07 A_ GRES ACADÊMICOS DO SOSSEGO fecha a primeira noite de desfiles da Série Ouro

Por Redação e Marcelo Faria
Equipe Sambrasil: Julia Fernandes, Gilvan Lopes, Roberta Campos, David Junior, Sirlene Oliveira, Rafael Rios, Ricardo Netto, Mariana Barcellos, Jorge Bezerra, Viviane Pinheiro, Gil Bezerra, Marcelo Faria e Jack Costa
Imagens: Proibida a reprodução das imagens e vídeos sem autorização expressa do autor. Lei 9610 de Direito Autoral. Copyright: @agenciasambrasil @portalsambrasil @sambrasilturismoecultura. Visite o álbum, curta e marque seus conhecidos.
O GRES Acadêmicos do Sossego, escola que tem as cores azul e branco em seu pavilhão, do município de Niterói, apresenta o enredo Visões Xamânicas, desenvolvido André Rodrigues.
“Uma saga épica imaginada entre o presente e o futuro. A humanidade se encontra exatamente onde grandes profecias xamânicas disseram que chegaríamos: no colapso do planeta provocado por um sistema de ambição e consumo. A falta de percepção da relação entre nossas escolhas éticas e a ação do tempo sobre nossas vidas como coletividade nos trouxe a dilemas pelos quais a natureza nos obrigou a enxergar o tempo como dele deve ser.”
Jardel Augusto Lemos, coreógrafo da Comissão de Frente Acadêmicos de Cubango: “Um ano de comemorar vida! Independente de Campeonato, primeiramente temos que comemorar a vida, sem esquecer das pessoas que se foram. Senti um emoção diferente na preparação desse Carnaval, mas no momento que o portão abre, você só pensa no trabalho que quer entregar. Antes, a gente pensa em até mais coisas, mas quando pisa na Avenida, a gente só entrega o corpo pro Samba.”
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Proibida a reprodução das imagens e vídeos sem autorização expressa do autor. Lei 9610 de Direito Autoral. Copyright: @agencaisambrasil @portalsambrasil @sambrasilturismoecultura
SINOPSE DO ENREDO: Visões Xamânicas
JUSTIFICATIVA
A Acadêmicos do Sossego apresenta para o Carnaval 2021 o enredo “Visões Xamânicas”. Uma saga épica imaginada entre o presente e o futuro.
A humanidade se encontra exatamente onde grandes profecias xamânicas disseram que chegaríamos: no colapso do planeta provocado por um sistema de ambição e consumo. A falta de percepção da relação entre nossas escolhas éticas e a ação do tempo sobre nossas vidas como coletividade nos trouxe a dilemas pelos quais a natureza nos obrigou a enxergar o tempo como dele deve ser.
Durante todo o processo de evolução, buscamos incontrolavelmente dominar e controlar o tempo, otimizando a produção para alimentar insaciável apetite por uma noção vazia de progresso. Mas quem diz quando o tempo termina? Quem diz que produzimos muito em pouco tempo quando não temos esta dimensão de início, meio e fim? Os avanços construídos sobre conquistas territoriais ambiciosas baseadas em mortes de humanos de culturas diferentes conduziu a história global. E foi precisamente essa a visão dos Pajés.
Progredir sem se preocupar com nosso papel em cadeia dentro de um organismo vivo e complexo que é a Terra e com os diferentes seres que habitam o planeta é um ato de egoísmo contra as demais peças do sistema do qual fazemos parte. Fomos impelidos a parar os ponteiros deste organismo. Nós somos a grande doença e, conscientes como a natureza nos permitiu ser (no seu próprio ritmo de tempo), devemos nos transformar na cura.
Ao produzir mais uma vez cultura voltada à preservação dos povos tradicionais e dar voz às suas histórias baseadas em teias de saberes ancestrais de valores atemporais, surgirá um novo carnaval na Acadêmicos do Sossego. Consciente do seu papel cultural e social, a escola do Largo da Batalha fará a cidade cantar melodias de esperança e consciência para seu povo.
A narrativa é livremente inspirada em relatos de David Kopenawa, o grande xamã Yanomami, nos quais relata suas visões sobre passado, presente e futuro da Terra.
Construímos a heroíca jornada de um pajé que, em um grande alinhamento espiritual com os xamãs do mundo inteiro, fará uma pajelança para trazer aos olhos do mundo a cura desta Terra em que vivemos. Por fim, como na canção imortal de Caetano Veloso, “aquilo que se revelará aos povos surpreenderá a todos, não por ser exótico, mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto quando terá sido o óbvio”: preservar a natureza, respeitar a sabedoria ancestral e aprender as lições sagradas de povos tradicionais nos conduzirá à construção de um futuro saudável para nossa Terra adoecida.
Um novo dia virá. “Virá que eu vi!”
Autores do Enredo: André Rodrigues e Willian Tadeu
Este enredo é também uma homenagem aos amigos pesquisadores João Gustavo Melo e Diego Araújo que defendem e divulgam para os que querem ouvir sobre a importância das narrativas dos bumbás de Parintins que ano
após ano transformam um pequeno ponto da amazônia em porta-voz para o mundo conhecer as histórias dos povos tradicionais nativos do Brasil com recorrentes mensagens de preservação da vida indigena e da natureza desta terra que vivemos.
SINOPSE
Em um clarão de terra entre a imensidão de copas de árvores que cobrem a mata, fumaças se contorcem feito o corpo do pajé. Ecoam os sons da noite que se repetem como cânticos e, entre os cheiros de infusões de ervas, o grande curandeiro viaja a outros planos da consciência atendendo o chamado dos Xapiris, ancestrais que trazem aos seus olhos as sagradas visões xamânicas.
É tempo de sonhar viajando por planos cósmicos para encontrar suas raízes. As folhas, as madeiras, a terra, o som da água, tudo é difuso e surreal até deparar-se com a revelação da terra corroída, o fim dos tempos em pleno estado de acontecimento.
Quando Omana criou o primeiro mundo, este era extremamente frágil e foi soterrado com o próprio céu. Dos escombros desse desabamento fantástico, brotaram nas costas do primeiro céu as formas de vida do nosso mundo em uma Terra mais forte, rígida e duradoura. É sobre este cenário que construímos nossas vidas: lares e estradas, ocas e edifícios, tabas e cidades. E é esse novo mundo que estamos destruindo.
Os olhos cegos de ganância dos homens não-indígenas não conseguem enxergar as fragilidades do nosso planeta e seus habitantes. Seu tempo de sonho é o do consumo, que despreza a sabedoria ancestral e despreza o próprio tempo. O homem, em busca das lascas de antigas estrelas, vive comendo o chão procurando seu brilho. As vigas da eternidade se esburacam e a queda do céu pode acontecer a qualquer momento. A iminência da tragédia espalha o caos por um mundo que adoece, manchado de óleo, revestido de plástico, sufocado pela poluição, manchado pelo sangue dos povos tradicionais. A humanidade criou inventos extraordinários e imaginou futuros fantásticos, mas esqueceu de medir as consequências de suas ambições.
Os Xapiris revelaram que por muito tempo os grandes sábios que se comunicavam com o mundo ancestral puderam alertar a população mundial para nos salvar desse apocalipse que vivemos levando a mensagem de salvação. Passar adiante suas lições para a sobrevivência do planeta foi a grande missão dos pajés. Agora, em sua jornada épica pelo mundo dos sonhos, nosso Xamã evoca um grande alinhamento espiritual entre xamãs de todo mundo. Unam-se os sacerdotes de cura da África e os peles-vermelhas com olhos de águia! Juntem-se os filhos da grande serpente arco-íris e os homens do gelo que ecoam a ancestralidade nas peles brancas feito nuvem! Venham os caboclos de fala direta! Que se faça a grande pajelança universal para que o céu não desabe sobre nossas cabeças! Renasçam como os guerreiros dourados! A floresta brada o grito de salvação para esta gente que não ouve o saber ancestral.
E então, “quilo que se revelará aos povos surpreenderá a todos, não por ser exótico, mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto quando terá sido o óbvio” A cura vem da floresta, a dor do mundo cessará quando ouvirem o que eles têm a dizer. A cultura de destruição será suplantada pela harmonia com a natureza e todas as formas de vida. Aos povos tradicionais, seu território. À tecnologia, a energia renovável. O homem devorador de terra renascerá como o grande semeador.
É assim, ouvindo os Xapiris pela fala do pajé, que abraçamos o sonho do amanhã. Não com o delírio utópico de um novo planeta, mas curando este que é o único que temos. De nosso Largo, vamos à batalha! Arcos e flechas, penas e cocares, corpos e almas se levantam pela preservação da natureza e das culturas de milhares de etnias indígenas do Brasil.
Se o silêncio é o próprio apocalipse, devemos entoar cantos de esperança. O respeito à sabedoria é a salvação. Não esperaremos o extermínio da última nação indígena. Na apoteose do êxtase xamânico, “m índio descerá de uma estrela colorida e brilhante” Cada um de nós será índio, pois é índio um pedaço de nós. Somos filhos de uma mesma dor e dos mesmos cantos de amor.
Quem contará as histórias de um mundo que se auto-destrói quando ele não existir mais?
Um novo dia virá. “irá que eu vi!”
FICHA TÉCNICA
Presidente: Hugo Júnior
Carnavalesco: André Rodrigues
Direção de Carnaval: Alexandre Dias e Marcelo Chaves
Direção Geral de Harmonia: Ygor Silva e Carolina Ribeiro
Intérprete: Nino do Milênio
Comissão de Frente: Jardel Augusto Lemos
Mestre de Bateria: Laion Jorge
Rainha de Bateria: Celi Costa
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Fabrício Pires e Giovanna Justo
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Hugo César e Anderson Morango
Autores do Enredo: André Rodrigues e Willian Tadeu
SAMBA ENREDO: Visões Xamânicas
Compositores: Diego Tavares (in memoriam), Marcelo Adnet, Junior Fionda, Marcelinho Santos, Thiago Martins, Yago Pontes, Diego Nogueira, Rod Torres, Deodônio Neto, Gabriel Machado e Paulo Beckham
Intérprete: Nino do Milênio
Pajé voltou para contar que o céu desabou
Fumaça traziam sagradas visões
Na dança ancestral me revelou
Das ervas evocou os guardiões
Xapiri, me perdoe do que nós fizemos de Urihi
Xapiri ensinou a cuidar e vamos destruir
A razão ancestral evocou sua voz
Só não deixe o mundo cair sobre nós
Omama escondeu na floresta
Pedaços do céu contra os olhos da ambição (bis)
A ganância sente fome
E o mal que nos consome mata o homem e o quinhão
Xamã cura a terra da guerra da gente
Dos mitos que deixam a tribo doente
Enfim descerá de uma estrela um índio guerreiro
De pele vermelha caboclo flecheiro
Okê okê arô… Odé odé
A Jurema que desmata tem a cura e o axé
Okê okê arô… Odé odé
“Apesar de você” eu ainda mantenho a fé
Eu não largo da batalha… Sossego
Nossa aldeia nunca falha… Auê auê (bis)
Sacudindo a poeira das cinzas vou renascer
MINI DESFILE: @PORTALSAMBRASIL / @LIGARJ TV https://youtu.be/-htDx_uSk2U
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PARA EVITAR O CONTÁGIO PELO CORONAVÍRUS E DE SUAS VARIANTES, INCLUSIVE JÁ EXISTE A MAIS NOVA, CHAMADA DE ÔMICRON XE, BASTANTE CONTAGIOSA. AS TRÊS REGRAS BÁSICAS QUE SALVAM E PRESERVAM VIDAS DEVEM SER SEGUIDAS E ADOTADAS: USO DE MÁSCARA, HIGIENIZAÇÃO E A NÃO AGLOMERAÇÃO / DISTANCIAMENTO SOCIAL.
AH! VACINE-SE! A VACINAÇÃO LHE AJUDARÁ MINIMIZANDO OS CASOS GRAVES.
A PANDEMIA AINDA NÃO ACABOU!
E SE NÃO HOUVER UMA COINCIENTIZAÇÃO RADICAL DA POPULAÇÃO PARA RETOMADA E ATENÇÃO PRIORITÁRIA PARA OS CUIDADOS COM A PRESERVAÇÃO DA VIDA, AÍ MESMO, É QUE REALMENTE NÃO TEREMOS, COM NÚMEROS VERDADEIROS, INFORMADOS PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES E A GRANDE MÍDIA, UMA REDUÇÃO DRÁSTICA DE CONTAMINAÇÃO E MORTES POR COVID E SUAS VARIANTES.