1º Festival Samba Junino reúne 10 mil pessoas no Dique em celebração ao movimento cultural nascido há 40 anos em Salvador
Por Redação
O Festival Samba Junino, realizado neste domingo (25), reuniu cerca de 10 mil pessoas no Dique do Tororó e encerrou os festejos oficiais de São João da Prefeitura de Salvador, com apresentações de diversos grupos de samba duro. Nem só de forró vivem as festas juninas em Salvador. Uma parte muito significativa das tradições desse período na cidade é o Samba Junino, que surgiu na virada da década de 1970 para a de 1980 e foi reconhecido como Patrimônio Cultural de Salvador em 2018. Foi a partir desse movimento que se desenvolveu o pagode baiano, uma das principais linguagens da música pop que se faz na Bahia.
As comemorações iniciaram por volta das 15h, com o cortejo dos grupos de samba junino que seguiu do viaduto Romulo Almeida, na Avenida Vasco da Gama, até o palco, no Dique do Tororó. O show de Tatau, que teve participações de Ninha e Bambam, começou no início da noite, logo após o fim do desfile, e agitou o público com um repertório especial de samba duro e sambas especiais juninos.
Manifestação cultural tradicional, o samba junino nasceu em Salvador há pelo menos 40 anos, durante as festas de caboclo em terreiros de candomblé de bairros como Engenho Velho de Brotas, Garcia, Tororó, Engenho Velho da Federação. Cerca de 60 grupos de samba junino receberam apoio da Prefeitura para o festival. Os grupos desfilaram ao som de atabaques e agogôs, entoando músicas tradicionais de samba duro.
A realização do evento faz parte do plano de Salvaguarda do Samba Junino, registrado como Patrimônio Cultural Imaterial de Salvador pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) em 2018. Para o secretário de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), Pedro Tourinho, o samba junino deverá mudar a história do São João de Salvador.
“É um dia muito feliz para a gente, encerrando o São João de Salvador apoiando esse movimento tão importante, que é o samba junino. Vamos colocar ainda mais lenha nessa fogueira porque é uma das grandes manifestações da cultura de Salvador. É um samba de comunidade que acontece no período junino e também no ano inteiro. Tenho a certeza que nos próximos anos vai ser ainda muito maior e estamos apostando muito nisso”, afirmou.
O cantor Tatau, que no começo da carreira participou do grupo “Samba Scorpions”, destacou que o festival representa um novo momento na história do samba duro. “O show de hoje é um momento de conexão. A gente trouxe a história e a tradição para a galera. Promover uma conexão entre público jovem, que tem chegado cada vez mais, e o samba junino”, afirmou.
Já o cantor Ninha pontuou que o mais importante é retornar para um dos lugares onde tudo começou, o Dique do Tororó. “Estamos no lugar onde tudo nasceu, onde eu me criei, e ver esse evento acontecendo no dia 25, no São João, com essa quantidade de gente, só mostra a força das comunidades, que são responsáveis por dar vida ao samba junino”, disse.
Sambista há 37 anos, Edilson Bonfim, 50, conhecido como “Chuchu”, é vocalista e instrumentista do grupo “Toca Ae”, do bairro do Lobato. Pra ele, ter desfilado com seu grupo no festival, hoje, é uma honra muito grande. “Eu estou envolvido com samba junino há muito tempo, mas esse evento de hoje nos dá uma dimensão que não tínhamos antes, era mais restrita. O sentimento de hoje é de crescimento, abertura de caminhos”, destacou.
Somonair Costa Katendê, 40 anos, samba desde pequena. Rainha do grupo “Samba que dá e deixa”, do Engenho Velho de Brotas, fez o cortejo inteiro dançando em cima do minitrio e não parou nem quando chegou no fim. “Estou aqui representando tudo que meu pai, Mestre Moa do Katendê, me ensinou, dançando o samba junino e as danças afro. Isso aqui faz parte da minha vida, é uma trajetória que venho trilhando desde criança. E terminar o desfile aqui, no Dique, é uma coisa muito linda, uma luz”, afirmou.
Informe histórico
Enquanto os sambas de caboclo são tocados com os instrumentos tradicionais das cerimônias do Candomblé, principalmente os atabaques Rum Rumpi e Lé, o samba junino traz uma instrumentação mais ligada aos eventos profanos, como o timbal, a marcação e o tamborim. As letras trazem símbolos ligados às festa de São João e São Pedro, como as comidas típicas, mas também abordam questões políticas e sociais ligadas à negritude ou fazem jogos de duplo sentido com conotação sexual.
O auge dessa manifestação foram os anos de 1980, com grupos chamados Samba Fama, Samba Scorpions, Leva Eu, Os Negões, entre muitos outros. Em sua dissertação de mestrado, em que fez um estudo sobre o Samba Junino no bairro do Engenho Velho de Brotas, Gustavo de Melo mapeou 11 grupos apenas nessa região. Contudo, poucos gravaram discos.
O primeiro registro fonográfico de Samba Junino é o LP “O Swingue” do grupo Samba Fama. Lançado pela gravadora Continental, o disco reúne o repertório do grupo do bairro do Calabar criado 10 anos antes, em 1979. Entre as faixas, estão os pot-pourri “A Rolinha – Bole Bole” e “A Roda da Fama”, este segundo traz quase 15 cantos de samba de domínio público, como “Viola Meu Bem” e “Cesta de Ovos”.
O Samba Fama nasceu em 1979 no Calabar com Robson e Pretinho, que tocavam samba de roda. No início o grupo se chamava Samba Fauna, mas como um estrangeiro que acompanhava o grupo se atrapalhava ao dizer o nome, e isto causava muita graça, passaram a assumir a forma como ele dizia, Samba Fama. O grupo, que tinha uma mulher como secretária, conseguiu bastante adesão dos moradores do Alto das Pombas. No início eram 10 homens envolvidos, então o grupo passou a ter 80 integrantes entre homens, mulheres e crianças.
Os ensaios eram feitos no Beco do Pilão Sem Tampa em um carramanchão feito de bambu e palhas de coqueiro. Marquinhos Fama, Rayla e Augusto, filhos do Maestro Vivaldo Conceição, ajudaram o grupo a aprimorar a técnica musical. O Samba Fama cresceu ainda mais, envolveu a família de Jajau e Totinha e passou a tocar no Alto do Gantóis. Robson conta que nos ensaios do Gantóis nasceram algumas músicas do axé music, como A Roda, gravada por Sara Jane.
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