas no Brasil e no exterior. Ímpar, emblemática e com um carisma especial que conquistou uma legião de fãs ao longo de sua trajetória de mais de 45 anos de carreira.
Em 1968 mudou-se para o Rio de Janeiro indo trabalhar em uma loja de discos. Começou cantando na noite, levada pelo cantor Everardo, que ensaiava no Little Club, boate situada no conhecido Beco das Garrafas, reduto histórico do nascimento da bossa nova, em Copacabana. Destacou-se ao vencer as duas primeiras eliminatórias do programa “A Grande Chance”, de Flávio Cavalcanti.
O disco de 1977, “Pra que chorar”, vendeu 400 mil cópias, consagrando-a como cantora nacionalmente conhecida. Desse disco, despontaram vários sucessos de sua carreira, como “Ilha de maré” (Lupa e Walmir Lima), “Pedra que não cria limo” (Vevé Calazans e Nilton Alecrim), “Pandeiro é meu nome” (Venâncio e Chico da Silva) e a faixa-título “Pra que chorar” (Baden Powell e Vinicius de Moraes).
Em 1981, no LP “Alcione”, interpretou “Minha filosofia” (Aluízio Machado), “Novo amor” (Arlindo Cruz e Rixxa), “O pandeiro é meu” (Zé do Maranhão e Cidney Rocha) e “Pintura sem arte” (Candeia). Em 1982 lançou o disco “Vamos arrepiar” pela BMG. Neste mesmo ano, em comemoração aos dez anos de carreira fonográfica, sua gravadora lançou a coletânea “Alcione dez anos depois”, na qual foram reunidos alguns de seus sucessos.
Com uma carreira sólida e reconhecida, Alcione seguiu com sua determinação e não se prende a modismos, grava o que de melhor representa a boa música. Em 1998 lançou o CD “Celebração” em comemoração aos 27 anos de carreira.
No ano 2011 foi eleita “Melhor Cantora”, na categoria “Samba”, por seu disco “Acesa – Ao vivo em São Luís do Maranhão”, no “22º Prêmio da Música Brasileira”.
Apresentou-se no palco do Vivo Rio, no Rio de Janeiro, em show de lançamento do CD/ DVD “Duas Faces – Jam Session”. Primeiro dos dois títulos do projeto “Duas Faces”, em comemoração aos seus 40 anos de carreira, o CD/ DVD “Jam Session” incluiu registros de encontros informais da cantora com vários artistas em sua casa, dentre os quais o dueto com Áurea Martins em “Pela rua”, Djavan em “Capim”, Emílio Santiago em “40 anos”, Lenine em “Evolução”, Maria Bethânia em “Sem mais adeus”, Martinho da Vila em “Ilha de maré”, entre outros.
Em 2014, conquistou o prêmio de “Melhor Cantora” na categoria “Samba” da 25ª edição do “Prêmio da Música Brasileira”, com o álbum “Eterna Alegria” (2013). Em 2015 apresentou o show “Inusitado – Chantant Enchantée”, no Teatro Câmara da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. O show teve direção de Solange Dias Nazareth. Conquistou mais uma vez o prêmio de “Melhor Cantora de Samba”, com o disco “Eterna Alegria”, na 26ª edição do “Prêmio da Música Brasileira”. Cerimônia da qual participou em noite de gala no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, homenageando a cantora Maria Bethânia.
Em 2017 lançou, pelo selo Biscoito Fino, o CD/ DVD “Boleros”, gravado ao vivo na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, permeado por versos do poema “As quatro estações” de Elisa Lucinda.