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Acadêmicos de Santa Cruz – Série A

Por Gilvan Lopes e Anderson Lopes

Fotos Mariana Barcellos, Marcelo Faria e Adriano Monteiro

Produção Adriano Monteiro

Suporte remoto: Julia Fernandes e Jack Costa

A GRES Acadêmicos de Santa Cruz, como as demais co-irmãs do Grupo de Acesso A, veio muito criativa em suas fantasias, como dizia o saudoso Carnavalesco Joãozinho Trinta, “tirando da cabeça o que não tem no bolso”, a escola passou muito bem na Avenida.

Com uma Bateria firme, nas mãos do Mestre Riquinho, que falo ao Portal Sambrasil: “Viremos com 253 Ritmistas e faremos apenas uma bossa, mas será brilhantemente executada, vocês vão ter a oportunidade de conferir muito mais o próprio ritmo da Bateria; aliás o samba que é ótimo, pede isso.”

Falamos também com o intérprete Quinho, que estreia pela escola: “Fui muito bem recebido por toda comunidade de Santa Cruz”, disse o cantor; arrematando com seu famoso grito de guerra já conhecido dos amantes do carnaval: “…pimba, pimba, ai que lindo, que lindo Santa Cruz!!!”.

A escola foi a segunda a desfilar na Avenida é uma das favoritas ao título de campeã 2018 da Série A, a verde e branco da zona oeste trouxe para o seu desfile a expectativa de um mundo melhor.

 

CARNAVAL DE 2018          

SINOPSE

Enredo: No Voo Mágico da Esperança, Quem Acredita, Sempre Alcança

ABERTURA

Tudo é uma questão de fé. A esperança e a caridade são uma consequência da fé. E essas três virtudes formam uma trindade inseparável. Não é a fé que sustenta a esperança de se verem cumpridas as promessas do Senhor? Porque se não tiverdes fé que esperareis? Por conseguinte, que amor?

A fé, divina inspiração de Deus, desperta todos os sentimentos que conduzem o homem ao bem, é a base da regeneração. Pregai pelo exemplo da vossa fé, afim de transmiti-las aos homens pelo exemplo das vossas obras, para que vejam o mérito da fé; pregai pela vossa inabalável esperança, para que tenham a confiança que fortifica e estimula a enfrentar todas as instabilidades da vida.

PRIMEIRO SETOR: CONTOS DE ESPERANÇA E MAGIA

Impossível assistir a qualquer conto de fadas sem se emocionar e refletir sobre a vida. Como seria a vida dos personagens de contos de fadas se estes vivessem no mundo real? Leia-se, aquele em que vivemos sem magia. Quando ficção e realidade se misturam literalmente, se pudesse resumir os contos de fadas em uma palavra certamente seria “Esperança”. A falta de magia equivale a ausência de amor para nós nos dias de hoje. Como fazer alguém acreditar em algo tão improvável como a magia?

Pousada sobre a coroa símbolo da Acadêmicos de Santa cruz, junto com uma revoada de esperanças, em um lindo chão de estrelas personagens e lugares mágicos serão o ponto de partida desta história que não nunca nos deixara perder à esperança e o amor, pois só enxergamos aquilo o que desejamos ver. “A Terra do Nunca” onde os meninos perdidos jamais crescem, “o País das Maravilhas” com Alice e o chapeleiro maluco, Oz da menina Dorothy na Cidade das esmeraldas, “o pote de ouro no fim do arco-íris” são fantasias onde os votos de esperança são o que mantém esses contos vivos. De forma semelhante a vida, aprendemos a dar valor a algumas coisas só depois que as perdemos. Isso quando aprendemos, porque algumas pessoas cometem os mesmos erros a vida toda. Quantas mortes ou fins poderiam ser evitados caso as pessoas acreditassem mais no amor? Talvez pela raridade é considerado a magia mais poderosa? Perdas também podem ser ganhos. A esperança seja talvez a luz no fim do túnel.

SEGUNDO SETOR: AMULETOS

Somos daquelas pessoas que se sentem imensamente protegidas por símbolos e amuletos. Eles trazem um tipo de conforto irracional, a força que temos, mas que parece que não nos pertence, a tal “Esperança”. Ter na porta de casa um Buda ou usar um pingente das diversas Nossas Senhora nos leva acreditar que dias melhores virão, a quem não saia de casa sem antes dar aquela espiadinha no seu horóscopo.

Borboletas dentro de casa, trevo de quatro folhas, figa, ferradura… São muitos os amuletos que as pessoas costumam usar para se sentirem protegidas. Para os mais crentes nas virtudes do trevo, quem receber um de oferta, deverá retribuir e gerar seis trevos novos, multiplicando assim a sorte para todos os seus amigos e/ou entes mais queridos. A borboleta é considerada o símbolo da transformação, da felicidade, da beleza, da inconstância, da efemeridade da natureza, da renovação e até do espírito imortal, considerada também em vida o que se acreditava serem os três estágios diferentes da mesma em semelhança com os diferentes estágios da condição humana exemplo: lagarta crisálida e borboleta corresponderiam à vida, à morte e à ressureição. A Figa é um amuleto em forma de uma mão fechada, usada supersticiosamente como um sinal de proteção contra maus agouros, perigos, má sorte e forças maléficas muito usada em guias espirituais. E como esquecer do simples fato de tirar pétala por pétala de uma simples margarida? Mal me quer bem-me-quer, espera-se sempre que termine assim, é a Esperança.

TERCEIRO SETOR: MISTICISMO E RELIGIÃO

A esperança é o estado em que se crê que aquilo que se deseja ou pretende é possível. Seja a partir de um fundamento lógico ou com base na fé, quem tem esperança considera que pode conseguir algo ou alcançar um determinado objetivo.

As pessoas tendem a agarrar-se à esperança quando se encontram em uma situação complicada. Nesses casos, a Esperança ajuda a não cair na depressão, já que o sujeito confia que as coisas irão melhorar rapidamente. Essa confiança age como estímulo e proporciona força e tranquilidade. Para a teologia cristã, a Esperança é a virtude que ajuda o homem a ter a confiança de alcançar a vida eterna com ajuda de Deus.

Apelar por crenças religiosas ou místicas é um costume mundial e principalmente brasileiro. Aquela que quer casar vai a Santo Antônio, é nas datas das festas juninas que São João e São Pedro também são bem requisitados com diversas simpatias e promessas. Quem quer pagar dívidas recorre a Santo Expedito, sem falar na curiosidade sobre tudo do passado, presente e futuro, aí as ciganas e suas cartas são as mais procuradas, além claro, do tradicional jogo de búzios. Sem esquecer da esperança de um ano melhor, aí as oferendas a Iemanjá são as mais procuradas no início do ano.

QUARTO SETOR: A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE.

A esperança acalma os ânimos e nos faz acreditar novamente, ela não escolhe classe social, pois é um sentimento que acompanha as pessoas, não importando credos nem etnias. Até mesmo os ateus pensam dessa forma: “fiz como lenha da esperança, uma fogueira imensa a queimar eternamente dentro de mim”.

Não faça da esperança uma muleta, mas sim seu instrumento de sobrevivência. Ouça a voz da sua consciência pedindo para que tenhamos esperança fazendo a vida florir pelos campos dos sonhos, pois a felicidade está logo ali. O que desejamos ao mundo são dias de tolerância e mesmo que preciso for de algum tipo de amuleto ou tirar a sorte em um realejo através de um pássaro verde, nunca percamos a fé, que move todos os melhores sentimentos que possam existir, e ainda que “a esperança seja a última que morre”, lembra-se: é ela também que nos dá sentido à vida. Pois o sonho assim como a esperança não pode acabar, basta querer alcançar.

Autor do enredo: Max Lopes

Pesquisa histórica: Claudio Armanni

SAMBA-ENREDO

No Voo Mágico da Esperança, Quem Acredita, Sempre Alcança

Compositores:            Preguinho, Tatiane Abrantes e Claudio Mattos

Intérpretes:     Quinho e Roninho

A esperança vai me guiar

Por esse mundo de tormento

Farei de ti o meu alento

Por todas as minhas andanças

Um coração de criança

É nossa força pra viver

Hei de levar comigo os sonhos meus

Despertar o sentimento lá no fundo

Pois sou o filho do dono do mundo

Eu levo trevo e figa de guiné

Faço da crença o meu patuá

Vi o meu destino nas estrelas

Deu Santa Cruz, pode acreditar

Pode acreditar, minha fé não costuma “faiá”        (bis)

E ela move montanhas

Basta fechar os olhos e agradecer

Fazer o bem sem olhar a quem

Na esperança de um novo dia nascer

Quem dera eu escrever o meu futuro

Que o planeta fosse um lugar mais puro

E o amor o combustível para caminhar

Que meu Brasil se torne o país das maravilhas

Tão belo como contam as poesias

No verde e branco, é só acreditar

Na Santa Cruz de um menino

Que ensinou um dia o que é amar           (bis)

E hoje eu sou um peregrino

Nessa avenida a cantar (a cantar)

FICHA TÉCNICA

Presidente:     Moysés Antonio Coutinho Filho (Zezo)

Carnavalesco:            Max Lopes

Diretor de Carnaval:   Ricardo Simpatia

Diretor Geral de Harmonia:   Marquinho Harmonia

Intérpretes:     Quinho e Roninho

Comissão de Frente:  Marcelo Chocolate e Marcello Morangas

Mestre de Bateria:      Riquinho

Rainha de Bateria:     Larissa Nicolau

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:  Rogerinho e Roberta Freitas

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:  José Mauro e Mayara Bombom

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