Acadêmicos do Sossego abre o primeiro dia desfiles da Série A na Marquês de Sapucaí
Por Gilvan Lopes
Fotos por Mariana Barcellos e Marcelo Faria
Suporte Técnico: Julia Fernandes
Editor Chefe: Marcelo Faria
Após vencer a Série B em 2016, a Agremiação retorna a Sapucaí depois de 4 anos desfilando na Intendente Magalhães, sendo sua estreia na Série A. Com o enredo “Zezé Motta – A Deusa de Ébano”, que presta uma homenagem a atriz Zezé Motta, desenvolvido pelo carnavalesco Márcio Puluker.
O Portal de Noticias Sambrasil – www.sambrasil.com.br, em mais uma super cobertura dos Desfiles do Carnaval 2017 na Marques de Sapucaí, acompanhou de perto o desfile do GRES Acadêmicos do Sossego e gostou bastante do desempenho e organização da agremiação presidida por Wallace Palhares; com um enredo marcante, onde fala sobre um grande ícone feminino das artes: a atriz, cantora, escritora, e, sobretudo, ativista do movimento negro brasileiro, “Zezé Motta, a Deusa de Ébano”, é o título do enredo.
O Intérprete da escola, Leandro Santos, falando ao Portal de Notícias Sambrasil enalteceu o samba: “É uma obra maravilhosa, que caiu na boca do povo, e com certeza a Sossego vai fazer uma grande apresentação na Avenida, estamos preparados pra fazer um grande carnaval; estou vestido de dourado, cor de Oxum, Orixá que protege a homenageada Zezé Motta, esperando as bênçãos para nossa agremiação”.
Mestre Átila, no seu primeiro ano comandando a bateria, falou de sua felicidade: “Estou emocionado com minha estréia, muito feliz com o trabalho feito durante esta temporada, e todos verão o resultado aí na avenida hoje, espero que todos gostem; e, homenageando a Zezé Motta, essa Diva da nossa música, esperamos realmente que a escola passe muito bem no seu desfile.
Ouça o Samba:
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Compositores: Felipe Filósofo, Ademir Ribeiro, Sérgio Joca, Marcelo do Rap, Fabio Borges, João Perigo, Paulinho Ju e Bertolo
Eu vi Mamãe Oxum clarear a cachoeira.
Eu vi Mamãe Oxum clarear a cachoeira.
Zezé Motta vai brilhar, nasce uma estrela.
Sossego mandou me chamar, eu vou!
Ora yê yê, Oxum, aiê iê ô!
Ora yê yê, Oxum, aiê iê ô!
Deusa de Ébano, suba ao seu templo sagrado.
Dionísio embriagado de alegria te oferta a lira de Orfeu.
Ah, é uma honra! Eu já fui Conceição.
Farei dessa avenida um quilombo
“Nas voltas do meu coração”.
Volte a reinar, Xica da Silva!
Rufam os tambores por dignidade.
Pois é, “meu sangue não nega”,
Trilha sonora da senhora liberdade.
Fiz dançar a hipocrisia numa “negra melodia”.
Tenho a cor da noite, a dor ensina.
Seja a luz que ilumina, ó divina!
Serei até quando a tela deixar meus nobres irmãos atuar.
Onde o sol bate e se firma, abrem-se as cortinas.
Negras estrelas caem do céu.
Terá a igualdade um cintilante papel.
Até breve, diva. Axé!
“Muito prazer, eu sou Zezé”