12 – Imperatriz Leopoldonense é a quinta escola a desfilar na Sapucaí pela Série A neste sábado
Por Redação
Reportagem: Gilvan Lopes, Heitor Olímpio, Jorge Bezerra, Gil Bezerra, Lú Rufino, Rafael Rios e Sirlene Oliveira
Fotos por Jorge Bezerra e Mariana Barcellos
Imagens: Marcelo Faria
Produção: Julia Fernandes
Suporte Remoto: Jack Costa
Editor: Julia Fernandes e Gilvan Lopes
Com a mesma garra de supercampeão, o GRES Imperatriz Leopoldinense, entra na Avenida para conquistar o título da Série A e retornar ao Grupo Especial, com a reedição do Enredo: Só Dá Lalá, desta vez desenvolvido por Leandro Vieira.
Alguns artistas dão à obra que edificam uma áurea mítica. Eles conseguem dar àquilo que executam um contorno intangível – muitas vezes, de difícil definição – que só aqueles que merecem o adjetivo “genial” parecem alcançar tal êxito. Lamartine Babo, o artista que apresentamos como enredo no carnaval de 2020, parece ter dado à sua obra musical a referida dimensão.
“Estou muito ansiosa, dormi muito pouco nos últimos dias, mas tenho confiança plena de que minha escola será campeã e voltará ao seu lugar de origem, de onde nunca deveria ter saído”, esse foi o desabafo de Simone Drumond, filha do Presidente, Luiz Pacheco Drumond, ela é uma referência para a comunidade, por sua simpatia, elegância e acima de tudo, pelo seu amor à agremiação de Ramos.
SAMBA ENREDO: SÓ DÁ LALÁ
COMPOSITORES: Zé Catimba, Serjão e Gibi
INTÉRPRETE: ARTHUR FRANCO
LETRA:
NESTE PALCO ILUMINADO
SÓ DA LALÁ
ÉS PRESENTE, IMORTAL
SÓ DA LALÁ
NOSSA ESCOLA SE ENCANTA
O POVÃO SE AGIGANTA
É DONO DO CARNAVAL – BIS
LÁ, LÁ, LÁ, LÁ, LAMARTINE
LÁ, LÁ, LÁ, LÁ, LAMARTINE
EM TEU CABELO NÃO NEGA
UM GRANDE AMOR SE APEGA
MUSA DIVINAL
EU VOU EMBORA
VOU NO TREM DA ALEGRIA
SER FELIZ UM DIA
TODO DIA É DIA
(MORENA…)
LINDA MORENA
COM SERPENTINAS ENROLANDO FOLIÕES
DOMINÓS E COLOMBINAS
ENVOLVENDO CORAÇÕES
QUEM DERA
QUE A VIDA FOSSE ASSIM
SONHAR, SORRIR
CANTAR, SAMBAR
E NUNCA MAIS TER FIM
SINOPSE DO ENREDO : Só Dá Lalá
Por Leandro Vieira
Alguns artistas dão à obra que edificam uma áurea mítica. Eles conseguem dar àquilo que executam um contorno intangível – muitas vezes, de difícil definição – que só aqueles que merecem o adjetivo “genial” parecem alcançar tal êxito. Lamartine Babo, o artista que apresentamos como enredo no carnaval de 2020, parece ter dado à sua obra musical a referida dimensão.
Como explicar o estado de plena alegria que toma os sentidos daqueles que cantam e dançam? Como definir com palavras o caráter festivo de um ambiente junino? O perfume de uma fogueira queimando em brasa e o colorido do balão de papel que sobe aos céus?
Como dar voz ao grito daquele que torce pelo time que entra em campo? Como expressar com palavras o desespero daquele que vê seu clube na iminência da derrota? Como escolher a melhor palavra para arrancar da garganta do torcedor a glória do time que vence?
Qual a melhor palavra para estar na boca de foliões em estado de desvario? Como, com uma ou duas linhas, expressar o frenesi de MORENAS, PALHAÇOS, PIRATAS, PIERRÔS, BATE-BOLAS, DOMINÓS e COLOMBINAS em meio ao ENLACE DE SERPENTINAS?
Para qualquer um de nós, a tradução disso seria árdua tarefa. Para Lamartine Babo não. Lamartine deu à sua obra esse contorno popular sublime. Compôs como quem decifrava – ao tempo em que estimulava – um estado de PLENA ALEGRIA. Para Lamartine – e sua obra festiva – TODO DIA, ERA DIA DE SER FELIZ.
“Era” para falar de Lamartine, cai mal. Cinquenta e sete anos após a sua morte, a obra de Lamartine segue viva. Ele “É”. Compositor PRESENTE e IMORTAL. Em junho – quando a celebração de São Pedro, Santo Antônio e São João ganha o calendário – ainda cantamos clássicos como “Chegou a hora da fogueira”, “Noites de Junho” e “Isto é lá com Santo Antônio”. Nos dias de jogos, cariocas seguem externando a extensão de sua paixão pelos principais clubes de futebol do Rio cantando os hinos que LALÁ – o apelido carinhoso dado à Lamartine – compôs já nos distantes anos quarenta do século passado.
NO CARNAVAL, QUANDO O POVO SE AGIGANTA – e sua verve, ou seja, onde ele parece ser ainda mais inspirado – “lindas morenas”, “palhaços”, “galos”, “rainhas da cabeça aos pés”, “mulatas”, “andorinhas”, e tantas outras imagens, seguem sendo cantadas por foliões que desfilam em delírio junto aos blocos e as bandas que ganham as ruas nos festejos de Momo.
Optar por apresentar a obra de Lamartine como o tema do carnaval proposto é desejar que a vida siga em um estado de alegria SEM FIM. É deixar que a música nos convide a uma viagem – quem sabe, NO TREM DE ALEGRIA – para SONHAR, SORRIR e CANTAR, desejando que este estado tão caro – de alegria plena, sonhos, sorrisos e canto – NUNCA MAIS TENHA FIM.
Leandro Vieira, novembro de 2019.
FICHA TÉCNICA
Presidente: Luiz Pacheco Drumond
Carnavalesco: Leandro Vieira
Direção de Carnaval: Wagner Tavares de Araújo e Marcos Aurélio Fernandes
Diretor Geral de Harmonia: Jorge Arthur
Intérpretes: Arthur Franco e Preto Jóia
Comissão de Frente: Hélio Bejani e Beth Bejani
Mestre de Bateria: Lolo
Rainha de Bateria: Iza
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Thiaguinho Mendonça e Rafaela Theodoro
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: (a definir) e Beatriz Paula