6ª- IMPÉRIO DE CASA VERDE acaba de entrar no Anhembi, sexta escola
Por Redação
Reportagem: Roberta Campos, Vinicius Aguiar e Vitor Oliveira
Suporte Técnico: Jack Costa
- Sinopse
“Sete mil anos de história! Sete mil anos de memórias! Vinte e duas civilizações contribuíram para a construção de uma nação que emana na sua alma o brilho do Oriente com as marcas do Ocidente! Um pequeno país do Oriente Médio, conhecido como “o país dos Cedros milenares”. Surge na junção de três continentes: Europa, Ásia e África. Entre várias definições, seu nome exprime a beleza das montanhas de cumes brancos de neve no inverno e das pontas de calcárias que brilham ao sol no verão, que em língua demora traduz-se como Lubnãn (branco).
Seu nome é encontrado em caracteres cuneiformes babilônicos e em hieróglifos egípcios que datam de 2 mil anos a.C. Na bíblia é citado 92 vezes, nas páginas do Velho Testamento. Até o maior de todos os homens Jesus Cristo, e vários profetas passaram por lá, o que faz desse pequeno país parte da “Terra Santa” paras as três maiores religiões monoteístas: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.
O Líbano apresenta extraordinário amálgama étnico. Situado no entrelaçado de três continentes, sofreu ao longo da sua história, considerável número de invasões, o que explica a multiplicidade étnica contemporânea. Aos Fenícios, juntaram-se os hititas, assírios, hebreus, árabes, egípcios, curdos, turcos, gregos, romanos, babilônicos e até boa dose de sangue europeu quando os cruzados chegaram à região, na Idade Média, bem como latino-americano, quando das emigrações para a América Latina e o posterior retorno dos emigrados ao Líbano.
O País dos Cedros é uma verdadeira diversidades nos planos humano e geográfico e também comunidades religiosas, paisagens e climas, diversidade de hábitos e costumes. Cada comunidade religiosa tem suas tradições e costumes. Durante as festas, as manifestações são pitorescas e, na montanha, você poderá ouvir sinos das igrejas cristãs que se mostram às vozes dos “muezzins” (o arauto das mesquitas que chamam os muçulmanos à oração) entrelaçando-se num eco profundo e formando um canto que é quase um lamento, como uma música ao Criador do Universo, uma verdadeira sinfonia a céu aberto. Hospitaleiros, as pessoas estão sempre juntas. À noite reúnem-se para um bate-papo, jogar cartas, contar histórias e as novidades do dia, tudo acompanhado de saborosas frutas, doces, uma gastronomia única e um bom café “Super Brasil”, bem tradicional nessa terra mágica e guardiã dos sete mil anos de história! Sua capital Beirute é no Oriente o último santuário onde o homem pode se vestir de luz… A fênix é uma ave mitológica, símbolo da imortalidade:a única que pode viver mil anos. Segunda a lenda, está fabulosa ave vinha da Índia visitar o Líbano a cada cem anos, onde se queimava em âmbar e incenso para renascer de suas cinzas ao cabo de três dias e logo regressar à sua terra natal. Uma alegoria da história do Líbano que, no decorrer dos séculos e milênios, nasce e renasce depois de suas várias destruições. Se todos os impérios, com seus altos e baixos, fizeram de Beirute uma importante referência para a história, isto faz-nos ter em mente que ela conquistou direito ao título de “A Cidade que se recusa a desaparecer”.
Uma terra cheia de encantos e magia. Segunda a lenda foi em Beirute que Jorge da Capadócia teria conseguido seu maior feito: matar o dragão, se tornando padroeiro de Beirute. Os muçulmanos chamam-no de “Khodr”, e tal como entre os cristãos há mesquitas e pessoas que se chamam “Jorge” em homenagem ao grande guerreiro. De País dos Cedros Milenares à invenção do alfabeto. Da primeira cidade da humanidade, sete mil longos anos de história, trajetória e memória… É impossível não se emocionar ao pisar nessas terras milenares, berço de toda a humanidade. “E seu perfume será como o odor do Líbano”…
“E serão famosos como o vinho do Líbano”. Escavações arqueológicas encontraram sementes de uva que datam da Idade da Pedra, e indica que o vinho já era produzindo por essas terras… Não é a toa que romanos construíram em Balbeck, o maior templo ao Deus do Vinho: Baco!
E hoje, o Brasil se torna mais Libanês, detentora da pátria que mais acolheu libaneses no mundo, que o Império de Casa Verde honrosamente apresenta e nos saúda com as boas vindas: Marhaba Lubnãn! Unindo as águas do Mar Mediterrâneo e do Oceano Atlântico, selando a alegria de uma nação Libanesa-Brasileira com certeza!”
- Justificativa
Através de um vídeo gerado diretamente do Líbano e compartilhado nas redes sociais, o carnavalesco Flávio Campello – artista que irá assinar seu segundo trabalho consecutivo na agremiação – anunciou que o desfile do próximo ano irá exaltar a cultura libanesa:
“De braços abertos vamos levar o Líbano para o Anhembi. Estou feliz pela oportunidade de conhecer este lugar que emociona. São sete mil anos de uma cultura fascinante que está agregada a história de outras vinte e duas civilizações que por aqui fincaram raízes. O Líbano representa o mundo e a humanidade. É essa magia, os costumes e essa tradição que vamos levar para a Avenida”, disse Campello as margens do mar mediterrâneo.
- Ficha Técnica
Fundação: 27/02/1994
Cores oficiais: azul e branco
Presidente: Alexandre Furtado
Vice-presidente: Alexandre Furtado Jr.
Carnavalesco: Flavio Campello
Mestre de Bateria: Zoinho
Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira: Rodrigo Antonio e Jessica Gioz
Diretores de Carnaval: Rogério Figueira Ribeiro e Celso Luiz Martins
Diretor de Harmonia: Sergio Luis Oliveira
Rainha da Bateria: Valeska Reis
Intérprete: Carlos Jr.
Coreógrafo da Comissão de Frente: André Almeida
Colocação em 2019: 5º lugar – grupo Especial
Ordem do desfile em 2020:
Grupo Especial – Sexta-Feira – 21/02
6ª escola a desfilar – 04h40
- Letra do samba
Enredo 2020: “Marhaba Lubnãn”
Vem das mãos do criador
O cedro que a história preservou
Guardiões da terra prometida
Revelam magias ,o sopro da vida
Nação milenar, o sol não se esconde
Guerreiros ao mar, além do horizonte
Seguem ao toque do vento
As dobras do tempo na imensidão
Das divindades, a fé e a proteção
Tantas emoções ao lutar
Pra te defender, por te amar
Se a lágrima rolar, faz parte da missão
A força de uma nação
Herança que ao mundo seduzia
A brisa se espalhava pelo ar
Das cinzas uma lenda renascia
O sonho para imortalizar
Oh, meu Brasil!
Hoje sua alma é libanesa
Um elo de amor que não desfaz
Meu Tigre guerreiro num canto de paz
Tá escrito nas estrelas
Que Deus é por nós
A Casa Verde é a nossa voz
Eu sou Império, mais um filho desse chão
São duas bandeiras, um só coração
Compositores: Marcelo Casa Nossa, Carlos Jr, Gui Cruz, Armênio Poesia, Darlan Alves, Fredy Vianna, Rodrigo Minuetto, Rodolfo Minuetto e Xandinho Nocera